Depois do Pan enterra?
A foto acima lembra a metáfora do título, quando a Taça Brasil foi jogada com o parque aquático em obras para um evento de natação, como se o Polo Aquático fosse literalmente ser enterrado. O Touca 14 WP Blog está de novo levantando a bola sobre um provável fim do polo aquático brasileiro. O primeiro artigo já suscitou uma discussão bem legal. Pessoalmente eu não acredito que o Polo Aquático vá acabar, irá apenas continuar moribundo, ou em coma sem esperança no "hospital CBDA", como disse Michel Vieira. Aliás, em dezembro de 2005 Kiko Perrone afirmou que o "polo aquático brasileiro está numa situação limite", e tantos outros, muito tempo antes, se depararam com a dura constatação.
Mas não morre nunca. Engraçado né? Não morre porque, mesmo sem muita força, as esperanças se renovam nos atletas mais jovens ou nas pessoas que por uma paixão desenfreada ou necessidade profissional fazem do Polo Aquático sua rotina. Os ciclos, no entanto se repetem. Não duram tantos anos. Gerações inteiras se afastam de tempos em tempos. Pouquíssimos resistem.
Fica uma pergunta: se há as pessoas que mantêm, porque também as pessoas que assim desejam não começam a tomar as rédeas? É isso aí, estou falando de nós todos, de mim, de você que dedica algum tempo do seu dia a ler informações sobre Polo Aquático, de qualquer pessoa, em qualquer estado brasileiro, que se interesse por ver um Polo Aquático mais forte em todos os níveis.
Não se trata de um discurso revolucionário com décadas de atraso histórico. Que nada. Não há nada mais atual do que ser prático e objetivo. Sinceramente eu não acredito que alguma melhoria no Polo Aquático brasileiro passe pela CBDA ou federações. Torço pra estar enganado. Ou pra própria história estar.
De fato vejo o nosso humilde Circuito como um exemplo, bem dentro da linha que o Canetti muito bem opinou no Touca 14 (ele cita exemplos de como se driblam as dificuldades em países de primeiro mundo): todo mundo é voluntário, faz porque quer, porque gosta e porque quer que seja feito. A gente não espera ninguém não porque sejamos heróis, ricos ou muito espertos, apenas porque não temos alternativa. Nenhum evento oficial de Polo Aquático terá atletas de tantas regiões do Brasil quanto em setembro na Chapada.
Imagino que seja muito difícil reunir todos que gostam de Polo Aquático num acordo abstrato. O caminho, na minha opinião, é fazer, organizar eventos e convidar os outros - a segunda divisão, por exemplo, é fantástica, deveria voltar. Gerar envolvimento darwiniano mesmo, quem for de fazer e não só de resmungar, estará dentro com certeza. Nem que comece por um micro evento. Aposto que uma hora sai algo. Há um tempo atrás mostramos que uma galera treina no Municipal. Deve ter gente ainda no América e Grajaú. Saindo dessas redondezas tem a Escola Naval. Isso tudo fora os clubes tradicionais. Isso falando apenas do Rio...
Divulgado por todos os blogs em parceria um evento desses ganha uma dimensão bem maior. Extrapola os limites tão bem definidos. Tem que expandir. Não tenho a menor dúvida que com um planejamento de ações administrativas e de comunicação o Polo Aquático se tornará viável. Esportes como a ginástica rítimica deram um salto qualitativo fenomenal. Não foi à toa, não foi por acaso.
Existem ainda alguns tabus que devem ser esclarecidos. Um deles vejo sempre bem defendido pelo Luis Fernando, do Touca 14. Por que o fato de o Polo Aquático ser um esporte olímpico significa que o único caminho seja estar atrelado à CBDA por exigência da Fina? Será mesmo? E quem sabe quanto o Polo Aquático recebe dos Correios? Não são questões pessoais, são questões de interesse público que deveriam deixar de ser tratadas como dogmas e serem debatidas.
O fato é que não existe mudança que não passe pelas pessoas, pela boa vontade, pela comunicação, pelo desejo de realizar e, mais do que tudo, pela ação. Fácil não é. Mas será mais efetivo do que tirar essas discussões de onde elas sempre estiveram e se mantiveram inócuas: nas bordas das piscinas.
Mas não morre nunca. Engraçado né? Não morre porque, mesmo sem muita força, as esperanças se renovam nos atletas mais jovens ou nas pessoas que por uma paixão desenfreada ou necessidade profissional fazem do Polo Aquático sua rotina. Os ciclos, no entanto se repetem. Não duram tantos anos. Gerações inteiras se afastam de tempos em tempos. Pouquíssimos resistem.
Fica uma pergunta: se há as pessoas que mantêm, porque também as pessoas que assim desejam não começam a tomar as rédeas? É isso aí, estou falando de nós todos, de mim, de você que dedica algum tempo do seu dia a ler informações sobre Polo Aquático, de qualquer pessoa, em qualquer estado brasileiro, que se interesse por ver um Polo Aquático mais forte em todos os níveis.
Não se trata de um discurso revolucionário com décadas de atraso histórico. Que nada. Não há nada mais atual do que ser prático e objetivo. Sinceramente eu não acredito que alguma melhoria no Polo Aquático brasileiro passe pela CBDA ou federações. Torço pra estar enganado. Ou pra própria história estar.
De fato vejo o nosso humilde Circuito como um exemplo, bem dentro da linha que o Canetti muito bem opinou no Touca 14 (ele cita exemplos de como se driblam as dificuldades em países de primeiro mundo): todo mundo é voluntário, faz porque quer, porque gosta e porque quer que seja feito. A gente não espera ninguém não porque sejamos heróis, ricos ou muito espertos, apenas porque não temos alternativa. Nenhum evento oficial de Polo Aquático terá atletas de tantas regiões do Brasil quanto em setembro na Chapada.
Imagino que seja muito difícil reunir todos que gostam de Polo Aquático num acordo abstrato. O caminho, na minha opinião, é fazer, organizar eventos e convidar os outros - a segunda divisão, por exemplo, é fantástica, deveria voltar. Gerar envolvimento darwiniano mesmo, quem for de fazer e não só de resmungar, estará dentro com certeza. Nem que comece por um micro evento. Aposto que uma hora sai algo. Há um tempo atrás mostramos que uma galera treina no Municipal. Deve ter gente ainda no América e Grajaú. Saindo dessas redondezas tem a Escola Naval. Isso tudo fora os clubes tradicionais. Isso falando apenas do Rio...
Divulgado por todos os blogs em parceria um evento desses ganha uma dimensão bem maior. Extrapola os limites tão bem definidos. Tem que expandir. Não tenho a menor dúvida que com um planejamento de ações administrativas e de comunicação o Polo Aquático se tornará viável. Esportes como a ginástica rítimica deram um salto qualitativo fenomenal. Não foi à toa, não foi por acaso.
Existem ainda alguns tabus que devem ser esclarecidos. Um deles vejo sempre bem defendido pelo Luis Fernando, do Touca 14. Por que o fato de o Polo Aquático ser um esporte olímpico significa que o único caminho seja estar atrelado à CBDA por exigência da Fina? Será mesmo? E quem sabe quanto o Polo Aquático recebe dos Correios? Não são questões pessoais, são questões de interesse público que deveriam deixar de ser tratadas como dogmas e serem debatidas.
O fato é que não existe mudança que não passe pelas pessoas, pela boa vontade, pela comunicação, pelo desejo de realizar e, mais do que tudo, pela ação. Fácil não é. Mas será mais efetivo do que tirar essas discussões de onde elas sempre estiveram e se mantiveram inócuas: nas bordas das piscinas.
4 Comments:
Que tal organizar um forum nacional do wp na Chapada ??
Allemander disse...
Prezado Hélcio
Concordo com as suas observações quanto a situação do polo aquático brasileiro, que vem se agravando há décadas.
A iniciativa do Circuito Norte/Nordeste e a sua próxima edição na Chapada poderá permitir a continuidade e o aprofundamento das conversas e discussões, visando construir um futuro mais promissor.
Entretanto, precisamos detalhar (por escrito) um projeto que transforme o polo aquático brasileiro em esporte nacional - conhecido pelo público em geral e praticado como lazer e competição em todos os seus níveis por crianças, jovens, adultos e velhos.
Temos os elementos básicos - a bola, o gol e a água - que estão completamente indentificados com o nosso povo e o nosso País. Talvez, possamos alcançar com o esforço conjunto o estágio e o sucesso de outros esportes coletivos - basquete, volei e até o handebol.
Neste sentido, torna-se necessário contar com pessoas de todas as idades que queiram colaborar com honestidade e dedicação na construção e realização deste projeto: Polo Aquático Brasileiro -Esporte Nacional.
Acredito que pessoas idôneas e desinteressadas devem assumir a condução deste projeto, deixando de lado àqueles que vivem e dependem do Polo Aquático Brasileiro e não demonstram qualquer resultado efetivo na sua difusão e muito menos nas mais importantes competições internacionais.
O momento da mudança se aproxima.
Oi amigos Allemander e Hélcio,
De uma semana para cá !!!!! como pessoas, que gostam do Pólo Aquático !!! se manifestaram em prol , de uma mudança total !!! sem esperar, a boa vontade de dirigentes!!! que estão acomodados, com atual situação !!!!!!
Vamos em frente !!! que tenho certeza !!! que os resultados, apareceram muito em breve !!!!
Saudações aquapolistas !!!
O pólo na chapada tem que ser vendido para alguma televisão. Pois está unindo esporte e meio ambiente, questão primordial nesses dias.
Vamos mandar e-mail pra Globo, Band, Sportv e etc.
Publicidade é a arma para enfrentarmos o pouco caso com o pólo aquatico
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