quinta-feira, abril 26, 2007

Tribuna aberta

Desde o começo nosso blog foi aberto a todo tipo de informação. Por diversas razões, não é sempre que as contribuições chegam. Por isso, tentando ser um embrião do que há tempos sugere o nosso amigo Emir, do Blog do Tijuca, vamos abrir de vez pra que as pessoas falem o que quiserem sobre Polo aquático aqui dentro. Qualquer pessoa de alguma forma envolvida com Polo Aquático pode mandar seu artigo, seja de onde for. A única regra é não ter nenhum tipo de ofensa pessoal. Vamos ver se das informações pode sair algo como um Water Polo Development com algum desdobramento concreto. Quem sabe?

O Michel Vieira foi - e agora, voltando aos treinos, será de novo - um cracaço. Muita gente, na tentativa de desmerecê-lo, o qualifica como um louco, ou diz que ele fala demais. Talvez seja verdade, ou talvez seja a velha mania de rotular os dissidentes ao marasmo do pensamento comum. O que sei é que, se é louco (ou fala demais), é o tipo de louco que, quando está trabalhando, eu pergunto alguma dúvida de regra que tive, e o cara, mesmo ocupado, aparece em segundos com a versão em inglês da regra, avalia todos os cenários, se envolve. É o tipo de louco que faz diferença. É dele o primeiro artigo. As colocações são polêmicas? Então comente, diga o que você acha. Você concorda ou discorda?

E depois não esqueça: mande seu artigo, fale sobre a realidade do Polo Aquático onde você mora, elogie, critique, dê sugestões. Com vocês Michel Vieira:

Fala Hélcio,

Obrigado pelo espaço. Eu vou tentar ser o mais breve possível. Eu enxergo a relação do pólo aquático com a Confederação da seguinte maneira:

O pólo aquático é um paciente em coma, respirando por aparelhos num hospital chamado CBDA. Os médicos responsáveis por esse doente são absurdamente incompetentes tanto no diagnóstico da doença como no tratamento dela. Além disso, são preguiçosos. A cura não é fácil, então para curar esse doente, é preciso trabalhar duro, pensar, desenvolver tratamentos mais eficientes e ao mesmo tempo mais baratos, pesquisar remédios mais em conta, etc. Mas a incompetência, falta de conhecimento do assunto e vontade de fazer o seu trabalho é uma doença ainda pior do que a do paciente. A essa receita de desastre some-se a arrogância desses doutores que vem cuidando desse paciente pelos últimos 15 anos ou mais e quando perguntados sobre o porquê desse paciente nunca ter apresentado o mínimo sinal de melhora, se defendem usando sempre a desculpa de que já fazem o melhor possível, dentro das condições que lhe são dadas.

Vou convidar o leitor a analisar comigo o diagnóstico desses médicos:

Para esses doutores, quando o paciente perde de 10 gols de diferença de um país da Europa, não há nada demais. O paciente está estabilizado. Mas se esse mesmo paciente perder de 1 gol a partida final do Sul-americano de esportes aquáticos, as luzes vermelhas todas se acendem, os alarmes de emergência todos tocam e os médicos entram em pânico. Sem nenhum prévio treinamento na área médica, vejo que esses doutores estão dando pesos trocados para os sintomas descritos. Esse é só um exemplo de diagnóstico errado. Vai faltar espaço no arquivo se eu começar a enumerar outros: por exemplo, já foi dito por um desses doutores que a culpa é do paciente; ele é que não se esforça para melhorar. Essa semana mesmo foi dito mais uma vez, que a culpa é do paciente; ele que se casa muito cedo. Já foi dito que o Brasil é muito grande, e outras desculpas mais.

Vamos analisar o tratamento proposto:

Existe uma pílula chamada “Jogos Contra Equipes de Alto Nível” Os doutores vinham achando que gastar US$ 50.000 por 6 dessas pílulas (US$ 8.333,00/ pílula) era um bom tratamento para o paciente. O problema é que essa terapia vem sendo usada desde que o paciente nasceu e não apresentou resultado nenhum. O bom senso de não incorrer no mesmo erro mais de uma vez condena esse custoso tratamento. Eu acredito que existam maneiras mais em conta de se adquirir esse medicamento. Minha sugestão de tratamento: Convida-se uma equipe de alto nível para passar 2 semanas no Brasil treinando 2 vezes por dia. Pelas minhas contas, serão pelo menos 15 pílulas. Vamos às contas então:17 pessoas a uma diária de US$ 50 ao dia por pessoa custarão mais ou menos US$ 10.000 ao final de 12 dias. Uma média de US$ 667,00 por pílula. Os valores acima não foram inventados. Foi quanto custou trazer uma equipe Máster da Romênia para São Paulo 60 dias atrás. Detalhe: com a delegação romena hospedada em hotel! Então não falta dinheiro; o que falta é um mínimo de inteligência, criatividade, trabalho duro e principalmente, vontade de fazer as coisas melhorarem.

Agora vou me dar ao luxo de antecipar as críticas dos imbecis de plantão:

“O Michel coloca as coisas como se fossem muito fáceis porque ele não está lá na Confederação.”

Vou então copiar um trecho do começo do artigo lá em cima e colar aqui embaixo:

“A cura não é fácil, então para curar esse doente, é preciso trabalhar duro, pensar, desenvolver tratamentos mais eficientes e ao mesmo tempo mais baratos, pesquisar remédios mais em conta, etc.”

Outra: “O Michel fala como se fosse o dono da verdade!” Não, eu não sou dono da verdade. Só estou fazendo a minha parte em tentar melhorar o pólo aquático brasileiro colocando minhas idéias em debate. Você tem interesse em que o pólo melhore? Estou disposto a trocar opiniões e sugestões com você. O que não funciona é ficar apontando erros o tempo todo, e não apresentar sugestões. Você se torna parte do problema quando faz isso. Por exemplo, não me disponho a debater tratamento ou diagnóstico com nenhum dos médicos desse hospital chamado CBDA porque já ficou mais do que claro que eles não têm interesse em que esse paciente receba alta. E ao mesmo tempo se qualquer outro doutor for dar uma olhada nesse paciente, é tão fácil que ele melhore que a incompetência e falta de interesse dos doutores ficará muito flagrante.

Hélcio, existem ainda outros assuntos que gostaria de abordar, mas infelizmente o tempo e o espaço não me permitem. As pessoas podem ter a impressão errônea de que é tudo culpa da nossa confederação, o que não é verdade. O tiro de misericórdia foi dado por nós mesmos quando alguns clubes partiram para a política de desmontar outros clubes ao invés de investir na própria escolinha. Vide o que foi feito com o Guanabara. Eu havia alertado para isso no meu primeiro artigo alguns anos atrás, e o resultado não tardou a aparecer. Mas infelizmente o efeito foi catalisado quando ao mesmo tempo, o Canadá se cansou de apanhar do Brasil e começou um trabalho sério. O resultado foi visto em cadeia nacional há uns 3 meses atrás.

Gostaria de terminar esse artigo lançando uma última opinião. Eu já defendi algumas vezes a teoria de que o pólo não deveria estar viajando todos os fins de semana de avião. E que na medida do possível, atletas deveriam abrigar outros em casa durante os fins de semana para economizar em hotel. Por um simples motivo: O pólo aquático é um esporte pobre! Não me interessa se falta verba ou se ela é mal empregada, meu ponto é que se essa verba pudesse ser usada trazendo técnicos estrangeiros para dar seminários, equipes estrangeiras para treinar; acho que o esforço feito e a falta de conforto momentânea terão valido a pena. De novo algum imbecil de plantão:

“Mas a Gol vende passagem por R$ 79,00 e a CBDA tem convênio com hotéis!”

Companheiros, primeiro; não se esqueçam de que a Confederação é uma entidade pública que lida com grande quantidade de dinheiro público. Se alguém conhece alguma instituição pública que não seria reprovada nos primeiros 15 minutos de uma auditoria idônea, por favor me apontem. Eu mesmo gostaria de conhecê-la. Segundo: eu mesmo viajei pela seleção antes do pré-mundial no Rio e garanto que não é esse o valor que a CBDA paga por uma ponte aérea. Fora outros absurdos que vêm acontecendo nas últimas viagens que não vou citar aqui, por não os ter presenciado. Só gostaria de deixar os dirigentes da confederação sabendo que os atletas notam quando existem pessoas sem função misturadas a uma delegação, principalmente se são numerosas. Notam também quando essas pessoas são parentas de dirigentes ou funcionários da Confederação. Notam também quando essas pessoas participam com muita freqüência de atividades fora do hotel no qual a delegação está hospedada; jantares, por exemplo. E que vêem facilmente que nesses eventos é sempre feito questão de se pegar todas as notinhas, as quais eu não acredito que vão ser apresentadas pra esposa em casa, quando regressarem ao Brasil. Não estou afirmando que isso aconteceu agora em Sidney ou em Montreal ou na última liga mundial. Afirmo e assino embaixo duas coisas: eu já presenciei esses incidentes em viagens nas quais tenha participado e que esses comentários não são isolados; todos os atletas comentam isso, sem exceção.


Obrigado mais uma vez pelo espaço companheiro, e boa sorte aí no Ceará.

Michel Vieira.

PS - Na foto tirada em recente evento na Paraíba organizado por Leo Vergara, que contou a presença de vários jogadores de São Paulo, Michel está com o árbitro Mac e com os irmãos gêmeos Marco e Franco, seus grandes amigos da época de Guanabara.



quarta-feira, abril 25, 2007

Entrevista

Muita gente já disse que o Brasil é composto por diversos países dentro de um só. No Polo Aquático não poderia ser diferente. Assim como os jogadores de alto nível precisam de mais intercâmbio e soluções que viabilizem sua dedicação integral, fora do Rio-SP precisamos de base.

Essa semana o presidente da CBDA Coaracy Nunes disse numa entrevista que a entidade apóia a modalidade e que realiza eventos fora do Rio-SP, como sul/centro-oeste e norte/nordeste. Talvez ele não saiba que os eventos citados são fantasmas porque as federações não se aproximam de quem joga, e que, ao mesmo tempo, existe um Circuito 100% independente com maior adesão, tanto em quantidade, quanto em amplitude geográfica, do que qualquer evento oficial.

Por que isso acontece?

Foi a bola que tentei levantar na entrevista que dei ao Blog do Fluminense. Muito obrigado ao Carlinhos e ao Blog do Fluminense pela oportunidade e pela excelente idéia de começar uma série de entrevistas com representantes de diversos estados, o que ajudará a formar um raio-X do Polo Aquático brasileiro.

segunda-feira, abril 23, 2007

Copa da Itália

Informações sobre o evento tem de sobra no Blog do Tijuca. Vou apenas reproduzir pra quem não viu os vídeos postados pelo El Cuervo da final entre Pro-Recco e Posilipo.

Calcaterra marca de reverse no tiro livre dos 5 metros.



Tamas Kasas mostra porque está em todas as listas dos melhores do mundo e faz o muito difícil parecer fácil.



Tempesti pegou três dos cinco pênaltis contra seu time. Um deles com as duas mãos e outro com o pé.



Resumo do jogo.

domingo, abril 22, 2007

Estiarte aos 15 anos

A foto acima foi tirada em 1976 quando Estiarte tinha 15 anos e pela primeira vez foi convocado para a seleção de juniores. No ano seguinte ele já estava arrebentado no time adulto.O sensacional WaterPoloIdeas publicou a foto tirada do livro Historia del Waterpolo Espanol. A última edição vai até 1994, ou seja, em breve terá que ser atualizado muito mais história pra contar.

A imagem de baixo é do italiano Gianni Lanzi, muito bonita, expressiva, do tipo que vale virar um avatar ou uma camiseta. Fica aí de sugestão.

sábado, abril 21, 2007

Retrato do esporte brasileiro?


Em uma semana recebi a carta abaixo de pelo menos 10 pessoas com forte vínculo com o esporte. Cada uma enviando por email para mais 20 pessoas. Eu não sei se o professor Homero Blota que assina existe mesmo, até acho que o email foi uma estratégia bem montada pra divulgar um blog contido no texto, todo baseado em notícias publicadas pela imprensa. Também não sei se todas as acusações são procedentes. Sei que estão rodando o Brasil e a essa hora já chegaram ao Nuzman. O interessante é ver como as acusações mexem com a comunidade desportiva. A favor ou contra, manifeste-se.

Quem tiver interesse de ver a carta que anda circulando por aí, por favor entre em contato pelo helcio@fundamentalconteudo.com .

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quinta-feira, abril 19, 2007

Alegria, alegria

Dois vídeos sensacionais que vi lá no Blog do Tijuca:

Jogaço no Mundial de Juniores de 1991 entre a Espanha de Dani Ballart e Cuba do infernal Ivan Perez.



Fantástica torcida do Partizan num jogo de Polo Aquático. Caramba, isso é muito legal.

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quarta-feira, abril 18, 2007

Polo Aquático Ceará



O Jefferson era nadador. Há quase dois anos veio pro Polo Aquático. Se destacou logo no começo, parou por uma contusão, depois voltou e retomou a forma, sempre com seu estilo determinado. Professor de educação física, há alguns meses assumiu a preparação da garotada sub 18 ou de quem mais viesse treinar pela primeira vez.

Pra alguém acostumado à realidade de escolinhas do Rio ou SP, isso não seria demais. Pra cá é uma revolução. Ele, o Rodrigo (Colégio Ari de Sá) e o Vilson (Colégio Militar) estão conseguindo manter uma molecada treinando. Graças a eles o Polo aquático ainda existe em Fortaleza.

De saco cheio estudando em casa, o Jefferson lembrou que eu disse que o Windows Movie Maker era fácil demais e se aventurou. Está aí o resultado. Um vídeo que mostra muito do que foi o Polo Aquático cearense em 2006. E ele tem razão. O Polo Aquático vai muito além da piscina. Na sua primeira edição conseguiu captar muito bem o espírito de toda essa união.

Só questiono ele praticamente ter vetado os mais velhos (eu só apareço numa das fotos iniciais na arquibancada com minha esposa e meu tênis no take final pô!), com exceção de uma cena pro Carlinhos, outra pro Eugenio e outra pro Abreu. Até nisso o Jefferson estava certo. Os velhos são a parte mais feia e chata do Polo Aquático cearense.

Parabéns pelo vídeo Jefferson. O El Cuervo você não vai ser, mas que sabe um carcará...

PS: Tomara que as meninas se emocionem e votem a treinar!

terça-feira, abril 17, 2007

Tudo pronto em Natal

Thiago Vinicius é o último em pé à direita. A pouca idade não o fez amarelar pro compromisso que é organizar um evento que terá 15 times (masculino e feminino) de diversos estados diferentes. Mais uma vez a chave de tudo será o voluntariado e aberto debate de todos os pontos que envolvem o evento, desde os critérios de marcação no centro, à piscina mais adequada. Conheça um pouco mais o Thiago e saiba como está a organização da primeira etapa do Circuito 2007.

Polo Ceará - Na primeira etapa do Circuito o time de Natal chegou de carro (600 km) direto pro jogo. O que me chamou atenção foi não apenas a juventude como o potencial do time, mas vocês me disseram que não treinavam nunca. Isso mudou?

Thiago - Hélcio, realmente saímos direto de Natal para Fortaleza, em dois carros 1.0 e chegamos direto pro nosso primeiro jogo. Foram 600 quilômetros e tivemos que sair de Natal bem atrasados (coisa normal). Aqui em Natal nossa grande dificuldade é continuar o trabalho que se inicia nas escolas (Mirim, Infantil e Adulto). Temos muitas equipes em escolas, mas depois que o pessoal vai pra faculdade, não tem mais lugar pra treinar e acabam parando! Felizmente ano passado conseguimos instituir uma “pelada” para fazer com que o pessoal que gostava do Pólo não parasse de vez!

Fomos pra Fortaleza com poucas pessoas (éramos 20 nas “peladas” e suamos para conseguir 10 caras pra viajar). Nós ainda não treinamos pra jogar sério e ganhar alguma coisa, a gente joga pra se divertir! Felizmente para algumas competições (acho que é o medo de não dar vexame) a gente junta um grupo e fazemos algum treinamento, mas falta maior integração do grupo! Mas temos que entender que todos somos estudantes! O mais velho vai ser formar esse ano, e o mais novo ainda faz 2º ano na escola, então fica difícil adequar horário de treino pra todo mundo, já que cada um estuda em um horário diferente!

Polo Ceará - Natal tem uma característica peculiar. Há muitos times nas escolas e depois eles se desintegram. Fale um pouco sobre o Polo Aquático de Natal e explique esse cenário para quem não conhece.

Thiago - Como eu disse acima, o pólo daqui começou naquela época de Malhação, nas escolas. Eu fui da primeira “leva”. A gente treina na escola, em piscina rasa e joga a grande competição do Estado uma vez ao ano, os Jogos Escolares, contra equipes das outras escolas. Porém, depois que a gente sai da escola, não tem mais onde treinar. A maioria do pessoal logo que sai continua treinando na própria escola, mas depois de um tempo a gente tem que fazer um estágio, trabalhar e estudar, o que deixa impossível os treinos durante as tardes.


Polo Ceará - Ano passado vocês queriam mudar, estimular o Polo Aquático nos clubes, e criaram uma Associação com esse fim. O que saiu daí?

Thiago - A associação foi para buscar mais apoio ao esporte! Ano passado ela tinha um nome mais forte frente aos atletas, mas este ano nos reunimos e tomamos a seguinte decisão: estamos (associação) todos estudando pra nos formar e trabalhando (estagiando), e não temos mais tanto tempo para cuidar de eventos e treinos. Além disso, se continuarmos separados, a federação para um lado, a associação para outro, e as escolas em outro, o pólo vai se enfraquecer aos poucos. Então este ano resolvemos tentar um união entre a Associação, Federação e Escolas, de forma a fortalecer o pólo e fazer com que ele se desenvolva!

Polo Ceará - Embora você seja um dos mentores do Circuito, Natal não esteve presente nem em Salvador nem em Recife. Por quê?

Thaigo - Os nossos grandes problemas são: Falta de grana (hehehe); Falta de apoio (patrocínio); Falta de tempo pra organizar uma viagem deste porte; E o fato das aulas, provas, treinos e etc. Isso impossibilitou nossa ida a Salvador! Já na etapa de Recife, foi a coincidência de datas com o Carnatal (Carnaval fora de época)! Aqui em Natal muito dificilmente alguém perde o Carnatal, principalmente com um time de faixa etária de 18 a 20 anos!! Um exemplo de que com um pouco de apoio podemos ir a qualquer competição foi a ida de ônibus de uma equipe de apenas 8 atletas para o JUB´s em São Paulo!


Polo Ceará - Como está sendo, tão jovem, segurar a barra de organizar um evento dessa dimensão, com 9 times adultos masculino, 3 femininos e 3 do pessoal com menos de 18? Está tudo pronto?

Thiago - Está tudo pronto! Realmente o organizar um evento desses é difícil! Mas a gente vai perturbando um secretário aqui e outro ali até conseguir algum apoio! A Federação também tem ajudado bastante! Além disso o pessoal (a cúpula ) do Circuito também tem sido um fator determinante! Fica aqui o agradecimento de antemão para você, Fred, Sari e Diego, e todos o pessoal que compõe o circuito!


Time infantil de Natal

Polo Ceará - Você acha que esse evento em Natal poderá ser um novo estímulo ao Polo Aquático daí?

Thiago - Com certeza! Estou ansioso para o inicio do Circuito e estou querendo implantar uma clínica com os jogadores mais experientes ao final do circuito para incentivar mais ainda os mais jovens, como o Sub-18 do Ceará!

Polo Ceará - Essa etapa terá duas novidades: um time do Pará e outro do Rio. A equipe do Rio trará nomes que estão na história do Polo Aquático brasileiro, como Ricardo Perrone, Ricardo Tonieto, Solon, Canetti, Ricardinho e outros. Qual a importância da vinda desse pessoal para o crescimento do Polo Aquático nordestino?

Thiago - A vinda do pessoal do Rio, Brasília e Pará com certeza vai engrandecer em muito o nosso evento! Antigamente estávamos acostumados (a grande maioria dos atletas) a jogar somente contra PB e PE! Um exemplo do impacto da vinda do Perrone & CIA no pessoal daqui é o nosso goleiro, que assim que soube da confirmação da equipe do Rio disse: “Bora dar o gás que eu vou catar as bolas do Perrone e Solón!”

Polo Ceará - E aí, a equipe de Natal está se preparando para a Chapada em setembro? Você acha que uma boa colocação em casa pode animar a equipe a treinar para disputar as outras etapas?

Thiago - Desde o ano passado tivemos vontade de ir para Salvador e Recife. Infelizmente não tivemos atletas suficientes! Este ano estamos organizando o grupo e com certeza queremos estar presentes na Chapada! Vamos ver se o pessoal aproveita a próxima promoção de passagens e confirma logo presença!

Polo Ceará - Espaço aberto para algum recado que você queira dar.

Thiago - Hélcio, queria dizer que Natal está de braços abertos ao pessoal e que estamos nos esforçando ao máximo para que o evento esteja a altura do que vimos na etapa cearense e de todos os competidores! Infelizmente não conseguimos o apoio financeiro desejado, mas graças a Deus estamos com 90% do planejado já confirmado, incluindo piscina, premiação e alojamento (o que acho que são as 3 coisas mais importantes). Tenho certeza que a etapa Natal do Circuito será uma ótima opção para se passar o feriadão de 1º de Maio! Nesta semana iremos trabalhar para fechar a tabela e já divulgar!

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segunda-feira, abril 16, 2007

Voe Malev



Empresa patrocinadora oficial da seleção húngara. Os caras apóiam o Polo Aquático.

sexta-feira, abril 13, 2007

Euroliga

O Blog do Fluminense está com excelentes entrevistas com Molina, Felipe Perrone e Rafael Murad. O do Tijuca traz a cobertura completa da Euroliga. Ontem esperei o El Cuervo carregar os vídeos do jogo da derrota por um gol do Barceloneta pro Posilipo. A qualidade não é muito boa, mas dá pra ver.



Esse está um pouco melhor, sem reflexo na água.

quarta-feira, abril 11, 2007

Natal e Aracaju

O Circuito era Nordeste, na primeira etapa virou Nordeste/Centro-oeste, e agora temos também Sudeste e Norte. Como na Chapada em setembro haverá também times do Sul, teremos que eleger um novo nome ou ficará mesmo RTC, como vem sendo chamado de brincadeira. O mapa acima é pro pessoal ir se localizando em Natal.
Antes do evento em Natal, teremos nos próximos finais de semana em Aracaju a 2° Copa Caju, evento que vai reunir 6 times locais. Claro que há disparidade entre os times será grande, mas com um circuito local que prevê 3 etapas no ano vai se tornar competitiva em muito breve. Lamentamos apenas a ausência dos nossos amigos sergipanos em Natal. Vamos torcer pela presença deles nas próximas etapas.

terça-feira, abril 10, 2007

Joguinho na praia

É sempre bom.

segunda-feira, abril 09, 2007

Museu do Polo Aquático

O jogo acima com arquibancada totalmente tomada aconteceu nas Olimpíadas da Antuérpia de 1920.
Esse rostos são de jogadores no México em 1968.
Essa foto é na praia, na Itália, em 1959.

Três aperitivos de um blog simplesmente fantástico descoberto por Ricardo Perrone no Waterpolonline. Passeie por lá e descubra o mundo. Incrível!

domingo, abril 08, 2007

Lá vem o Pará!

Desde que começamos o Circuito, ano passado, ouvi várias vezes de times diferentes: "Com o Pará a gente não joga". A fama do pessoal da terra do açaí não era nada boa. "Desleal" era o adjetivo mais gentil. Havia tanto folclore e histórias absurdas em torno dos caras que, admito, eu estava curioso por conhecê-los.

Não foi preciso muito trabalho. Um dos principais nomes da equipe, Maurício Bittencourt, professor especialista em Educação Física, com 30 dos seus 43 anos dedicados ao Polo Aquático, nos procurou com a maior gentileza do planeta e, antes de qualquer coisa, quis deixar claro que o tempo dessa má imagem passou, e que o mais importante para eles é o crescimento do esporte que tanto amam. E pra apagar de vez a impressão ruim, vamos lembrar que se o passado do Polo Aquático paraense é de glórias, não há porque num futuro breve não voltar a ser. E isso só se consegue na bola amarela.

Maurício e sua equipe são muito bem-vindos ao Circuito.

Pólo Ceará - Vamos começar pelo tradicional. Como você começou no Polo Aquático?

Maurício - Começou com um convite por um Professor de educação física do bairro que nos via brincando na rua. Fomos no 1º dia e não saímos mais. Incluo meu irmão nessa história.

Pólo Ceará - Na época havia mais apoio ao esporte ou era ainda pior que hoje?

Maurício - Havia mais apoio, lembro que fomos a campeonatos e ficávamos em hotel, não tirávamos nada do bolso. Isso sem falar nos JEB’s, época boa que não volta mais.

Pólo Ceará - Começar o Polo Aquático, muita gente começa, vai a dois treinos, diz a vida inteira que treinou e não passa disso. Quando foi que você sentiu que esse era o seu esporte?

Maurício - Persistir, perseverar, ser disciplinado, acreditar, isso tudo é pra pouca gente, lembro que no meu 1º JEB’s em 1978, nem amistoso eu joguei, fui pra ver e absorver. Em 1980, comecei a ser titular com os veteranos, e em 1981, fui o 2º artilheiro do JEB’s, aí senti que esse era o esporte que ficaria até hoje e que me projetaria como atleta e pessoa.



Pólo Ceará - O grande momento de sua carreira, até onde sei, foi um evento em que chegou a ganhar do Botafogo com o Solon dentro da água. Como foi essa competição?

Maurício - Foi uma competição difícil em todos os sentidos. 1º que tivemos que cortar um colega na competição por votação, pensávamos que poderíamos levar 14 atletas fazendo um rodízio e na hora não podia, foi horrível. 2º perdemos um atleta no primeiro jogo com falta grave no último minuto, conseqüentemente foi expulso sem direito a substituição e ficou fora dos outros jogos. 3º um dos nossos se rebelou e abandonou a competição, só voltou na final. 4º na semi final contra o Botafogo, perdemos 2 atletas com 3 faltas, advinha quem era o centro deles? Claro ele com sua técnica e força levou a isto. Mas o time estava inspirado, o nosso goleiro agarrou um 4 metros e justamente do Sólon, neste jogo eu fiz 8 gols, no final ganhamos de 13 X 11. Sem menosprezo a nenhuma equipe, mas acho que esse jogo foi a final do campeonato, pois ninguém acreditava que algum time vencesse o Botafogo, até no congresso técnico se falava em Botafogo e mais um classificado pra divisão especial, só que ninguém queria cruzar com eles e pra infelicidade deles cruzaram conosco e deu no que deu.

Pólo Ceará - Você viveu o Polo Aquático em Pernambuco e no Pará. Qual a diferença das duas escolas?

Maurício - O Pólo de Belém é uma mixórdia de técnica e força, habilidade e muita marcação, muita raça, mas acho que o nosso time em particular criou um ambiente tão fraterno, de companheirismo e amizade que um supria a ausência do outro, era muito difícil de superar esse time. Lembro que em 1991 fizemos um jogo com homem a menos desde o final do 1º período na piscina do Sport contra o Náutico, imaginem a nossa situação, 3 períodos com um jogador a menos? E no decorrer perdemos mais duas pessoa com 3 faltas, pessoas importantes na equipe, mas nos superamos mais uma vez e ganhamos de 14 X 10, fiz 10 gols neste dia. Acho que a escola de Recife é oriunda de nadadores e joga muito em função da natação.

Pólo Ceará - Como você definiria seu estilo de jogo? Quem foi o melhor jogador que você viu atuando?

Maurício - Meu contra ataque era fatal, as pessoas não atacavam por inteiro, sempre ficava um atrás para evitar o contra ataque, acredito que tenho muita técnica e controle de bola, um excelente chute com elevação. Vi muitos craques e joguei contra eles, Sólon, Eric Borges, Léo Vergara, cada um com seu estilo, mas ficaria com 2, Sólon e Leo Vergara, eles fazem o estilo de jogo que eu gosto, são artilheiros como eu.


Pólo Ceará - O time do Pará está de volta às competições depois de ficar na geladeira por ser considerado um time desleal e violento. Como você tem feito para fazer a nova geração discernir que jogo duro não tem nada a ver com jogo desleal?

Maurício - Temos conversado muito entre nós veteranos e a molecada que está subindo tem notado a diferença de atitude. Acho importante termos a consciência do que fomos e o que podemos ser, nossos treinos hoje são mais na bola e menos violência. Advirto e informo que quando fomos violentos sofremos baixas, não fomos acobertados, jogamos com a menos, mas isso não justifica a agressão. Só não quero que pareça que fomos beneficiados pela agressão que cometemos.

Pólo Ceará - Qual a sua expectativa em relação ao Circuito?

Maurício - Muito grande em retornar aos torneios N/Ne/CO, parece até demagogia, ma estou empolgadíssimo, acho que é a responsabilidade pela renovação e estar à frente no planejamento do treinamento, da viagem. Agora o mais importante é conhecer os seus limites, anseios e fazer novas amizades como fiz na minha trajetória no esporte, hoje tenho amizade com muita gente do nordeste e centro oeste como os irmãos Leonardo, Edmundo e Rivaldo da Paraíba, Passarinho de Recife e outros a quem sempre encontrava nos campeonatos.

Pólo Ceará - No Pará vocês têm uma boa relação com a Federação local. Infelizmente há outras federações que simplesmente ignoram o Polo Aquático, e vários estados se negam a federar seus atletas porque tiveram experiências muito negativas. Como você acredita que seria o melhor caminho pra unir todos em um objetivo comum?

Maurício - Primeiro é a forma como está acontecendo esse circuito, organizado e respaldado por todos, pode até não ser o fino da organização, mas tem a aquiescência de todos, isso já concretiza o sucesso do evento. Segundo que, realizando-o, força a Federação, e conseqüentemente a Confederação, a tratarem com mais respeito os atletas fora do eixo Rio/Sampa. Aqui fazemos nossa parte e se a federação não apoiar, fazemos mesmo assim, corremos atrás de grana e patrocínio.

Pólo Ceará - Como você vê as mudanças do Polo Aquático do seu auge pra hoje em dia?

Maurício - Hoje as pessoas não têm o envolvimento e comprometimento com o outro, reitero que se um dia fomos campeões por 10 anos foi com muito envolvimento e comprometimento com os nossos propósitos, nossos objetivos eram um só, não tinha um que aparecia mais que o outro. Todos se envolviam ao ponto de pagarmos por todos que não tinham, rachar a comida com os que não podiam e comprar no cartão de crédito pra 2, 3 ou mais pessoas que não dispunham no momento. Hoje após o jogo, nos sentamos num restaurante pra almoçar e reviver nossos momentos, falar de nossas famílias e projetar perspectivas. Todos sabem o dia do aniversário do outro, e conseqüentemente não precisa convidar, vamos à casa do aniversariante levando a caixa de gelada.

Pólo Ceará - O que você considera que de mais importante o Polo Aquático trouxe à sua vida nesses 30 anos de dedicação ao esporte?

Maurício - O esporte me deu disciplina, me fez ver quanto o outro é importante para o todo, que a cumplicidade é importante pra reverter a situação e que a amizade verdadeira está no comprometimento consigo e com o próximo, jamais se abata ou fuja do problema, tente entender a situação e construir saídas para superar as dificuldades, acredite em você e no seu potencial, se comprometa com a equipe, dê a valor a amizade.

Infanto

Nelson Rodrigues dizia que jornalismo é feito com ponto de exclamação. Talvez por isso eu adore a cobertura feita pelo Blog do Tijuca. O coração pulsa forte o tempo todo, você praticamente vê os jogos. Nada é chato.

Já o Blog do Fluminense brilhou na cobertura principalmente pelo excelente fotógrafo Sergio Moraes ter realizado uma cobertura de imagens que - sei que os que adoram estagnação vão se contorcer todos agora - supera e muito em qualidade as do site da própria Fina no Mundial de Melbourne. As fotos estão maravilhosas.

Nos dois blogs há os resultados. Parabéns a todas as equipes. Daqui comemoramos a relevância cada vez maior da mídia do Polo Aquático brasileiro, prestando informações que os amantes desse esporte jamais tiveram disponíveis.

sábado, abril 07, 2007

Salve, salve família Perrone!

Começamos o blog do Polo Aquático Ceará pra tentar trazer informação sobre a modalidade pra cá. Nossa vitória acabou sendo maior. Inspiramos outras pessoas a fazer, não esperar acontecer. Ainda são poucas. Hoje, salvo engano, há quatro blogs ativos sobre Polo Aquático no Brasil. Tenho muito orgulho de dizer, sem frescura, que somos o quarto melhor.

Lá da Catalunha nosso grande amigo El Cuervo ("el mejor blog del mundo") fez um vídeo homenagenado a família Perrone e colocou no mapa do Polo Aquático brasileiro os links que viu nosso blog, ou seja, junto ao Fluminense, Tijuca e Paineiras, estão Ceará, Pernambuco, Roraima, Bahia e Paraíba. Tudo isso porque algum dia alguém nesses estados colocou um blog (ou fotolog no caso de Roraima) sobre Polo Aquático no ar.

É engraçado que lá na Espanha eles tenham uma percepção que oficialmente não existe aqui. Os locais citados estão fora do mapa oficial do Polo Aquático brasileiro. Quem não mora no eixo Rio-São Paulo, quando muito, ganha uma competiçãozinha por ano de "cala-boca" e pronto. Não entenderam que eventos regionais fortalecem o esporte e são muito mais baratos. A gente, por enquanto, não precisa ir ao Rio ou São Paulo. Temos que gerar movimento de escolinhas (geração de emprego) e eventos no nordeste, no norte, no sul, no centro-oeste, para sermos competitivos.

Na etapa de Natal do Circuito, no feriado de primeiro de maio, teremos times de todas as regiões do Brasil, com exceção do sul. Na Chapada, em setembro, aposto que TEREMOS TIMES DE TODAS AS REGIÕES DO BRASIL. O único evento de Polo Aquático brasileiro dessa magnitude não tem nenhum apoio. Mas um dia alguém perceberá que para fomentar o Polo Aquático, o caminho é se unir a quem pratica e se esforça para promover o esporte.

Exatamente como a família Perrone. Os caras se esforçaram tanto que não couberam mais aqui.
O lugar que Kiko e Felipe ocupam na elite do Polo Aquático mundial é a maior evidência de que nossos horizontes somos nós que fazemos. E se alguém quiser fazer por nós, a gente atropela.



PS. Não deixe de acompanhar a excelente cobertura que os blogs estão fazendo da Copa Brasil Infanto-Juvenil. Simplesmente fantástico!

sexta-feira, abril 06, 2007

Campeões pan-americanos

Legal essa matéria da Globo com os nosso campeões de 1963. Toda sorte aos nossos times feminino e masculino.

Semana Santa na Paraíba

Infelizmente, por razões particulares, não estou em João Pessoa nesse momento. Só eu sei o quanto queria estar lá.

O Léo Vergara, um dos maiores jogadores do Brasil nos últimos 30 anos, está mais uma vez incentivando o esporte na sua terra natal, e levou nesse final de semana um time master de São Paulo para uma competição local.

Entre as atrações da equipe que embarcou em São Paulo está meu polêmico camarada Michel Vieira. Tenho certeza que o evento está sendo muito produtivo, e torço pra que os jovens atletas que vieram ano passado pra Fortaleza se motivem, e sigam o excelente trabalho feito até hoje pelos masters em João Pessoa.



O vídeo é de um "peladão" realizado ano passado e postado pelo grande Igor.

terça-feira, abril 03, 2007

Rudic, o malandro (e por aqui a vida continua)



Euforia, euforia, celulares à parte. O "macaco velho" técnico, assim que acabou o jogo, colocou seu telefone em mãos seguras e foi aos braços do primeiro que passou pro mergulho dos campeões.

Muito legal nos blogs do Fluminense e do Paineiras a comoção popular que está acontecendo na Croácia.

Já o mais jornalístico de todos os blogs de Polo Aquático brasileiros (os demais, inclusive o que vos fala, têm, na minha opinião, uma proposta mais parecida com um misto de revista e programa de TV), o do Tijuca, traz importantíssimas informações sobre a venda de ingressos pro Pan, o Mundial Junior, um link pra baixar jogos do Mundial de Melbourne e um texto sobre a cobertura informal, gratuita e sem referências anteriores que fizemos, todos JUNTOS, do Mundial, e sobre a que ele deseja fazer dos eventos locais.

Muito bom!

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Santa Maria




Brincadeirinha com a galera da Associação Atlética Santa Maria, pessoal muito gente fina, time bastante unido, joga limpo, mostrou em 2006 que é com a bola que se faz a diferença, e ficou com o título final do Circuito. Levaram a primeira etapa e conseguiram nas duas etapas seguintes colocações boas o suficiente para serem campeões.

Eles estão com presença garantida em Natal.

Tem que aturar

O esporte é mesmo fantástico. Quisera eu entender o que diz a música abaixo, nesse clip da vitória da Croácia sobre a Sérvia. A quantidade de vídeos no youtube de uma semana pra outra é um reflexo direto da alegria de um povo habituado a uma história de opressão e massacres.



Outra música típica, bem mais dançante, celebrandro o ídolo Boskovic.

segunda-feira, abril 02, 2007

Hrvastka!


Hoje de manhã meu camarada Michel Vieira estava com a mensagem "Hrvastka! Hrvatska!" em seu MSN. Ele me explicou que é assim que se escreve "Croácia" em croata. Quem o ensinou foram dois croatas que jogaram com ele nos Estados Unidos. Logo depois confirmou que, assim como na Sérvia, Polo Aquático lá é "vaterpolo".

Pronto. Com essas palavrinhas mágicas, ganhamos mais um mundo. Tem um monte de matérias, galerias de fotos, inúmeros vídeos como esse abaixo da galera no pódio (adivinha qual jogo ele mais postaram no YouTube até agora):



Post especial pros meus amigos de Brasília Guilherme Sari e Brunão, ambos "Croácia desde criancinha".

domingo, abril 01, 2007

Chave de ouro

Fora tudo o que aconteceu dentro da água, dos fantásticos jogos, o que mais me deixou feliz foi a maravilhosa "cobertura" feita por uma rede de amadores. Graças a um trabalho livre de pessoas que não se conhecem, unidas apenas pela afinidade de gostar de Polo Aquático, qualquer pessoa no Brasil pôde acompanhar o evento ao vivo.

Ricardo Perrone deu a dica da TV sérvia que transmitia os jogos, logo espalhada pelos blogs do Ceará, Fluminense e Tijuca. O blog do Tijuca trazia todos os dias resenhas completas dos jogos, muito bem-feitas, dessas que ninguém diria que a pessoa escreveu de madrugada tendo que acordar cedo pra trabalhar. O blog do Fluminense trouxe, entre outras atrações, uma entrevista com Kiko Perrone logo antes da semifinal.

E, mais incrível ainda, um cara na Espanha, o grande El Cuervo, que nenhum de nós conhece, assistia e gravava os jogos, tinha o trabalho de editar logo em seguida, paciência pra subir vídeos longos pro youtube e, poucas horas depois, o mundo inteiro podia ver os melhores momentos de cada jogo.

Aí eu pergunto: pra que TV a cabo? Estamos ou não estamos vivendo uma revolução? Todo mundo fez isso de graça! Será que ninguém vai perceber que existe um movimento espontâneo pelo polo aquático brasileiro e, sem gastar nada, articular todas as iniciativas por um movimento coordenado, concreto, com um planejamento estratégico viável e que nos tire da lama?

Seguem mais dois vídeos imperdíveis:

Espanha x Sérvia (prorrogação e pênalties)



Croácia e Hungria - a grande final


Ah, passa no El Cuervo pra ver a seleção do Mundial.

Mudaram o mapa do mundo

Diversas vezes comentamos aqui em Fortaleza como os jogos entre a elite do Polo Aquático mundial eram sempre duros, mas no final, no detalhe, Hungria e Sérvia acabavam se sobressaindo.

Os dois bichos-papões continuam entre os cabeças. A questão é que cada vez menos são soberanos. Qualquer um pode chegar lá, o que ficou evidenciado pelas disputas do primeiro e terceiro lugares.

Final: Croácia 9 x 8 Hungria
Disputa do terceiro: Espanha 18 x 17 Sérvia (entre tempo normal, prorrogação e pênaltis)

Mais uma vez - e quantas forem serão poucas - agradecemos ao pessoal do El Cuervo pelo magnífico trabalho de disponibilizar os vídeos pelo YouTube logo após os jogos. Abaixo estão as duas primeiras partes do jogo Espanha x Sérvia. Assim que a terceira, com os pênaltis, carregar, disponibilizarei aqui.

Parte 1 (são 3)


Parte 2


Parte 3
Já já...