Molecada

Falar em renovação do Polo Aquático por aqui é meio complicado. Primeiro porque até dois anos não existia Polo Aquático em Fortaleza. Segundo porque dos tantos masters que já passaram por aqui, apenas uns cinco estão sempre em contato. Ou seja: não é renovação, é começo mesmo. Nós masters, somos apenas um ensaio de algo novo.

Domingo no aniversário do Náutico teve jogo do Náutico (vulgo Leprentos, como eles se chamam) contra o Ari de Sá - que sei lá por que no N/Ne chamou-se AABB. No Náutico o Jefferson, profissional de Educação Física recém formado, dá aula por uma merreca. Rodrigo não chega a ganhar nem essa merreca no Ari de Sá. Investe num mercado que, deve acreditar, irá crescer. Ou fazem apenas porque gostam. São verdadeiros heróis.

Os dois treinadores decidiram federar seus garotos. Acreditam que irão jogar eventos de primeiro nível, ter acesso a clínicas, reforço institucional para obtenção de patrocínios, sei lá mais que outras balelas. Tudo aquilo que a federação prometeu ano passado antes de sumir. Engraçado que de planejamento e reforço à base ninguém fala, mas no calendário da CBDA continua um evento aqui em Fortaleza para atletas de 1994 que simplesmente não existem.

Eu gostaria até de tornar pública uma pergunta sincera para evitar mal-entendidos e cobranças equivocadas:

Qual a função de uma federação estadual de desportos aquáticos?

Como a daqui não faz nada pelo Polo Aquático, a não ser uma reunião por ano para tomar uns trocados dos incautos - e, incrivelmente, ainda consegue -, não tenho referência. Mas quero saber para poder cobrar sem cometer injustiça. Afinal, do jeito que a coisa vai, mais fácil será acreditar que a culpa do desamparo do Polo Aquático nacional é minha. Ou talvez sua.