WP e a mídia
O Esporte Espetacular exibiu mesmo a matéria. Foi legal, um passo à frente, mas a impressão que me deu é que foi muito pouco perto do que pode ser. Não por culpa do programa, é lógico, e sim pela defasagem que existe de WP na grande mídia.
Televisão é um negócio como qualquer outro. O jornalismo, queiram ou não os manuais, é parte desse negócio. Se a gente mostra que há público, com certeza surgem mais matérias sobre o tema demandado.
Até aí tudo bem, vitória nossa que conseguimos com nossas sugestões empurrar uma matéria, que possivelmente levará alguns novos adeptos às escolinhas de todo Brasil.
O negócio, no entanto, vai muito além dos índices de audiência. Existe uma equação mais complicada de se ajustar um bom produto (programação), audiência e anunciantes. Um exemplo fácil de entender são alguns programas violentos que dão muita audiência e não atraem anunciantes por estes não quererem vincular seus produtos a uma imagem negativa.
Ontem durante o basquete feminino a logo do McDonald´s aperecia o jogo inteiro no garrafão. Aquela imagem tanto tempo associada a um time de "guerreiras", como frisava o Galvão, custa uma fábula para a rede de lanchonetes, que consegue associar sua imagem a uma prática saudável e tira um pouco da má impressão que seus sanduíches sintéticos causam a tanta gente.
Não é necessário ir tão longe. Todos os os eventos transmitidos ao vivo pelo Esporte Espetacular têm forte cota de patrocínio e é necessário que elas existam mesmo para colocar a incrível máquina de transmissão daTV Globo funcionando na rua. Ou quem imagina que sem uma verba garantida eles transmitiriam uma mini-maratona inteira com diversas câmeras espalhadas pela cidade? Correr é até bom, ver os outros correndo é um saco.
A relação transmissão-patrocínio é mercado. Não é pecado, ou se for, é apenas mais um necessário em nossas vidas.
Uma empresa de surfwear cearense (não é McDonald´s, estou falando do Ceará) emplacou uma série de matérias no Esporte Espetacular anos atrás em que a equipe daTV Globo rodava as mais lindas praias do mundo e nas matérias estavam sempre os surfistas patrocinados pela dita empresa. Pra emissora era uma mão na roda fazer reportagens tão bonitas e com atletas tão bons sem custo algum. Pra empresa de surfwear, a comunicação perfeita, com toda a credibilidade do espaço editorial.
Esse discurso todo é pelo seguinte: da minha segura distância, vejo muita reclamação sobre alguns nomes da CBDA voltados ao Polo Aquático. Minha impressão, talvez ingênua, é que esses caras, assim como a assessoria de imprensa, também estejam angustiados por serem engolidos por uma máquina viciada. Ou como explicar que o Esporte Espetacular transmita um evento de natação JUNIOR (ou seja, com a já citada verba de patrocínio) e um campeonato da magnitude do Troféu Brasil de Polo aquático não seja sequer citado?
Será mesmo que nenhum patrocinador consegue enxergar num esporte que rende lindas imagens, com praticantes (mulheres e homens) no auge de suas condições físicas, com excelentes personagens a serem explorados, com o encanto natural do "gol", praticado em todo Brasil, interessante para associar à sua marca?
Eu duvido.
Fotos de Ale Araújo e Kiko Perrone, alguns dos protagonistas da ótima matéria sobre jogadores e jogadoras brasileiros de Polo Aquático que vão pra o exterior pra conseguirem dar sequência às suas carreiras como esportistas.
Fica também o agradecimento à equipe da TV Globo, muito gentil e atenciosa nos seus emails.
Televisão é um negócio como qualquer outro. O jornalismo, queiram ou não os manuais, é parte desse negócio. Se a gente mostra que há público, com certeza surgem mais matérias sobre o tema demandado.
Até aí tudo bem, vitória nossa que conseguimos com nossas sugestões empurrar uma matéria, que possivelmente levará alguns novos adeptos às escolinhas de todo Brasil.
O negócio, no entanto, vai muito além dos índices de audiência. Existe uma equação mais complicada de se ajustar um bom produto (programação), audiência e anunciantes. Um exemplo fácil de entender são alguns programas violentos que dão muita audiência e não atraem anunciantes por estes não quererem vincular seus produtos a uma imagem negativa.
Ontem durante o basquete feminino a logo do McDonald´s aperecia o jogo inteiro no garrafão. Aquela imagem tanto tempo associada a um time de "guerreiras", como frisava o Galvão, custa uma fábula para a rede de lanchonetes, que consegue associar sua imagem a uma prática saudável e tira um pouco da má impressão que seus sanduíches sintéticos causam a tanta gente.
Não é necessário ir tão longe. Todos os os eventos transmitidos ao vivo pelo Esporte Espetacular têm forte cota de patrocínio e é necessário que elas existam mesmo para colocar a incrível máquina de transmissão daTV Globo funcionando na rua. Ou quem imagina que sem uma verba garantida eles transmitiriam uma mini-maratona inteira com diversas câmeras espalhadas pela cidade? Correr é até bom, ver os outros correndo é um saco.
A relação transmissão-patrocínio é mercado. Não é pecado, ou se for, é apenas mais um necessário em nossas vidas.
Uma empresa de surfwear cearense (não é McDonald´s, estou falando do Ceará) emplacou uma série de matérias no Esporte Espetacular anos atrás em que a equipe daTV Globo rodava as mais lindas praias do mundo e nas matérias estavam sempre os surfistas patrocinados pela dita empresa. Pra emissora era uma mão na roda fazer reportagens tão bonitas e com atletas tão bons sem custo algum. Pra empresa de surfwear, a comunicação perfeita, com toda a credibilidade do espaço editorial.
Esse discurso todo é pelo seguinte: da minha segura distância, vejo muita reclamação sobre alguns nomes da CBDA voltados ao Polo Aquático. Minha impressão, talvez ingênua, é que esses caras, assim como a assessoria de imprensa, também estejam angustiados por serem engolidos por uma máquina viciada. Ou como explicar que o Esporte Espetacular transmita um evento de natação JUNIOR (ou seja, com a já citada verba de patrocínio) e um campeonato da magnitude do Troféu Brasil de Polo aquático não seja sequer citado?
Será mesmo que nenhum patrocinador consegue enxergar num esporte que rende lindas imagens, com praticantes (mulheres e homens) no auge de suas condições físicas, com excelentes personagens a serem explorados, com o encanto natural do "gol", praticado em todo Brasil, interessante para associar à sua marca?
Eu duvido.
Fotos de Ale Araújo e Kiko Perrone, alguns dos protagonistas da ótima matéria sobre jogadores e jogadoras brasileiros de Polo Aquático que vão pra o exterior pra conseguirem dar sequência às suas carreiras como esportistas.
Fica também o agradecimento à equipe da TV Globo, muito gentil e atenciosa nos seus emails.
1 Comments:
Pessoal,
Parabens pela campanha. Eu entrei nela tb e como trabalho na imprensa mandei e-mail direto para um amigo do sportv, que achou a pauta ótima. Mas talvez com o mundial de basquete, não tenha tido espaço. Sou do Rio e estou em São Paulo a trabalho. Infelizmente não pude ver os jogos. Mas fiquei super feliz com a alegria dos meus filhos, q são pequenos atletas do infantil do fluminense, me ligando para avisar q fizeram fotos com Ivan Perez, Molina, Sottani e cia e pegaram varios autografos. Isso vai ficar pra sempre na lembrança deles. Eles estavão tão empolgados, que falavam das jogadas e não me diziam quem tinha ganho o jogo. Imaginem se a CBDA tivesse enviado releeses para os jornais, radios e tvs. Não tenho duvida de q o pólo seria um esporte muito popular. Digo isso pelos meus filhos q quando faziam natação nunca me pediram para ver uma competição de natação. Mas desde q estão no pólo, vão em todos jogos possiveis das categorias acima dá deles. Bem falei muito...era só para dar os parabens...mas me empolguei com a alegria deles. Abraços e sorte para o pólo nordestino
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