sexta-feira, março 31, 2006

Clube Municipal

Desde o começo a intenção básica desse blog foi tentar ser mais uma ferramenta na integração de pessoas que gostam do Pólo Aquático. É muito legal quando a gente percebe que essa rede já existe e que ela tem tudo pra se fortalecer.

A foto acima foi do início do trabalho do preparador físico Fernando Araújo, no Clube Municipal, na Tijuca. Os gols eram tubos de PVC presos às espreguiçadeiras dos sócios, com regras adaptadas para que a brincadeia pudesse rolar solta. Havia apenas uma bola de Pólo Aquático.

Fernando começou a reunir o grupo ao perceber que a farra já rolava com as dente de leite, ou seja, o incentivo ao lúdico, como bem explicou Angelo Coelho. O Angelo, aliás, foi o grande incentivador de Fernando no Municipal. Na foto acima a primeira evolçução estrutural: o gol de madeira.

Na foto acima a rapaziada feliz da vida num terceiro estágio, com as traves já pintadas de branco e bolas e toucas oficiais conseguidas graças ao intermédio do Angelo. O Fernando é o segundo em pé da direita pra esquerda.

Assim como o Angelo, tenho certeza que diversos outros atletas e treinadores poderiam qualquer dia marcar com o Fernando um pulinho lá no Municipal pra incentivar os rapazes e as meninas.

quinta-feira, março 30, 2006

"Podemos ensinar o Pólo em qualquer piscina"

Ângelo Coelho foi um dos primeiros a entrar em contato oferecendo ajuda pro que precisássemos em Fortaleza. Fez isso sem nunca ter me visto na vida. Fez como faz tudo pra ver o Pólo Aquático crescer. Um cara desse só pode merecer todo nosso respeito. O fato é que, como tantos outros que passaram pelo blog, ele merecia mais do que os benefícios da subjetividade. Mas ele está feliz e, nesse nosso mundo louco, isso já é muito. Ainda bem que existem caras como o Ângelo.

Pólo Ceará - Você poderia fazer um balanço da viagem que acaba de fazer?

Angelo – Estive acompanhando o treinamento da equipe do Barceloneta, campeão da Copa do Rei e favorito para a liga espanhola, conta com um grupo de 13 atletas profissionais e fazem 2 treinamentos diários, uma estrutura muito profissional com médico, fisioterapeuta e psicólogo e um treinador que acompanha cada detalhe na preparação física, técnica e tática de sua equipe.Não podemos fazer uma comparação com nenhuma equipe brasileira pois os atletas são profissionais e vivem do dinheiro que ganham no clube.

Também acompanhei um treinamento da seleção da Catalunia para atletas de 13 a 18 anos, um excelente projeto onde 18 jogadores foram selecionandos e além de treinar pólo eles estudam e fazem as refeições, alguns que foram escolhidos de cidades fora da Catalunia tem até moradia na escola (Residência Blume) , os atletas fazem treinamentos todos os dias das 11:30 às 14:00, 2ªs,4ªs e 6ªs treinam também a noite, nas 3ªs e 5ªs estes atletas treinam nos clubes.

Na Itália passei 4 dias , assisti um jogo da A1 e um da A2 e um torneio para crianças de 8 a 10 anos onde haviam 4 campos de jogo e as partidas eram disputadas simultaneamente sem a preocupação com o placar, achei sensacional, mais de 200 crianças e 300 pais na arquibancada.E a informação mais interessante é que isso é feito uma vez por mês, cada vez em um clube.

A partida da A1 era entre Brescia e Chiavari, a equipe de Brescia conta com 6 estrangeiros, 3 naturalizados e entre os 13 jogadores 9 jogadores de diversas seleções,fortíssima e venceu o jogo com certa facilidade.Detalhe interessante, no banco todos os treinadores de terno e gravata, para ver a importância que eles dão para um jogo de pólo.

No jogo da A2 o que chamou a atenção foi o número de pessoas assistindo, mais ou menos 400, era a estréia do time da casa na temporada, outra curiosidade, quem apitava era uma arbitra.O nível era um pouco acima do nosso, e os times tinham alguns jogadores com menos de 18 anos no banco.

Pólo Ceará - Como está o nível de treinamento que você viu lá?
Angelo – Bem um aspecto que me chamou a atenção foi que durante os 20 dias que estive na Espanha assisti a treinamentos de todas as categorias, Benjamin 9 e 10 anos, alevi 11 e 12 anos, Infantil 13 e 14 anos, cadete 15 e 16 anos, juvenil 17 e 18 anos e Junior 19 e 20 anos e maiores e em todos os treinos que acompanhei haviam grupos de no mínimo 10 atletas que se empenhavam ao máximo e disputavam vagas nas equipes, diferente do que temos aqui, onde praticamente é só treinar que joga.

Os treinos não diferem muito do que vemos aqui, é claro que com mais jogadores, mais intensidade a qualidade dos jogadores se torna bem superior.
Não sei se acontece em todos os clubes da Espanha, provavelmente não, mas onde estive, eles davam muita ênfase na preparação física o que facilitava muito a parte tática e técnica.

Pólo Ceará - Qual a expectativa do Botafogo para esse ano?
Angelo – Este ano o Botafogo tem como objetivo participar de todas as competições realizadas pela FARJ e CBDA tanto no masculino como no feminino, importante também dizer que estaremos defendendo os títulos conquistados em 2005, para isso estamos preparando uma equipe adulta mais forte para esta temporada.

Pólo Ceará - Como foi o título da Taça João Havelange pelo Botafogo ano passado?
Angelo –Fomos campeões do João Havelange, que foi disputado pela primeira vez em quatro fases nas quais o Botafogo venceu todas as partidas que disputou, tínhamos um elenco com 20 jogadores dos quais 6 juvenis, 2 juniores, 12 adultos sendo 2 estrangeiros, creio eu uma coisa muito importante foi esta mescla de jogadores jovens e jogadores experientes que muitas vezes me pediam para não jogar para eu colocar um garoto para que este ganhasse experiência. Isto facilitou muito no sentido que eu tinha tranqüilidade na hora de escalar a equipe e não me preocupava se um ou outro ficaria chateado se não jogasse.

Pólo Ceará - Você recebeu jogadores estrangeiros em sua própria casa. Qual a importância desses jogadores para o Pólo Aquático brasileiro e qual a impressão que eles têm do que vêem aqui?
Angelo – Bem não foi a primeira vez, desde que estou no Botafogo, temporadas de 2003,2004 e 2005, nós já trouxemos 1 chileno, 2 colombianos,, 1 espanhol, 1 italiano e 1 croata. Para nós é muito importante esta participação estrangeira pois trás muita experiência para nossos atletas que tem a oportunidade de conviver e aprender muito com atletas de outros países.
Para o pólo brasileiro creio que não faça muita diferença pois 2 atletas em um clube , seria interessante ter estrangeiros em todos os clubes.


Pólo Ceará - Quais as chances das seleções masculina e feminina no Pan 2007 na sua opinião?
Angelo –Na minha opinião no masculino estaremos disputanto a medalha de bronze, uma vez que não temos como ganhar dos EUA, que conta com uma gama muito grande de atletas, inclusive com muitos jogando na Europa. O Canadá está um pouco acima , pois tem participado de mais competições internacionais que o Brasil, mas dependendo da estrutura que for planejada para o treinamento da seleção, podemos até conseguir ganhar do Canadá e conseguir a prata. No feminino EUA e Canadá estão muito acima do Brasil porém creio que o Bronze é garantido pois as outras seleções são inferiores.

Pólo Ceará - Numa entrevista o Tony Azevedo comenta que um dos problemas do Pólo Aquático é a compreensão das regras. Isso me parece ser um complicador num país com estrutura. No nosso há outros mais profundos, com certeza. Você, que vive o pólo aquático tão intensamente, vê algum caminho para uma popularização e aumento da participação de patrocinadores?
Angelo - Sem dúvida para quem não conhece o jogo é muito difícil de entender, mas isso não temos como resolver, o que podemos fazer é tentar popularizar para que mais pessoas conheçam o pólo, não tenho uma fórmula mágica mas creio que deveríamos em primeiro lugar formar mais profiissionais para trabalhar no pólo, depois disto colocar escolas de pólo em todas as piscinas onde exista a natação.

Por muito tempo tentamos ensinar pólo em piscinas que tinham a metragem oficial do esporte quando na verdade podemos ensinar o pólo em qualquer piscina, e aproveitar o fator ludico do pólo, devemos adaptar as regras para tornar o pólo mais conhecido e mais fácil de jogar, por exemplo, segurar a bola com as duas mãos, colocar o pé no fundo e outras. O exemplo que vi na Espanha, eles tem 12 clubes profissionais e 50 que participam de competições de todas as categorias, mas sem dúvoida os 12 profiissionais dependem diretamente dos outros menores para conseguir seus atletas.

Baú de Water Polo

Impressionante como a internet está virando um "mundo à parte" e já se dá até ao luxo de ter uma arqueologia própria. Quem navega com freqüência encontra resquícios deixados no passado. O Baú do Observador é um blog postado de Portugal que foi abandonado em setembro de 2004. Seu autor, Sérgio Almeida, presume-se pelo conteúdo, é um cara antenado com novas tecnologias, de bom gosto e dedicado ao bem viver. A sequência de fotos que ele coloca da preparação de uma Paella é inenarrável.

Embora prefira a humildade, Sérgio teve forte participação no Pólo Aquático brasileiro, como pode ser visto nas fotos postadas no seu Baú. A foto acima, tirada em 1960 em Niterói, seria de um título de tricampeão invicto num "jogo duríssimo". Estão na foto: Fernando Cals, Sylvio Prado, Marvio Kelly e Daltely Guimarães. Agachados: Silvio Kelly, Hilton Almeida e Sergio Almeida.

Além dos diversos personagens históricos das piscinas brasileiras que estão na foto acima (sou tão ignorante que nem sabia que o Daltely havia sido jogador), há outras com personagens de destaque como Everardo Cruz e Edson Perri (Barriga). Vai lá mexer no Baú que vale a pena.

quarta-feira, março 29, 2006

Goiânia

O amigo Cristiano, de Goiás, está querendo organizar um campeonato de Pólo Aquático no segundo semestre. Não podemos garantir presença por já ter compromisso prioritário com as duas outras etapas do Circuito Nordestino, que serão na Bahia (setembro) e Pernambuco (novembro), e os custos de viagem são muito altos.

Mesmo assim o blog está aberto para divulgar todas as novas informações deste torneio, assim como qualquer outra relativa a Pólo Aquático.

A foto acima da equipe Goiânia A, primeira colocada no campeonato goiano realizado no segundo semestre do ano passado, com participação de uma equipe de Brasília, uma de São Carlos (SP) e a Goiânia B.

terça-feira, março 28, 2006

Marvio Kelly

O Fluminense foi campeão nove anos consecutivos, de 1952 a 1961, quando a equipe disputou 104 partidas e ganhou todas. Entre os campeões pode-se destacar Everardo Cruz, Marvio Kelly (foto) e João Havelange. Em breve mais fotos da época.

Famíla

Ainda não temos treinos nossos gravados. O Marlus preparou um super-evento com direito a churrascão para assistirmos juntos a alguns jogos. Na TV Olimpíadas de Atenas e Sidney. Como observação, não foi grandes coisas.

Foi como tentar surfar assistindo Kelly Slater, a velejar vendo Robby Naish ou lutar jiu-jitsu apenas olhando as lutas de Marcelinho Garcia. Tudo parece fácil demais. O gap é gigantesco.

O mais importante foi mais uma confraternização, muita risada, show do Zé Claudio, esposas, filhos, todo mundo se divertindo junto. Vamos marcar outros.

segunda-feira, março 27, 2006

Tá chegando a hora

Com a chegada da Juliana, as meninas prometem voltar aos treinos de sábado. No sábado retrasado estava apenas a macharada. Não há dúvida que o mais importante nisso tudo seja a diversão com os amigos.


Aproveito para agradecer a incrível ajuda que todos vêm dando, especialmente Fred e Passarinho (Recife), Thiago (Natal) e Guilherme Sari (Brasília), sempre alertas pra colaborar. O conceito é esse: todo mundo está no mesmo time, e esse time tende a ficar cada dia mais forte.

Domingo dia 23 de abril estaremos tomando uma gelada na Praia do Futuro.


domingo, março 26, 2006

Perrone x Perrone

Se a união dos dois irmãos fora da água é inabalável, dentro o bicho está pegando. Depois dos 8 gols de Kiko na rodada passada, nessa semana Felipe resolveu garantir a frente na artilharia marcando também 8 gols na vitória do seu time Barceloneta por 20 a 9 contra o "lanterna" Real Canoe, time defendido pelo Marcelinho. Já Kiko marcou o último gol do empate de 11 a 11 do Barcelona contra o Mataró.

Faltando três rodadas, o Barceloneta é líder do campeonato espanhol com com 54 pontos, seguido pelo Barcelona com 47 e Sabadell com 39. Felipe é até o momento o o artilheiro da competição com 69 gols. Atrás dele vem Abarca com 59 e logo atrás Kiko com 56.

Essas informações não foram disponibilizadas mais cedo pelo péssimo serviço prestado pelo Velox, que mais uma vez me deixou fora do ar durante um dia quase inteiro, o que, para quem trabalha pela internet, significa prejuízo real não restituído pela empresa prestadora de (maus) serviços.
Na foto Felipe Perrone.

sábado, março 25, 2006

"Continuo treinando e jogando com a mesma disposição do início"

Daniel Mameri é sem dúvida um craque, está com o nome eternizado na elite do Pólo Aquático brasileiro. Não digo isso nem pelo pouco que o vi jogando quando eu já estava parando (ou desistindo), mas pelo que já ouvi e li a respeito do seu aproveitamento na piscina.

Há quem tente caracterizá-lo mais pelo seu temperamento forte do que pelo seu talento. A verdade é que quando enviei as perguntas, esqueci de falar sobre isso, sobre essa reputação, os problemas com juizes...Pela forma cordial e direta com que me mandou as respostas, tenho certeza que respoderia sem problema. Preferi não mandar e acredito ter acertado. Mais do que alimentar o mito, queria mais uma vez colocar Pólo Aquático em discussão, no que tenho certeza que o objetivo foi totalmente atendido. Com o vigor de quem sabe do que está falando.

Pólo Ceará - Você é apontado como um dos melhores jogadores brasileiros de todos os tempos. O Duda também está nessa lista e disse aqui no blog que depois de 30 anos de dedicação não sente falta do Pólo Aquático por tudo de errado que viu e viveu. Depois de tanto tempo na ativa, você ainda mantém a mesma vontade de treinar e jogar de antigamente?

Daniel - Gostaria antes de tudo de agradecer a oportunidade de estar aqui e parabenizar a todas as pessoas que colaboram para a divulgação do Polo Aquático no Brasil.

Eu jogo desde os 12 anos de idade e em maio estarei completando 22 anos de polo aquático, continuo treinando e jogando como a mesma disposição do início, o polo é como terapia, depois de horas de trabalho estressante é muito bom cair na água e esquecer da pauleira do dia a dia.

Pólo Ceará - Como você avalia a participação do Brasil no sul-americano?

Daniel - O Brasil jogou muito bem o Sul-americano, não dando a menor chance pra nenhum adversário, tanto no masculino quanto no feminino, mostrando a supremacia na Sulamerica.


Pólo Ceará – Segundo o Kiko Perrone, você teria vaga em qualquer time europeu no meio dos anos 90, o que não é nada fácil. Valeu a pena ter ficado por aqui?

Daniel - Eu tive vários convites para jogar fora, (Itália, Espanha, USA e Austrália)a decisão não era por jogar no Brasil ou fora e sim largar meu emprego e ir jogar polo ou continuar jogando aqui e manter o meu emprego.

Eu decidi por ficar e continuar trabalhando e não me arrependo disso, lógico que gostaria muito de ter jogado fora,mas infelizmente na época não deu pra conciliar.

Pólo Ceará - Como você está vendo a participação dos dois irmãos Perrone e de outros (as) brasileiros (as) lá fora?

Daniel - Fico muito feliz em ver só noticias boas dos Perrones na Espanha, Vicente na Itália e as meninas que estão jogando fora também, isso abre portas para outros Brasileiros que decidirem jogar fora e confirma o talento do jogador Brasileiro já provado anteriormente com Eric, Carsalade, Chappini, Ale Araújo e outros.

Pólo Ceará - Tudo bem que se jogue por prazer, mas reconhecimento pelo esforço é algo digno e que deve ser valorizado. Imagino que você tenha dedicado muitas horas da sua vida para ter chegado ao nível que chegou e para ser um dos melhores há tantos anos. De que forma esse esforço todo foi reconhecido?

Daniel - Pela CBDA e pelo COB nunca foi reconhecido e nunca será e também não espero que um dia seja porque sempre falei o que penso e isso às vezes não agrada a todos. Mas por outro lado esses anos de dedicação e treino me trouxeram grandes amigos e essa recompensa não tem preço

Pólo Ceará - Você concorda com a opinião de alguns de que exista um certo pacto de mediocridade, onde os atletas não treinam mais em seus clubes e as entidades responsáveis não apóiem por achar que os atletas não mereçam? Onde está o "ovo da serpente"? Qual seria o primeiro passo para levantar o Pólo Aquático nacional?

Daniel - Não concordo, o jogador Brasileiro já provou mais de uma vez que tem total condição de jogar em qualquer time do mundo e mesmo assim nunca foi dada a condição ideal para treinamento, são poucos clubes que oferecem isso hoje em dia.

Acho que a massificação do esporte e a profissionalização são os caminhos a serem tomados para um rápido desenvolvimento do esporte no País e depois uma federação só de polo vinculada a CBDA.

Pólo Ceará – Vamos aos temas mais leves. Destaque sua maior alegria como jogador.

Daniel - A minha maior alegria como jogador com certeza foi a medalha de prata em Mar Del Prata 95. Perdemos na final, mas aquela prata teve sabor de ouro.

Pólo Ceará – Quais os melhores jogadores com quem você já jogou, contra e a favor?

Daniel -Já joguei contra todos os melhores do mundo (Estiarte, Bárbaro Dias, Ivan Peres, Sapic, Vuja, irmãos Calcaterra, Benedeck, e muitos outros que eu não lembro agora) e tive o prazer de jogar ao lado de Eric Borges, Fernando Carsalade, Roberto Chappini, Kiko e Felipe Perrone, Pará e tantos outros bons jogadores.


Pólo Ceará – O que você acha das novas gerações de atletas que estão surgindo? Você já vê algum destaque?

Daniel - Eu não vejo novas gerações de atletas surgindo no Brasil e sim alguns jogadores de gerações diferentes que estão acima da média.

Pólo Ceará - Você, assim como outros atletas, se prontificou a vir ajudar no que fosse possível para levantar o Pólo Aquático no nordeste. Claro que num primeiro momento nossa meta aqui em Fortaleza é incutir na cultura local, criar o hábito de treinar e jogar por prazer puro, pra depois pensar em formar times competitivos. Você acha que a regionalização (como já se faz no sul, por exemplo) possa ser um caminho para a expansão do esporte?

Daniel - Como já falei antes, tenho certeza que esse é um dos principais pontos a serem explorados para o desenvolvimento do esporte e para o surgimento de novos talentos fora do eixo Rio São Paulo.

Pólo Ceará - Pra terminar: como estão os preparativos para o Pan?

Daniel - Nós começamos os treinos pro Pan 07 em janeiro deste ano, um pouco tarde pra quem quer ganhar uma medalha de ouro.Mas mesmo assim nós acreditamos muito na superação das dificuldades e por ser no Rio contamos com a força da torcida então as expectativas são as melhores possíveis, vamos para brigar pelo ouro tão sonhado e a vaga para a olimpíada.

Fotos: Sátiro Sodré (www.cbda.org.br)

O que faz a diferença é querer

Da série "quando a galera quer se divertir, arruma solução pra tudo". Não tenho idéia do que seja o evento, mas não dá pra deixar de reparar a quantidade de espectadores. Quem quiser tentar entender melhor, entre aqui. Eu não entendi nada.

Mais um joguinho

Baixa aqui.

sexta-feira, março 24, 2006

Croácia de novo

Alguns anos atrás li numa revista gringa de futebol um repórter impressionado como no Brasil em qualquer espaço onde se pudesse estender uma toalha haveria crianças jogando bola.

A Croácia, terceira colocada na Copa de 98, será nossa primeira adversária na Alemanha.

A impressão que dá pela internet é que eles não perdem a oportunidade de, em qualquer lugar onde exista água, montar um campinho de Pólo Aquático e se divertir. Seguem alguns links croatas.

quinta-feira, março 23, 2006

Kiko marca 8 gols na Espanha

Após adiamento devido ao falecimento do goleiro Jesus Rollan, foram disputadas nos dias 21, 22 e 23/03 as partidas correspondentes à 17ª rodada do campeonato espanhol. O destaque da rodada foi Kiko Perrone, com 8 gols na vitória de 17 x 6 do Barcelona sobre o Ondarreta, de Madri. Nesta partida, o também brasileiro Felipe “Charuto” marcou 3 gols.

Faltando 4 rodadas para o encerramento da fase classificatória do campeonato, Kiko está em 3º na lista de artilheiros, com 55 gols, atrás apenas de Jose Maria Abarca (que jogou pelo Paulistano no último Troféu Brasil) com 57 gols, e de seu irmão Felipe, que continua liderando com 60 gols.

Na Foto Felipe, Kiko e Perronão em Montreal.

quarta-feira, março 22, 2006

Pé no chão

Numa situação corriqueira, diz-se que alguém tem "pé no chão" quando não é dado a delírios, quando sustenta sua conduta de forma sólida, sem muitos riscos.

Já no Polo Aquático, estar com o pé no chão significa burlar umas das leis básicas do esporte, e se evidencia algo mais, normalmente é que a piscina não é muita adequada à modalidade ou o personagem em questão é um gigante.

Esse vídeo é um interessante informativo sobre o início de temporada, uma espécie de "gols da rodada". O engraçado é como a galera pisa no chão sem a menor culpa. Os goleiros então...

terça-feira, março 21, 2006

Escolinha

Alguns vídeos desse link já rolaram aqui no blog, outros não. Vale a pena abrir todos.

Foi a Letícia Furtado quem mandou. Ela explica que o clube é de Hull, "a Niterói de Ottawa".

1 mês

Falta 1 mês para a primeira etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático, a ser realizada na piscina do Náutico em Fortaleza, de 21 a 23 de abril.

Segue boletim:

1) Arbitragem
Não vamos nos ilhar do mundo, vamos jogar conforme as regras atuais. A única mudança que talvez ocorra seja a de diminuição do tempo, algo como 2 tempos 10 minutos, que permita que todos joguem e tenham ainda como aproveitar Fortaleza.

Nosso atleta Alexandre de Paula está encarregado de fechar quem serão os juízes. Alessandro de João Pessoa e Thiago de Natal mandaram sugestões de árbitros. Como não conhecemos, gostaríamos que houvesse um consenso, a fim de evitar discussões posteriores. Fiquem atentos aos seus emails por favor.

2) Tabela
Enviei a todos a tabela que consideramos a melhor. Quem por acaso não recebeu entre em contato pelo helcio.brasileiro@gmail.com . A princípio serão três grupos com um triangular final. Uma tabela de dois grupos nos levaria a uma quantidade de jogos impossível de ser cumprida.

3) Hospedagem
Hoje nos deram um susto dizendo que o governo não vai liberar a verba. Já nosso contato lá de dentro garante que ela está para sair. Vamos confiar. O grosso do dinheiro vai para hospedagem. Infelizmente não dispomos de alojamento, então teremos que fechar com alguns dos hotéis próximos. Tirando o dinheiro gasto com arbitragem, acredito que não sobrará quase nada.

Nem precisa. Com os times presentes, árbitros, bolas, traves e piscina, só falta cair na água e se divertir.

4) Times
O amigo de Brasília Guilherme Sari voltou a fazer contato avisando que o pessoal vem mesmo. Não há problema, aliás, será um grande prazer. Fica sendo o décimo time. A partir daí, infelizmente, não caberá mais ninguém. Os jogadores que vierem avulsos entrarão nem que tenhamos que ter algumas equipes com 14.

Mais questões ou dúvidas, favor entrar em contato pelo meu email. Agradeço a quem mandar a lista com nomes completos de jogadores e técnicos para darmos início ao processo de reservas, mesmo sem ter recebido a grana ainda.

segunda-feira, março 20, 2006

Anti-stress

Volta e meia aparece algum garoto mais novo dizendo que pega onda de body-board. Na mesma hora olho pro Alexandre só pra achar graça do inevitável olhar de reprovação.

Nadador master e ex-atleta de jiu-jitsu, Alexandre adora atormentar a vida de quem gosta de jogar no centro. Parceiro de uma harmonia muito bonita com a Isabela, Alexandre tem três compromissos sagrados aos finais de semana: o surf, o coleta de sábado e a cerveja depois do coleta.

domingo, março 19, 2006

"No Pólo Aquático eu me realizo, é meu paraíso sobre a Terra"

O que o move o mundo, pro mal e pro bem, são as paixões, pessoas que se entregam a uma determinada causa e colocam nessa causa forças que parecem muitas vezes raras, estranhas ou até absurdas para os demais, os que preferem se acostumar a um cotidiano com menos percalços.

Letícia Furtado é sem dúvida do primeiro time, joga com fervor entre os apaixonados. Precursora do Surf e do Pólo aquático feminino no Brasil, Letícia costuma mostrar sua cara sem maquiagem alguma nas colunas que escreve sobre Pólo Aquático. Conheça nas linhas abaixo um pouco mais da brasileira que lá do Canadá não descansa enquanto não vir o Pólo Aquático brasileiro crescer.

Pólo Ceará - Estamos tendo dificuldade pra começar o Pólo Aquático feminino aqui, afinal ainda estamos começando o masculino e não há alguém disposto nem preparado para treinar as meninas. Você viveu o começo do Pólo feminino no Brasil. Dá para contar como foi?

Letícia - Antes gostaria de explicar que a implantação do pólo aquático no Rio e em São Paulo não pode servir de modelo para a massificação do pólo feminino no Brasil. Ele aconteceu em um momento que o esporte era exclusivamente masculino. Então, o trabalho foi muito mais de abrir caminho do que de instalação propriamente dito. Trabalhamos com o que existia e moldamos para que a categoria tomasse uma forma.

Quanto à minha experiência, ela foi de muita luta pessoal, dentro e fora das piscinas. Quando eu tinha 15, 16 anos, eu morria de inveja dos meninos da natação que saiam pro pólo. Engoli o recalque a seco até 17 anos quando rolou uma escolinha feminina no Tijuca, que infelizmente acabou em um ano. Esperei até os 21 anos, passeando entre o triatlon e o surf, quando soube de um grupo de meninas que treinavam na UFRJ, como parte da cadeira pólo aquático na Faculdade de Educação Física.

Como conhecia bem o Waldyr Ramos, que foi o meu primeiro técnico de natação e que na época era diretor da Faculdade, ele me autorizou a integrar o grupo. As meninas não eram novinhas, nem todas eram ex-nadadoras, mas existia uma vontade muito grande de levar o projeto à diante. Verônica Salles, uma das jogadoras, levantou a hipótese de nos filiarmos ao Flamengo, onde existia uma abertura e um bom entendimento com os técnicos e dirigentes da época. E foi assim que tudo começou no Rio de Janeiro.

Uma vez instaladas no Flamengo, eu comecei a minha rotina de chegar cedo pra musculação e treinar com o infanto, além do meu treino. Com o tempo “filava” até uns minutinhos no adulto (ao melhor estilo Michel Vieira).

Pólo Ceará - Quando você sentiu que o Pólo feminino tinha enfim se consolidado no Brasil?

Letícia - No Flamengo me destaquei como atleta/dirigente e, ao organizar um primeiro Torneio brasileiro feminino de pólo aquático, entre Flamengo, Paulistano e Hebraica, fui convidada pelo presidente Coaracy para institucionalizar a categoria no Brasil.

Dei sorte, porque logo de cara, conseguimos realizar outros eventos nacionais, juntamente com São Paulo, que também já se organizava regionalmente.

Ao mesmo tempo, em 1990, fui informada sobre os preparativos para o campeonato mundial de Perth, na Austrália. Corri atrás pra saber porque ninguém da América do Sul tinha vaga. O motivo não poderia ser mais ridículo. Ninguém nunca tinha organizado um pré-mundial apesar da categoria existir timidamente na Argentina, Colômbia e Venezuela. Foi sopa no mel. Arrumei 10 mil dólares pra organizar o qualificatório e mandei convite pra todos os países. Com a falta de resposta, fui aconselhada pela FINA de convidar alguma equipe dos USA para validar o evento. Prontamente eles enviaram uma equipe junior PPV, e o torneio aconteceu. Correu tudo as mil maravilhas. Com o dinheiro, banquei estadia, alimentação, transporte e passeios das gringas, além de obviamente os custos dos campeonatos. A festa de encerramento foi no Scalla com tudo pago. Até hoje me pergunto porque se reclama tanto de falta de verba, quando vejo as alocações declaradas pelos orgãos oficiais!


Enfim, a equipe A do Brasil ganhou o torneio e ganhamos a vaga pro mundial. Essa “forçação de barra” no cenário internacional foi imprescidível para a sobrevida do polo feminino no Brasil. Com a participacão em Perth, entramos no cenário mundial, ganhando direito a vaga na Copa Fina e nos mundiais subseqüentes. E isso fez com que as meninas no Brasil se motivassem à treinar. Estava consolidado o pólo aquático feminino no Brasil!

Pólo Ceará - Quais foram as equipes em que você jogou e qual era a sua rotina de treinos?

Letícia - No Brasil, sempre joguei pelo Flamengo. Em 88 fui convidada por um olheiro húngaro para fazer um estágio na Hungria junto com a seleção de época, durante os 3 últimos meses de preparação para a Copa FINA. Chegando lá, senti na pele a carga de treinamento e percebi o quanto a musculação e os treinos extras por conta própria estavam agora me valendo. Não só fui integrada ao grupo, como recebi convites para jogar pelos clubes VASAS e SZENTES. Acabei escolhendo o VASAS por ser em Budapest, perto das comodidades de uma grande cidade, já que não falava nada de magiar.

Em 92, joguei pelo VASAS numa temporada de 3 meses onde fomos terceiras colocadas no forte campeonato Húngaro. Em 93, após um torneio em Québec pela seleção, resolvi ficar no Canadá para operar o meu ombro com um grande especialista no assunto, Dr. Sylvain Gagnon. Durante a recuperação treinei no CAMO (do então técnico da seleção canandense Daniel Berthelette). Nessa época, sabendo do meu interesse em aumentar minha experiência internacional, o clube St-Lambert me convidou para jogar por eles. Aceitei de imediato, já que pelo CAMO eu seria banco. A equipe era a própria seleção Canadense. Eu jogava direitinho, mas não estava com essa bola toda. Pela equipe de St-Lambert eu joguei bastante e ficamos em segundo lugar na temporada 93/94.

Minha rotina de treinos entre 88 e 94 nunca mudou muito. O que mudou foi a minha performance. Começava lá pelas 4 horas com uma série de musculação. Às 5h eu ia pra piscina e ficava filando o treino do Raul, com os meninos do infanto. Fazia a parte técnica e completava o coletivo. Às vezes apitava também. Lá pelas 6h era o nosso treino, que eu fazia completo. A gente treinava atrás do gol. Era o "canto das baleias", plágio da mini-série "O Canto das Sereias", já que algumas de nós éramos rechonchudas.


Nosso treino terminava às 8h e eu continuava na piscina. Às vezes pra filar o chute a gol e alguma parte técnica do Paulinho com o adulto masculino. Sempre tinha um mais fraco ou mais novo, com quem ninguém gostava muito de treinar. Era a minha oportunidade de estar na água com feras como Rochinha, Carsalade e cia. Eu ficava meio que no canto da piscina, morrendo de vergonha. Mas passava por cima de todo o preconceito e falatório, pois sabia que acabaria melhorando por insistência… ou por osmose. A brincadeira acabava lá pelas 10 da noite. Dei sorte de sempre estudar de manhã e quando me formei, passei em dois concursos públicos que me permitiram de trabalhar em tempo parcial. Vida boa essa de funcionário público, eu recomendo pra quem é atleta!


Na época de seleção a coisa era mais pesada. Uns 3 meses antes de cada campeonato, tinha concentração em São Paulo. Toda sexta feira, nós do Rio (éramos 5) pegávamos um ônibus de carreira até São Paulo de meia-noite às seis da manhã. Chegávamos direto no clube e treinávamos de 8h às 11h. Depois disso eu desmaiava na cama confortável que a minha tia me liberava na Av. Paulista. As outras ficavam em casa de atleta. Às 4h da tarde eu me levantava para o segundo treino do dia de 6h às 9h. No dia seguinte era de 9h ao meio-dia. Saíamos da piscina direto para a rodoviária, pra mais 6 horas de ônibus. Eu morgava direto e só acordava no Rio. Na segunda era folga, mas o carro já ia sozinho pro Flamengo e eu sempre aparecia por lá pra curtir a sobremesa, ou seja, um bate-bola e um coleta de leve. Nessa época eu literalmente comia e dormia pólo aquático!

Pólo Ceará - Quem eram as melhores contra quem (ou com quem) você jogou e quais são as melhores atuais?

Letícia - Não gosto muito de responder a esse tipo de pergunta porque isso depende do que você já viu de cada um. Depende também de como você vê o pólo aquático. Eu sou do tipo jogar-em-conjunto e detesto fomeagem. Portanto se tiver que escolher as melhores, não serão necessariamente as artilheiras, apesar de algumas delas serem também as melhores. Pra isso é só ver as estatísticas dos jogos : menos de 40% de rendimento nos tentos, pra mim é fominha. Não joga bem.

Em termos de Brasil, no meu tempo tinha a Cristiana Pinciroli, Alexandra Araújo, Júlia Albuquerque porque eram completas. E como goleira, a Kátia Alencar. Em termos internacionais era a Maureen Mendonza (USA), Irene Raphael (HUN) e uma holandesa que não me lembro o nome. Essas teriam vaga na seleção junior do Brasil!

Hoje em dia, posso citar a Marina Canetti que está em grande forma, com um jogo do tipo da Camila Pedrosa e da Ale Araújo. Só que ela é mais nova do que as duas e pode desenvolver ainda muito. Sobre as outras, não posso falar muito porque não vi jogar, não entrei no mano à mano dentro d’água pra poder dizer. E sobre as estrangeiras, temos a Tania de Mario (ITA) e a Brenda Villa (USA) que conheço só de sequências no vídeo. Infelizmente não pude assistir ao mundial do Canada em 2005 porque estava no Brasil resolvendo assuntos particulares. Ann Dow e Cora Campbell (Canadá) também são grandes nomes.


Enfim, essa estória de dream team é muito relativa. Tem muito de propaganda & marketing, principalmente na Itália, porque as cabeças estão constantemente à prêmio. O melhor mesmo é se identificar com um craque e se espelhar nele, tentar reproduzir dentro e fora do horário de treino o que ele faz. E ser feliz…


Pólo Ceará - O jornalista Eduardo Vieira disse aqui ver mais esperança no Pólo Aquático feminino brasileiro do que no masculino. Você vê da mesma forma?

Letícia - Essa questão é muito simples. O pólo aquático feminino é de mais fácil ascensão que o masculino. É uma questão de números. Mesmo com a popularidade na Europa, ele continua sendo menor do que o masculino.

Nessas ligas européias de "A a Z", tem muito jogo duro-de-se-ver, como alguns jogos juvenis femininos que assisti no Brasil. Mas essa também é a chave do sucesso da categoria por lá. Tem muita gente jogando. E daí se tiram Tanias de Mario e Villas para as grandes seleções. E se elas se machucarem, existirão outras na fila que serão capazes de substituí-las de igual pra igual. Mas isso é um parênteses à parte. O importante é entender que quanto menos concorrência, maiores são as chances de sucesso. Por isso afirmo que o feminino brasileiro TEM mais esperanças do que o masculino.


A outra questão é a cronológica. O masculino está com pelo menos 100 anos de atraso em relação aos países tradicionais. O feminino internacional começou mesmo nos anos 70. Dá pra descontar o tempo perdido com mais facilidade.

E a última, é a facilidade de treinamento e evolução. Uma equipe feminina que queira pegar volume de jogo, é só se inscrever em torneios masculinos. Tomar na lata até atingir um poder de esquiva, de disciplina e inteligência táticas suficientes pra encarar qualquer potência mais forte fisicamente. O adulto masculino não. Tem que viajar, ou trazer equipes para o Brasil, sendo esta última solução infinitamente mais avantajosa e infelizmente muito pouco utilizada.



Pólo Ceará - Como você avalia as possibilidades do Pólo Aquático no Pan 2007?

Letícia - Estou um pouco pessimista. No feminino, pra fazer frente com o Canadá e USA teria que trazer as estrangeiras Ale Araújo (ITA), Cassie (USA) e Luiza (AUS). A Cassie vem porque quer. Porque é Flamenguista, porque ama o Brasil, quer falar melhor português e é titular da terceira equipe dos USA, o que em si já é muita coisa. Mas não dá pra ir pro PAN e por via das dúvidas é melhor jogar pelo Brasil. Não foi nenhum esforço fenomenal da CBDA, mas sim um lero bem dado do Canetti.

Além dessas, voltando a Camila e contando com as brazucas, dá pra fazer um bom time. Mas sem treino ninguém vai a lugar nenhum. Pra se ter uma idéia, aqui no Canadá, o técnico formou seis equipes com as 50 atletas do programa nacional e elas jogam entre si toda a semana, com exceção das poucas gatas pingadas do oeste do Canadá.


Vai ter também 4 torneios organizados oficialmente durante a temporada 2005-2006, desta vez com as meninas do oeste, e as equipes serão estas mesmas, sem nenhum vínvulo com clubes. Fora isso, é cada uma por si. Os clubes de primeira divisão feminina são somente dois este ano e nem Liga Feminina está tendo. Tem uma menina da programa nacional que joga no meu time (senior B misto) nas quartas-feiras e treina por conta própria no resto da semana, quando não tem concentração de seleção. Ela também joga por uma equipe na França alguns meses por ano. Isso é só pra dar uma idéia de como manter a competitividade mesmo em condições adversas. Pra quem não sabe, o Canadá foi bronze mundial em 2005, atrás da Hungria e dos USA.


Enfim, não é com uma salada de nomes que o Brasil vai chegar em algum lugar. E por enquanto ainda não vi uma mudança nesta mentalidade por parte da CBDA. Por outro lado, confio no taco do Chiappini, mas ele também não está lá pra organizar e sim pra dar treino. É esperar pra ver. E eu vou estar lá com a bandeira na mão, de 8a jogadora.

Quanto ao masculino, prefiro não me adiantar porque não estou sabendo de detalhes. A impressão que tenho é que tem "Romários" nas paradas e isso está causando muita fofoca. A mensagem que tiro disso é que tem gente que não consegue se recolher na sua insignificância em termos mundiais. E isso não gera progresso.

Pólo Ceará - Seus artigos no www.poloaquatico.com.br se caracterizam por serem muito críticos. Você vê possibilidades concretas de crescimento pro Pólo Aquático brasileiro? Como?

Letícia - Do jeito que está, vai crescer sim, mas a passo de tartaruga, o que obviamente não é o suficiente. Mas antes quero falar sobre crítica.

Eu sempre fui muito contestadora. Institui, com outras duas amigas, o surf feminino no Brasil e depois o pólo. Sempre achei que dá pra ser mulher e fazer tudo o que a gente quer, ao mesmo tempo. Sem competição contra os homens, mas com a cumplicidade deles. E felizmente encontrei isso aqui no Canada, país que escolhi pra fundar a minha família. Mas existiu um período em que tive de me calar, porque acabaria sendo cortada da seleção. Pra quem não sabe, seleção é uma selva. A toda hora você pode ser apunhalada pelas costas. Então você tem que ficar na sua, considerar o técnico bossal e soberano e fazer tudo o que ele quer, pra garantir a sua vaga. Só depois que sair desse mundo é que você pode voltar a abrir o bico. E foi o que eu fiz, depois de quase 10 anos acompanhando só de espectadora do pólo brasileiro.

Mas agora vamos à pergunta. Claro que vejo possibilidades concretas para que o pólo cresça no Brasil. Já arranquei os meus cabelos escrevendo colunas e mais colunas sobre as estratégias para que isso aconteça.

O Brasil é um país imenso e é imbecil acreditar que o pólo possa ser um dia tão desseminado quanto o futebol. Mas ele pode ser popular se contar com um apoio organizado da mídia. Veja o que o Eduardo Vieira tem feito pelo feminino contando só com o site e o Jornal dos Sports. As meninas estão na boca do povo, porque é o povo que lê o JS!


Já para massificar o esporte, ele tem que existir em qualquer piscina, com qualquer tipo de jogador. Tem que se ter uma mentalidade de promoção da saúde física e mental através dele. E se tiver alguém que leve muito jeito, aí sim se procura uma elite. O que vocês estão fazendo no Nordeste me parece ser o caminho quase certo. Não sei de todos os detalhes, mas me parece que o pólo está mesmo ficando popular. A minha preocupação porém está em não integrar imediatamente as meninas. A hora não poderia ser mais propícia com a maioria dos jogadores em nível de estreante ou segunda divisão.


Integrando as meninas, ou seja, obrigando as equipes a terem pelo menos 1 jogadora na água (para equiparar o nível dentro d’água), o feminino correria o risco de se desenvolver. Num primeiro momento agregado ao masculino, e mais tarde como categoria independente. Isso sem falar que naquele sábado que quase não teve treino, vocês poderiam ter contado com a participação das colegas estreantes, marcando-se mutuamente de um lado e do outro da piscina. Foi-se o tempo que o pólo aquático era um negócio só de homens. Como no surf, o sol brilha pra todos!


Mas para manter o interesse, tem que ter competição. Com rodadas organizadas no mínimo duas vezes por mês. Mesmo com 3 times incompletos, tem que ter Liga, ainda que com regras adaptadas. Isso mantém o interesse, mesmo que seja pra aparecer só pro jogo, ou até mesmo por causa do chopp após jogo. Assim, gradualmente, os jogadores vão vendo a necessidade de se treinar mais. Pras categorias de base, a meninada que só estuda, deve ser o contrário: só joga se tiver treinando. Assim, inculca-se o valor do treinamento nos mais jovens e adapta-se a situação pra quem tem trabalho e família. Acima de 14 anos, é todo mundo misturado no mesmo time pra começar!


No âmbito da CBDA, eu já comentei no site poloaquatico.com que uma Liga Nacional, no sentido literal da palavra, é imprescindível (coluna : Tentando juntar as pontas). Eu fiz o projeto, com custos de transporte das equipes incluídos e provei que é viável, sem aumentar a verba disponível neste momento para o pólo na CBDA. Mas acham que sou lunática. Cá pra nós, eu sei do que estou falando, já organizei campeonato e viagem pra muitos grupos. Acho mesmo que é medo de mudar. Um ranço nefasto que hipoteca a única possibilidade de crescimento real e proporcional do pólo aquático no Brasil.


Pólo Ceará - Hoje você tem que se dedicar muito mais à família, mesmo assim continua treinando no masters e isso parece ser muito importante pro seu equilíbrio pessoal. Qual é a importância do Pólo Aquático na sua vida?

Letícia - Não só o pólo, mas a atividade física em geral é muito importante para mim. Procuro inculcar esses valores nos meus filhos. Assim, fora quarta feira, que é o dia do meu treino, nós fazemos atividades físicas juntos todos os dias. Na segunda é dia de levá-los à ginástica acrobática (e eu fico infelizmente só olhando), terça é dia de patins no gelo, quinta é de esqui, bicicleta, patins ou skate e sexta é bagunça na piscina, quando eu brinco de pólo com eles. Ainda tem aula de natação e futebol na escola.


Pra terminar, vou seguir os ensinamentos do mestre Ricardo Perrone e estou prevendo aumentar, a partir da semana que vem, a minha carga de atividades, com treino por conta própria, na terça e quinta durante o dia. Há mais de um ano venho sofrendo de insônia e falta de força física. Arrumei então um tempinho livre no final da manhã nesses dois dias. E, ao contrário do que muitos pensam, só tenho faxineira uma vez por semana e sou eu quem cuida da casa, supermercado, pagamento de contas e todas aquelas tarefas típicas de Amélia. Ah! Além de trabalhar 3x por semana como professora de educação física e inglês.

Acho que deu pra entender como mexer é importante para mim! O segredo é guardar quase todos os sábados, domingos e feriados pro cara-metade (pra plagear em versão livre a Torah e a Bíblia). A estabilidade eu encontro organizando a minha semana como uma verdadeira secretária executiva. Assim, dá tempo pra tudo e pra todos.

Mais do que uma atividade, o esporte pra mim é um modo de vida. No pólo aquático, em particular, eu me realizo. Gosto de estar na piscina, mas sempre detestei contar ladrilho. Gosto do jogo sapeca que é o pólo. Me realizo principalmente quando um gol é fruto de uma jogada feita com uma companheira. Ou quando uma tática de defesa funciona e dá contra-ataque. Gosto das pessoas do meio, em particular aquelas que o fazem com prazer. Enfim, é o meu paraíso sobre a terra.

As fotos do arquivo particular mostram Letícia se divertindo com os filhos, jogado Pólo Aquático e numa direita de Bells Beach.

sexta-feira, março 17, 2006

Formou!

Está fechada a participação dos seguintes times na primeira etapa do Circuito Nordestino de Pólo Aquático 2006 (as duas etapas seguintes serão na Bahia e em Pernambuco).

Feminino

- Natal (2 times)
- Maceió (1 time)
- João Pessoa (1 time)
- Recife (1 time)
Temos em Fortaleza algumas meninas, mas ainda não um time fechado. Se quiserem vir outras meninas pra fechar um time, será legal.

Masculino

- Recife - 2 times

- Natal - 2 times

- Fortaleza - 2 times

- Maceió - 1 time

- João Pessoa - 2 times

O Diego de Salvador está vindo, de passagem comprada. Tem uma galera de Aracaju que talvez venha, amigos do Rio querendo aproveitar a passagem de R$ 100,00 (ida e volta) da Gol ou os falados descontos de 85% da Varig e da TAM.

Fica aberto um décimo time pra essa galera.

Essa semana será dedicada a tentar fechar o hotel. Repito que a verba liberada pela Secretaria do Esporte e da Juventude do Governo do Ceará será prioritariamente aplicada na acomodação dos atletas. Tirando isso e o pagamento dos árbitros, o resto vai na raça.

Agradeço ao Thiago de Natal pela ajuda sem preço que tem dado na sugestão de tabela. Estou com alguns nomes de árbitros passados por ele e pelo Alessandro de João Pessoa.

Gostaria que todos os amigos representantes do nordeste ficassem atentos aos seus emails pra fecharmos esses detalhes de tabela, arbitragem e tudo mais.

quinta-feira, março 16, 2006

Pras meninas

Videozinho astral de umas meninas reforçando ainda mais o que a gente já sabe: seja em que nível for, em que categoria, de que jeito, Pólo Aquático é muito divertido.

Espere carregar pra assistir. Duvido que um sorriso não fuja do seu rosto.

Na foto nossa próxima entrevistada, Letícia Furtado, durante o campeonato provincial de Quebec 2004.

Assista todos os jogos


Dia 22 o todo-poderoso Savona, de craques como Sapic (na foto batendo o pênalti), joga contra o Honved. Mesmo sem TV a cabo, você pode assistir o jogo. A dica está no artigo de Ricardo Perrone para o www.poloaquatico.com.br, intitulado "Pólo Aquático e Tecnologia da Informação".

A gente destacou um trecho pra todo mundo ficar ligado:

(...)
"No que se refere aos jogos no exterior, aos poucos vão se abrindo novos caminhos para conseguirmos acompanhá-los. Agora, além das eventuais transmissões de jogos da liga espanhola pela TVE, canal 30 da NET, é também possível acompanhar jogos dos campeonatos italianos pela Internet. Só é preciso ter acesso rápido (mínimo de 800 kbps) por banda larga e um software de midia (Windows Midia Player ou Real Midia Player) para poder ver os jogos.

O site é http://es.wwitv.com/ . Depois de entrar nele, basta selecionar “Itália”, procurar “RAI Sports” e clicar no número que aparece na frente (“800k”). Para descobrir quando vai passar algum jogo, o melhor é ver em na tela da RAI Sports, que aparece também quando você clica em “800k”, ou no site http://www.waterpolonline.com/, onde avisam quais são os jogos com previsão de serem transmitidos." (...)

Confira o artigo inteiro. Como sempre, vale muito a pena.

quarta-feira, março 15, 2006

O grupo que está trazendo de volta o Pólo Aquático a Fortaleza se reuniu mais ou menos em setembro. Esse vídeo foi de uma reportagem feita pela TV Jangadeiro (SBT) com a gente logo no primeiro mês.

Não me pergunte de onde o repórter tirou que os jogos demoram até duas horas.

Na foto Geraldo Yang treinando chute com Renatinho na defesa.

Próxima entrevista

Em Fortaleza ainda não conseguimos montar um time feminino.

Sei que não é fácil, não há um treinador específico, o esporte é duro, faltam mais meninas se integrarem. Tudo isso é verdade. Se todas as meninas que já foram desde de dezembro ainda estivessem por lá, com certeza teríamos mais de um time.

A próxima entrevista é com uma das pioneiras do Pólo Aquático feminino no Brasil. Batalhadora, Letícia Furtado conseguiu junto com outras meninas começar a modalidade no país, foi jogar no exterior e, mesmo ainda estando longe, é uma das figuras mais críticas do nosso esporte.

No domingo a entrevista estará no ar. Vale não somente para as meninas, como para todo mundo que acredita que os desafios existem apenas para serem transpostos, tornando o caminho sempre mais divertido.

Na foto Letícia com o excepcional goleiro espanhol Jésus Rollán.

terça-feira, março 14, 2006

Mais um gol

Conforme prometido ontem, segue o vídeo do segundo gol feito pelo Kiko na partida contra o Savona.

O marcador do centro não aguentou a pressão do cubano Ivan Perez, foi expulso e o brasileiro acertou um chutaço no canto esquerdo do goleiro durante o homem a mais.

Na foto da seleção espanhola no Mundial de Desportos Aquáticos de 2005 em Montreal estão Ivan Perez, em pé na extrema direita, Felipe, abaixado à esquerda e Kiko, terceiro da esquerda para direita, também agachado. Mais uma vez obrigado ao Beto Seabra pela gentileza de ter enviado os dois vídeos.

Apaixonado e abusado

Jefferson é ex-nadador. Foi uma das principais revelações ano passado, mostrando uma disposição enorme que o fez ter um desenvolvimento muito rápido. No final do ano se contundiu e teve que ficar mais de um mês parado. Agora começa a recuperar o seu ritmo.

Para apressar a recuperação, trouxe para treinar a irmã Raquel e a namorada Vírginia (na foto). Pelo menos ele não vai ser dos que vão ouvir quando chegar em casa por ter saído mais tarde do treino.

Ao mandar a foto do amor "polo-aquatiqueiro", Jefferson fez questão também de mostrar que é abusado. Enviou uma foto desafiando o "multi-atleta" Renato Satoshi. O momento acima foi depois do treino quando o Renatinho quetionou quem ainda aguentava um tiro de borboleta de 50 baixando 35s.

Jefferson fez 32 baixo, Rony 32 alto e o Renato 33. Tudo bem que não sejam grandes tempos para nadadores, mas pra galera valeu. Agora, já recuperado, Jefferson quer saber se no próximo tiro pós-treino Renatinho vai fazer uma aposta de verdade, valendo algo mais caro, ou se vai continuar só no falatório.


Kiko AR15 Perrone

O Barcelona jogava contra o poderosíssimo Savona. A bola estava com Sapic. Estava.

Kiko roubou e disparou. Dizer que ele deu um tiro é pouco. O cara sumiu. Taí o vídeo pra provar o que está sendo dito (tomei a liberdade de colocar no You Tube para facilitar a visualização).

Considerando que a piscina tenha 30 metros, Kiko nadou cerca de 25 em 13 segundos, cabeça alta e com bola. Pra chutar menos de um segundo.

Obrigado ao Beto Seabra por ter mandado os vídeos. Amanhã tem outro do mesmo jogo.

Na foto Kiko é o 4, atrás de seu irmão Felipe, quando ambos jogaram no Mundial pela seleção espanhola.

segunda-feira, março 13, 2006

Disso a galera entende...

Treino de sábado acabado, a galera cai sem culpa na cervejinha. Na foto, da esquerda pra direita, o diretor Carlos Mapurunga, um rapaz que não conheço, o também diretor Alexandre, Tácio, Walber (esses dois só começaram no Pólo Aquático no quesito cervejinha, vamos ver se eles aparecem mesmo no primeiro treininho hoje) e nosso goleiro Silvio.
Já noite, depois de terem chegado no clube às 11h30, Carlinhos e Alexandre mostram mais uma vez porque são da "elite" e não demonstram o menor cansaço. Com eles estão os novatos Tacio e Walber e a nossa amiga-garçonete-cantora Alcione, já deixando de trabalhar pra se divertir com o bom humor da rapaziada.

Brasil!


Pra quem ainda não viu, segue matéria sobre as vitórias brasileiras no Sul-Americano. Obrigado ao Renatinho pela dica. Falando em agradecimentos, amanhã vou postar um gol do Kiko num tiro absurdo de um lado a outro da piscina contra o Savona, após roubar a bola de ninguém menos do que Sapic. Obrigado ao capitão e artilheiro da seleção Beto Seabra por ter mandado o vídeo.



Na foto mais alto Marina Zablith. Ambas as fotos são de Sátiro Sodré e estão no site da CBDA.

Muita bola, pouco jogador

Tem dia que desanima.

Nesse sábado mais uma vez treino marcado às 12h, mais uma vez solzão brilhando. O cenário na hora combinada do treino me lembrou muito as entrevistas do Ricardo Perrone e do Cabral aqui no blog.

Perrone contou que treinava sozinho amarrado numa piscina de 5 metros e Cabral lamentou que muitas vezes a CBDA mandava material para algumas cidades e assim que o material acabava, ia junto pro beleléu o Pólo Aquático.

No sábado, às 12h, tínhamos mais bolas do que atletas na água. Mais de 10 bolas, menos de 2 times pra alinhar. Patético.

Começamos comprando as nossas próprias bolas, quem podia comprar, é claro. Ano passado ganhamos 3 bolas da loja BD Sports. Como não há espaço seguro pra guardar no clube, cada um leva uma pra casa, adota a bola. Alguns somem e as bolas vão junto.

Sexta resgatei na Federação local 3 bolas enviadas pela CBDA há meses que estavam paradas (ainda há outras pro próximo resgate). Nosso faixa-preta do De La Riva e kitesurfista PC havia também comprado uma nova.

Foi triste ver que tínhamos sol, piscina, campo montado (pela primeira vez com 30 metros!) e faltavam jogadores. Isso sabendo que há dias na semana com 30 pessoas na água.

Muito depois de 12h foi chegando mais gente. Uns poucos do trabalho, outros de bobeira mesmo. Depois dos intermináveis "alongamentos" batendo papo fora da água, o coleta acabou rolando e foi bem proveitoso.

Galera, vamos dar uma instigada nessa noção de time, de conjunto, de começar o treino todo mundo junto pra energia rolar forte do começo. Vamos nos divertir!

sábado, março 11, 2006

Morre Jesus Rollán

O goleiro Jesus Rollán, que junto com Estiarte comandava a seleção espanhola que levou títulos mundiais, olímpico e diversos outros e, não sem razão, era chamada de "dream team do water-polo", apareceu morto aos 37 anos no balenário catalão La Garriga, onde havia ido descansar. A polícia está investigando a morte do ex-atleta.
Jesus já havia sido citado aqui no blog em entrevista cedida pelo goleiro da seleção brasileira Pará como o melhor goleiro que ele já viu atuar. Para quem não conhece o Pará, basta ler na entrevista que ele tem mais de 20 anos de seleção brasileira, ou seja, conhece tudo da posição.

Mais informações sobre Jesus Rollán aqui.

E mais uma vez obrigado a Ricardo Perrone pela preocupação em divulgar os fatos relevantes do Pólo Aquático.

sexta-feira, março 10, 2006

1907

Time do HSBC no começo do século passado.

Com tanto orgulho do passado a ponto de colocar a foto no site, o banco deve estar aberto a negociações de patrocínio no presente.

A hora é essa!

Um informativo sobre o campeonato do feriado de 21 de abril:

ontem tive um contato com a Secretaria do Esporte e da Juventude do Governo do Ceará. Eles me asseguraram liberação da verba até o final de março. Optamos por priorizar acima de tudo o pagamento das hospedagens dos times que vierem. Qualquer outro ponto tornou-se secundário.

Quem quiser vir a Fortaleza, não há momento melhor. Hoje, sexta, a partir de 22h, cole no www.voegol.com.br para garantir a sua passagem aérea ida e volta por R$ 100,00. Muita gente por aqui já conseguiu. O Marlus é um deles. Estará no Rio na semana santa paragando R$ 50,00 em cada trecho.

Isso é legal também pra galera que queira vir e ainda não mobilizou um time inteiro. O Diego, de Salvador, já está vindo. A galera de Sergipe, por exemplo, pode reforçar a equipe. Como os objetivos maiores são a diversão e integração, venha também para montarmos um time na hora.

Até o momento estão confirmados:

- Pernambuco - dois times masculinos e um feminino
- Paraíba - um time masculino
- Rio Grande do Norte - um time masculino (um masculino e um feminino a mais quase certos)
- Alagoas - um time masculino e um feminino
- Ceará - dois times masculinos (se der certo, também o feminino)

A foto é da praia de Jericoacoara. Faz parte de um acervo de fotos bem legal sobre o Ceará. Confira aqui o excelente trabalho do fotógrafo Alexandre Lonngren.

quinta-feira, março 09, 2006

Ninguém segura o Felipe

Felipe Perrone marcou nove gols na vitória do Barceloneta por por 18 a 11 contra o Mataró Quadis. O time do brasileiro foi arrasador nos dois últimos quartos, quando Felipe marcou nada menos do que seis gols.

O Barceloneta está com cinco pontos à frente do Barcelona, de Kiko Perrone, que joga hoje contra o Sabadell.

quarta-feira, março 08, 2006

Popularização

Popularizar o Pólo Aquático não é tarefa das mais fáceis.

Começa pelo fato de os clubes serem de acesso quase exclusivo das elites. Passa por diversos outros fatores. Como já bem disse Solon dos Santos, o assunto rende uma conversa longa.

Olhando sites croatas como esse, fica mais fácil acreditar que é possível aproximar a população do Pólo Aquático. Um dia a gente chega lá.