Nem só de gols vive o Polo Aquático
Lembro de um time 72 do Fluminense que nas divisões de base era bem forte. Eles deviam estar com 16, 17 anos, quando num jogo contra o Flamengo, aconteceu um fato insólito. Um jogador do Fluminense fez um gol num giro rápido no centro. Na arquibancada comemorei, enquanto no mesmo momento o banco do Flamengo pulou na água e rolou um início de confusão. Não entendi nada na hora. O autor do gol, um cara completamente pacífico, incapaz de entrar numa briga, do tipo que prefere ficar no prejuízo a revidar alguma covardia, havia, durante o lance do gol, num momento de fúria, dado um soco certeiro no seu marcador, que, no dia do seu aniversário, saiu da piscina direto para uma cirurgia plástica. Um momento de fúria de um bom moço, exatamente igual ao de Leonardo quando agrediu outro jogador de futebol numa Copa do Mundo. Qualquer um de nós está sujeito a isso.
A lei, no entanto, deve ser aplicada com rigor tanto a bons moços quanto a outros nem tanto bons assim- com mais peso aos recorrentes, é claro.
Toda essa introdução é apenas para falar dos vídeos a seguir. Todo mundo sabe que não dá pra ser anjo num jogo de Polo Aquático (nem de futebol, nem basquete, nem em nenhuma competição), o que não significa que ser desleal seja uma necessidade. No primeiro vídeo Alessandro Calcaterra agride outro jogador durante a EuroLeague sem a menor cerimônia. Não sei o que o cara fez antes, nem quero demonizar o craque italiano. Mas veja que interessante. Em três meses o vídeo foi assistido quase 9 mil vezes, o que daria uma média de 750 vezes por semana.
Já esse golaço do próprio Calcaterra na final da Copa Itália, postado há 1 mês pelo El Cuervo, um blog consagrado no meio, foi assistido apenas 870 vezes.
Já este outro gol de inglesa, dos 9 metros, com marcadores na frente, faltando 10 segundo para o final do jogo contra Montenegro, placar desfavorável de 14 a 12, foi também postado pelo El Cuervo e visto 380 vezes.
Essa diferença tende a aumentar. O que quer dizer isso? Que um cracaço reconhecido por todos que vivem no meio, por um ato impensado ou prática contumaz, não sei, pode ficar muito mais conhecido, por um público bem maior, por sua brutalidade do que por seu talento.
Imagine o que não pode acontecer ao Polo Aquático, já tão fragilizado e rotulado como "violento" no Brasil, se não houver um controle disciplinar bastante rígido.
A lei, no entanto, deve ser aplicada com rigor tanto a bons moços quanto a outros nem tanto bons assim- com mais peso aos recorrentes, é claro.
Toda essa introdução é apenas para falar dos vídeos a seguir. Todo mundo sabe que não dá pra ser anjo num jogo de Polo Aquático (nem de futebol, nem basquete, nem em nenhuma competição), o que não significa que ser desleal seja uma necessidade. No primeiro vídeo Alessandro Calcaterra agride outro jogador durante a EuroLeague sem a menor cerimônia. Não sei o que o cara fez antes, nem quero demonizar o craque italiano. Mas veja que interessante. Em três meses o vídeo foi assistido quase 9 mil vezes, o que daria uma média de 750 vezes por semana.
Já esse golaço do próprio Calcaterra na final da Copa Itália, postado há 1 mês pelo El Cuervo, um blog consagrado no meio, foi assistido apenas 870 vezes.
Já este outro gol de inglesa, dos 9 metros, com marcadores na frente, faltando 10 segundo para o final do jogo contra Montenegro, placar desfavorável de 14 a 12, foi também postado pelo El Cuervo e visto 380 vezes.
Essa diferença tende a aumentar. O que quer dizer isso? Que um cracaço reconhecido por todos que vivem no meio, por um ato impensado ou prática contumaz, não sei, pode ficar muito mais conhecido, por um público bem maior, por sua brutalidade do que por seu talento.
Imagine o que não pode acontecer ao Polo Aquático, já tão fragilizado e rotulado como "violento" no Brasil, se não houver um controle disciplinar bastante rígido.
1 Comments:
Mais uma vez peço desculpas por não revisar os textos. Fui reler, encontrei pelo menos uns cinco erros. Como há um antigo bug do Blogger com o YouTube, editar esses posts é sempre chato. Vai ficar assim mesmo...
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