terça-feira, outubro 31, 2006

Que venha o Canadá

Olha aí a Luisa, atleta do Fluminense, de novo no blog. Antes que o brasileiro Tony Azevedo, estrela da seleção americana, pegasse o vôo pra Itália, onde joga, ela pediu pro pai Sérgio Moraes fazer o registro. Ainda incluiu de quebra o pai dele, Ricardo Azevedo, técnico da seleção americana, na foto.

Já o jogo deles com os brasileiros, segundo amigos que estavam presentes, foi bastante tranquilo pros gringos. Notícias completas no poloaquatico.com.br . Pena que o Sportv não transmitiu no horário marcado e muita gente que não está no Rio perdeu o jogo.

Hoje tem Porto Rico. Tomara que seja um bom jogo. E que a galera pegue um bom ritmo pra jogar contra o Canadá.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Pé na jaca

A próxima novela da Globo terá Murilo Benício como protagonista. Ele será um jogador de polo aquático.

Divulgação melhor não pode haver. É a hora de todo mundo se programar pra receber novos atletas. Um novo boom deve vir por aí. Muito maior do que o que aconteceu com Malhação.

É hora de já cavar uma matéria com o ator treinando com a rapaziada. As possibilidades são muitas. Com um mínimo planejamento, o polo aquático vai ter tudo pa estourar.

WP por todo Brasil

No final de semana que passou não teve apenas jogo da seleção. Após sumir uns meses pracuidardo filho recém-nascido, o Gilson voltou com tudo e organizou o campeonato alagoano com uma estrutura bem legal, graças a alguns parceiros e patrocinadores. Assim que ele mandaras fotos e informações, o blog publica.

Feriadão tem jogo em São Carlos (SP). Segue release com todas as informações, enviado pela atleta Lívia Basile. Nos próximos dias a gente publica também as impressões de Lívia sobre a Chapada:

V Torneio Comemorativo de São Carlos

Torneio a ser realizado na cidade de São Carlos durante os dias 3, 4 e 5 de novembro. Os jogos serão realizados na piscina da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) a partir das 8:00.

Serão 8 equipes masculinas e 4 femininas. A disputa das equipes masculinas será feita em rodízio simples com 2 grupos e das equipes femininas em esquema quadrangular. Temos confirmado 6 equipes masculinas: São Carlos, Esalq-Piracicaba, UFRJ, Goiânia, Brasília e Pinheiros. Dentre as equipes femininas confirmadas, temos São Carlos e Brasília. As semifinais e finais serão realizadas no domingo.

O intuito deste torneio é consolidar o Pólo Aquático no interior de São Paulo e promover a integração e o intercâmbio técnico entre as equipes participantes.

Atualmente, a Universidade Federal de São Carlos vem apoiando o pólo aquático através de um projeto de extensão, desenvolvido em conjunto com a professora Ana Cláudia G. O. Duarte, do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana. Lembrando que a própria Ana Claudia encabeça a organização do evento.

Neste torneio, haverá a inauguração oficial da equipe feminina de São Carlos. No feriado de 12 de outubro São Carlos se inscreveu com um time misto no Campeonato de Águas Abertas Chapada dos Veadeiros- Alto Paraíso, Goiás com 4 meninos e 5 meninas. Destaque para a capitã do time, Gabriela Carneiro que ganhou o premio atleta revelação e para nosso goleiro Thiago Keluz que também foi premiado na categoria melhor goleiro.

Temos alojamento na UFSCar para todos os atletas participantes, praça de alimentação ao redor da piscina e haverá uma festa de confraternização no sábado a noite no Café Cancun de São Carlos.

Aceitamos equipes e atletas de todo o país. Maiores informações sobre o torneio e/ou interesse de inscrever sua equipe, escrever para liviabasile@hotmail.com ou nataliazaneti@gmail.com.

domingo, outubro 29, 2006

Pré Mundial

Muito legal o Sportv ter transmitido o jogo ao vivo. Mesmo sendo um canal fechado, expande muito as fronteiras do WP. Muito do que o Carlinhos comentou ou que os jogadores fizeram, como os chutes do Quito (foto) sobre a cabeça do goleiro, serviram pra embalar conversas ontem antes do coletivo.

As informações completas estão no www.poloaquatico.com.br e aqui você vê as fotos que Sérgio Moraes disponibilizou pela agência Reuteurs de notícias.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Polo 5

Na foto acima estão de pé Eugenio (técnico), Carlinhos, Livia, Carol e Adriano Abreu. Sentados Eduardo e Felipe. Gente de diferentes idades, experiências dentro do WP, confraternizando e tomando a sagrada cervejinha pós-coletivo (quem quiser, há outras opções) de sábado. É esse astral de amizade que tem que rolar.
No primeiro semestre chegamos a ter noites com 40 pessoas treinando.Hoje mal conseguimos fechar um coletivo no sábado e, se temos 14, é porque algum cara que nunca treinou está na água e o coletivo fica desnivelado e acaba rápido. Por que ficou assim ainda não sabemos, mas temos que buscar soluções.


Vamos mensalmente organizar um campeonato de Polo 5. Chamamos a garotada que treina com o Rodrigo, juntamos com as meninas e vamos tentar empolar a galera. O primeiro foi com poucos times. O próximo com certeza terá mais.

Lembramos que, quem quiser passar uns dia de folga em Fortaleza, venha jogar e com a gente. Nossa piscina está aberta.

Obrigado à coordenadora Isabela pelo envio das fotos.


terça-feira, outubro 24, 2006

Pré-Mundial


Não perca nenhuma partida. Segue programação da Sportv, com muitos jogos transmitidos ao vivo. Muito obrigado ao Carlinhos por gentilmente ter enviado a tabela.

Dia 28/10
Hora
Programação
09:00h
Cerimônia de Abertura
09:30h
Canadá x EUA (Masculino)
11:00h
Colômbia x Brasil (Masculino) - TV ao vivo

Dia 30/10
09:00h
Venezuela x Porto Rico (Feminino)
10:30h
Cuba x Brasil (Feminino)
15:30h
EUA x Brasil (Masculino) - TV ao vivo
17:00h
Canadá x Porto Rico (Masculino)

Dia 31/10
09:00h
Cuba x Venezuela (Feminino)
10:30h
Brasil x Porto Rico (Feminino)
15:00h
EUA x Colômbia (Masculino)
16:30h
Brasil x Porto Rico (Masculino) TV ao vivo

Dia 01/11
09:00h
Cuba x Porto Rico (Feminino)
10:30h
Venezuela x Brasil (Feminino)
15:00h
Porto Rico x Colômbia (Masculino)
16:30h
Brasil x Canadá (Masculino) TV ao vivo

Dia 02/11
15:00h
Colômbia x Canadá (Masculino)
16:30h
Porto Rico x EUA (Masculino)

Dia 03/11
09:00h
1º x 4º Semi-final (Feminino)
10:30h
2º x 3º Semi-final (Feminino)

Dia 04/11
08:30h
Disputa Bronze (Feminino)
10:00h
Disputa Ouro/Prata (Feminino) - VT às 19h
11:45h
Premiação Feminina
15:00h
2º x 3º Semi-final (Masculino) TV ao vivo
16:15h
1º x 4º Semi-final (Masculino) TV ao vivo

Dia 05/11
09:00h
Disputa Bronze (Masculino)
10:30h
Disputa Ouro/Prata (Masculino) - VT às 15h
11:45h
Premiação

Foto: www.cbda.org.br

Chapada

O torneio de WP mais charmoso do Brasil teve menos adesões esse ano. A razão foi simples: pra não atrapalhar o Circuito Nordeste/Centro-oeste, a galera mudou a data do tradicional evento de 7 de setembro para 12 outubro. Correram o risco de jogar fora da estação da seca e pagaram por isso. Pelo que sei a chuva foi constante, o que não fez a galera se divertir menos.

Fica a lembrança que ano que vem a segunda etapa do Circuito será lá, no 7 de setembro como reza a lei.

Aproveito para lembrar que estamos estudando a possibilidade de reduzir o Circuito para duas etapas. O objetivo não é enfraquecer. Pelo contrário. É diminuir os custos para que tenhamos duas etapas muito fortes por ano e um calendário de pequenos eventos alternativos regionais nos demais meses. Aguardamos colaborações.

Foto enviada pela Lívia, atleta da equipe feminina da Universidade de São Carlos.

domingo, outubro 22, 2006

"Quado era mais novo, o WP era tudo pra mim"

Na primeira etapa do Circuito em Fortaleza eu quase enlouqueci por causa de uma daquelas coincidências malditas em que num mesmo mês tudo começa a dar tilt na sua vida e sobram batatas quentes. Mesmo assim aproveitei muito o evento, observando e chegando à certeza que estávamos no caminho certo, que o Polo aquático é viável no Nordeste (ainda mais depois que o pessoal de Brasília virou nordestino).

A Paraíba é um exemplo. Um excelente time de masters como grandes figuras como Zé Marcio, Edmundo, Sá Filho, Vladimir, Alessandro, Octavio e outros, e, mais importante, uma real integração dessa galera mais experiente com a garotada mais nova, com idade de juvenil.

Entre os masters, me chamou a atenção a coesão do grupo e, individuamente, o jogo do Rodrigo, muito rápido e perigoso no ataque. Meu amigo Octavio na época contou que Rodrigo havia sido anos atrás uma grande revelação paraibana, que tinha recebido convites para jogar em São Paulo e ainda havia promovido o WP em Honduras. Razões portanto não faltavam para que conhecessemos melhor esse excelente atleta (na foto abaixo com sunga da CBDA ao lado de Zé Marcio e Sá Filho) da grande equipe paraibana.



Pólo Ceará - Na primeira etapa do Circuito Nordeste/Centro-Oeste em abril reparei que você se mexia muito e que muita gente nem se cansava na disputa de bola quando te via. Fale um pouco de sua carreira de nadador.

Rodrigo - Comecei desde os três anos na natação sempre no Esporte Clube CaboBraço. Participei de vários campeonatos representando o clube e o meu estado. Tive a oportunidade de conhecer lugares pelo Brasil graças aoesporte. Meus estilos eram borboleta e livre. É verdade que como nadador tiveuma carreira curta, mas bastante produtiva.

Pólo Ceará - A geração de Léo Vergara e Zé Marcio obrigou o Brasil a olhar pro Polo Aquático paraibano de uma forma diferenciada. O sucesso deles teve influência no seu ingresso no polo aquático? Como você começou?

Rodrigo – Olha, a bem da verdade não sabia de Léo nem tampouco de Zé Marcio. Quando comecei meus técnicos foram Ronaldo Marinho e Kinho, pois os treinos eram realizados na piscina ao lado. Aos 10 anos comecei no Pólo Aquático e me fascinou, tivemos a oportunidade de pegar os jogos escolares da nossa cidade e ainda o interclubes, e foi aí que nosso nível técnico melhorou bastante. Os fundamentos que aprendi me credenciam ate hoje graças ao trabalho dos meus hoje amigos Ronaldo(in memorian) e Kinho.

Depois veio Abílio com seu entusiasmo, um excelente técnico. Foi quando dei um salto no meu estilo de nadador. Treinávamos três vezes ao dia,e o resultado era o esperado. Fui 7 vezes consecutivas melhor jogador,artilheiro e tínhamos também o mesmo titulo paranosso goleiro Vladimir. Isso em norte-nordeste centro-oeste74/75/76 e naminha idade (nasci em 1977) quando nossos resultados apareceram, a turma adulta voltou. Ainda ao 15 anos fiz parte da seleção adulta com Edmundo, Rivaldo, Zé Marcio, Ronaldo, Kinho, Leucio, Zé Maria, Bonifacio, AndreBaiano, Marco, Franco,como técnico o Mac e em outra oportunidade o Kleber. Logo depois fomos ao rio com a equipe 77/78 participar de um campeonatobrasileiro.

Pólo Ceará - Você se destacou desde cedo no Polo Aquático? Pensou em ir pro Rio ou São Paulo desenvolver ainda mais seu potencial?

Rodrigo – Graças à natação não tive problemas e por isso me destaquei logo no citado campeonato brasileiro. Mesmo nossa equipe sendo mais nova nos destacamos como conjunto e individualmente tivemos destaques e conseqüentemente convites pra jogar em São Paulo no Pinheiros. Mas sabemos que sobreviver de polo aquático não seria fácil, como na realidade não é. Meu pai não autorizou.

Pólo Ceará - Você foi pra Honduras difundir o polo aquático. Como surgiu essa oportunidade?
Rodrigo - Aos 18 anos(1995) fui pai. Meu pai me deu a oportunidade de estudarem Honduras,fui com minha esposa e meu filho Matheus com seis meses. Aochegar o destino colocou um vizinho que praticava pólo aquático, então logo me prontifiquei a ir com ele pra lá. Foi então que me convidaram pra sertécnico e ajudar na preparação para o centro americano de esportes a serrealizado na ocasião em Honduras. Viajamos toda centro América (ElSalvador, Guatemala, Nicarágua) fazendo amistosos e por fim logramos o segundo lugar na competição(1997). Foi uma experiência incrível. Em 98 no meio do ano vim embora antes do furacão Mitch que destruiu o país mais umavez.

Pólo Ceará - E aí, como foi a convivência lá? O pessoal gostou? Você sabe se eles ainda jogam?
Rodrigo - A América Central ama o Brasil e os brasileiros,fui muito bem recebido, deixei grandes amigos,inclusive um já veio aqui. Só que depois da tragédia do furacão não consegui mais os mesmos contatos. Uma pena, mas um dia pretendo ir lá novamente e revê-los.

Pólo Ceará - Você acredita que nosso Circuito com o tempo vá aumentando a competitividade e conseqüentemente a quantidade de treino e o nível dos atletas nordestinos?

Rodrigo - Difícil falar pq nós atletas do Brasil paramos antes de completar 18 anos. São raras as exceções, então fica bastante difícil haver continuidade e evolução no esporte como um todo. Imagine vc no polo aquático que é poucovisto e difundido, são de pessoas como vc que precisamos. Eu nunca tinha participado de polo aquático ai em Fortaleza e nem em Natal. Hoje parece queestamos evoluindo, precisamos dessa interação,entre as crianças, jovens eadultos para que nunca falte quadros neste esporte que é sem duvidaespetacular. A competitividade sim tem que aumentar contanto que todos acompanhem a evolução uns dos outros. Me parece que agora esta difícil pra Pernambuco manter sua base. Isso complica muito aqui pra nós que esperamos tanto deles,que na verdade se não fosse por eles não estaríamos ainda hj praticando o polo.

O nível sem dúvida tem tendência a melhorar. Acredito que não podemos nos espelhar no jogo internacional mas sim aqui na velocidade, criatividade e pq não dizer investir nos fundamentos básicos do esporte, que sem duvida chegaremos a mostrar as nossas particularidades para o sul do país.

Pólo Ceará - O Alessandro me contou que vocês devem ir completos para Recife. O que eu acho legal é que percebo que há uma amizade muito forte entre vocês. Como está a preparação do grupo?

Rodrigo - Vamos estar sim. Só que eu, cara, estava ausente por conta das eleições,. Estou retornando aos treinos nesta segunda dia (09/10/2006), mas acredito que chegaremos bem preparados. Não sei se vc soube, ganhamos dos garotos da AMAN.

Pólo Ceará - Fiquei muito feliz em saber que os meninos da Paraíba endureceram contra SP, assim como também fizeram os garotos amazonenses. Achei também muito legal vocês não terem ido a Salvador para acompanha-los aí. No Circuito a gente vê nos times um vácuo entre o pessoal de mais de 30 pulando pra garotada de 16. Você acredita que a nova geração vai segurar a barra que os antigos seguraram ou a tendência do WP nordestino é minguar como aconteceu com essa geração perdida?

Rodrigo - É ISSO aí. Não sei talvez devido a esse mundo louco,de tantas exigências, de milhares de informações,seja mais difícil amar ao esporte como nós que não tivemos esses distúrbios de geração. O esporte pra mim naquela época era tudo. Conheci lugares incríveis, conquistas espetaculares, esforço sobre humano pra defender nosso clube ou estado,e hj o que a gente vê é a falta de animo e auto estima de nossos garotos.

Pólo Ceará - Sabemos que nosso jogo é duro, mas estamos cada vez mais preocupados com a disciplina durante as partidas, e iremos punir inclusive com a exclusão da etapa quem agredir a quem quer que seja. O que você acha dessa medida?

Rodrigo- Tem sim que ser rigoroso na marcação, principalmente com os mais jovens que eles tem que aprender que o esporte é de contato e não de sopapos. É bom avaliar as condições do ocorrido antes da punição chamar os atletas envolvidos e quem sabe dar um oportunidade, às vezes vale mais do que excluir.

Pólo Ceará - Muito Obrigado. Fica o espaço aberto para caso vc queira dar algum recado.

Rodrigo – Olha, foi muito bom responder,e ver que tem pessoas interessadas na nossa vida. Já dei muita entrevista quando atleta,mas agora que sou master é a primeira vez. Muito gratificante, e fica um recado pra garotada que pratica pólo aquático. Não deixem a oportunidade de defender um grupo, clube ou estado equem sabe ate a nação por coisa mundanas. A vida é uma benção. Tudo tem seu momento.Um grande abraço

sábado, outubro 21, 2006

O jogo



Não entendo uma palavra de magiar. Acredito ser o Freedom´s Fury, filme várias vezes citado no blog, inclusive com a exibição do trailer e entrevista com os produtores. Renato Melquíades, o Bossinha, de Recife, chegou a fazer contato pedindo uma cópia.

Pra quem não sabe, o filme trata do considerado "jogo mais sangrento da história". Dias após a União Soviética invadir a Hungria, as duas seleções se encontraram numa partida nas Olimpíadas de Melbourne em 1956. O pau comeu dentro e fora da água.

A vitória húngara por 4 a 2 teve um valor simbólico muito grande para o país.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Sampa

Desculpe o post sem foto. Vim a SP sem minha digital furreca.

Ontem assisti o jogo entre Pinheiros e Paulistano. Eu não assistia ao vivo um jogo de WP de times de primeira linha desde... sei lá, 1990, por aí. O que me impressionou antes de tudo foi a estrutura do Pinheiros. Fantástica.

O jogo mudou muito. Minha impressão é que ficou truncado demais, no centro não tem mais situação com bola, é puro wrestling e, da arquibancada, o que se vê é pancada desnecessária sobrando. Mesmo assim presenciei belas jogadas, a galera mais velha se destacando mostrando como a experiência faz as distâncias ficarem menores e todo mundo nadando bastante.

Agradeço a gentileza com que Lyns, Chiappini, Daniel Mameri e todos me receberam, especialmente Michel Vieira e sua esposa. Falando nisso, caro casal, a próxima cerveja quem paga sou eu.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Que time é teu?

Atolado no trabalho e compartilhando de uma conexão a lenha, recorro às fotos do Flickr pra não passar batido.

terça-feira, outubro 17, 2006

Portugal

Se você entrar numa busca exclusiva de blogs e clicar"polo aquático" vai encontrar uma chuva de blogs portugueses. Brasileiros há raros.

E daí? Simples: os gajos estão se mobilizando muito mais do que nós em torno da modalidade. A estatística nesse caso é em cima de um dado absoluto de manifestação voluntária e espontânea.

O Salgueiros foi campeão absoluto português 2005-2006. Tem o patrocínio da Super Bock e Arena. O time recebeu a primeira etapa da liga européia de clubes, fato que virou matéria no maior canal do país: a RTP.

Veja a matéria gentilmente enviada pelo amigo Sérgio Morais aqui.

Cultura

Nos anos 70 surf no Brasil era coisa de vagabundo. Hoje é cultura institucionalizada, das mais cultuadas e rentáveis.

Um dos caras que conhece a fundo esse caminho é o jogador de Polo Aquático da seleção master (50+) Flavio "Melancia" Dias. Foram ele, o irmão e o pai os responsáveis pela Brasil Surf, primeira revista de surf do Brasil, um documento impagável de um novo estilo de vida que começava a surgir.

Décadas depois ele está com a mesma alegria à frente de um super-evento que retrata o esporte muito além de uma atividadeque mexe com a musculatura, mas também com arte, cinema, música, modo de pensar e de conduta. Ou seja: cultura.

Essas horas que dá pena tersaído do Rio... Tudo sobre esse imperdível evento, aqui.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Uma página, várias conclusões

Já trabalhei em jornal cobrindo esporte "amador" e posso dizer: é complicado. Enquanto no futebol tem matéria todos os dias graças aos factóides inventados a cada treino e alimentados por rádio, jornal e TV, fora do futebol não é assim. Isso sem contar o bando de pangarés que aparecem nas redações dizendo que são campeões mundiais de alguma liga que, quando você vai ver, só tem a academia dele. Vamos às obserações:

- o destaque dado de forma sistemática ao WP pelo Jornal dos Sports é sensacional. Não há outra forma do grande público se familiarizar com o esporte que não seja tendo contato com ele. E olha que nesse dia o Eduardo Vieira estava de folga, ou seja, já entrou na dinâmica da redação acompanhar o WP. Muito bom.

- o WP sofre com o desprezo da mídia e com a falta de iniciativa dos responsáveis pelo esporte em divulgá-lo. O vale-tudo sofria de um mal pior: herdou do jiu-jitsu mais do que desprezo, uma má vontade terrível da mídia. Isso porque o Brasil está ne elite mundial.

A reviravolta começou com o crescimento da mídia especializada em lutas, formando um público consumidor fissurado que lota os eventos, comprarevista e paga pay-per-view. Depois mudaram o nome negativo de "vale-tudo" para MMA (mixed martial arts).

O necessário herói citado pelo Carlinhos na última entrevista surgiu com o Minotauro: um sujeito que sobreviveu após ser atropelado por um caminhão quando criança, um cara muito tranquilo e educado, durante bastante tempo o melhor do mundo absoluto (não está mais no primeiro lugar, mas tem chances de voltar).

Mais do que isso: um cara que ama o próprio esporte. Através de sua assessoria de imprensa levou (do próprio bolso) Gloria Maria e equipe para acompanhar uma luta dele no Japão. A repórter confessou em pleno Fantástico que mudou seu jeito de ver o MMA após conhecê-lo e ver a luta.

Minotauro ainda promove eventos de MMA no Brasil, participa de projetos sociais e agora escreve essa coluna no Jornal dos Sports. Não cobrou um centavo. Fez uma única exigência: que a coluna ficasse junto a matérias de outros esportes. Ou seja: ele quer tirar a luta dos guetos de informação.

- A matéria ao lado do WP é de surf. Assim como sugeriu o Carlinhos pro WP, todas as etapas do WCT (primeira divisão do surf mundial) são transmitidas pela internet ao vivo. O Perrone assiste do Rio. O Alexandre assiste aqui de Fortaleza. Todo mundo assiste.

E mais: com o nível de compressão de vídeos cada vez maior, você pode formar uma videoteca genial. Dá pra ter muitos jogos no mesmo link. Olha aqui por exemplo. Eles estão sempre atualizando vários vídeos. Tem lutas do Minotauro e de muitos outros, inclusive shows dos amigos Marcus Aurélio e Hermes França que saíram de Fortaleza pra conquistar o mundo.

sábado, outubro 14, 2006

Flickr

Assim como o YouTube é um compartilhador de vídeos, o Flickr é de fotos (basta dizer que neste link foram encontradas mais de 8 mil fotos de WP). Além de poder escolher entre muitas fotos diferentes de todo planeta, você também pode colocar suas fotos lá e até usar como se fosse um HD externo.

Publique as fotos do seu time e, a partir de agora, se estiver procurando "aquela" foto de WP pra sua camisa nova, já sabe onde procurar.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Direto de Pernambuco



Dias 1, 2 e 3 de dezembro, terceira etapa do Circuito Nordeste/Centro-Oeste de Polo Aquático em Recife. No vídeo acima um ataque durante o coletivo do Eumaster contra o Santa Maria.

quarta-feira, outubro 11, 2006

"WP é como o ar que eu respiro"

Se alguém te contar a história do polo aquático brasileiro nos últimos 30 anos sem citar o nome de Carlos Carvalho, vire de costas na hora porque esse cara não sabe nada de Polo Aquático. Carlinhos é nome obrigatório. Foi craque jogando e é craque fora da piscina. Ele, a mulher e as duas filhas amam o esporte. Se não existe como falar do passado nem do presente sem citá-lo, é muito recomendável que os responsáveis pelo futuro ouçam o que ele tem a dizer. O Polo Aquático brasileiro merece.

Pólo Ceará - Vamos começar pelo básico. Como você começou a jogar Pólo Aquático e o que você acha que o levou a ser um atleta de ponta?

Carlinhos- Sempre fiz esporte e, como toda criança, fui levado por meus pais a uma piscina para aprender a nadar. Acabei, mais tarde, entrando na equipe de natação do Botafogo. Depois de um certo tempo, comecei também a jogar futebol no clube. A verdade é que eu não tinha talento suficiente para ser um nadador de ponta. Um dia meus dois treinadores, o Bonfim (já falecido) e o Matheus, me aconselharam a mudar de esporte. Me sugeriram, então, o Pólo Aquático. Com certeza, nem eles sabiam ao certo o bem que estavam me fazendo. A mudança aconteceu no fim do ano de 1971. Logo no início de 72, comecei no Pólo Aquático do Botafogo - na escolinha, sob a orientação do prof. Waldir Ramos.

Seis meses depois, após ser campeão do Campeonato de Estreantes (um campeonato que não deveria ter terminado), fui integrado às equipes do clube - sob a direção do prof. Edson Perri (o Barriga).

Com a conquista do Campeonato de Estreantes, e após o término do Estadual Juvenil, fui convocado para Seleção Brasileira Juvenil, começando, assim, a minha trajetória na Seleção Brasileira – a qual foi encerrada após a participação no Sul-Americano de 1988, no Rio de Janeiro.

O que me levou a ser uma atleta de ponta? Muita dedicação aos treinos, disciplina, respeito ao meu técnico, aos meus companheiros de equipe e aos meus adversários.

Pólo Ceará - Como foi participar das Olimpíadas de 84? Como você avalia o nível daquele time em relação ao contexto internacional?

Carlinhos - Participar de uma Olimpíada é uma sensação indescritível. Estar ao lado dos melhores jogadores do mundo, saber que está sendo visto e acompanhado por todo o planeta, representar seu país no maior evento esportivo da Terra, tudo isso e muito mais, é mesmo algo que não tem preço. Fica guardado para sempre na memória.

Participamos da Olimpíada de 84 em virtude do boicote do Bloco Socialista - não jogaram Hungria, Rússia e Cuba, mas estavam presentes países como Iugoslávia, Itália, Espanha, Estados Unidos, Grécia e Alemanha. Ou seja, apesar do boicote, foi uma olimpíada de altíssimo nível.

Quanto ao nível daquele time, sinceramente, o mesmo de hoje. Aquela Seleção estava na mesma posição que a Seleção atual. Até porque o que devemos observar não é somente o resultado de uma seleção, mas, sim, o resultado da modalidade.

Como estávamos, e como estamos, em nível sul-americano, pan-americano, mundial em todas as categorias. Se fizermos um paralelo, vamos ver que os resultados não diferem a ponto de concluirmos se estamos melhores ou piores.

Exemplo? Nossa última participação olímpica foi em 1984, faz 22 anos. Quantas gerações tentaram a classificação? Participamos em 84 em virtude do boicote, antes disso, nossa última participação foi em 1968, no México - ou seja, se não tivesse havido o boicote, o Pólo Aquático Brasileiro estaria há 38 anos fora de uma olimpíada. Veja quantas gerações de atletas, técnicos e dirigentes tentaram e não conseguiram levar nosso esporte a uma Olimpíada.

Polo Ceará - Lembro muito de você como treinador no Guanabara, lá pelos anos 80. A imensa maioria dos jogadores que passou por lá (e por todos os clubes) na época deve ter abandonado o WP de forma precoce. No Fluminense, por exemplo, lembro que a cada coletivo uns 30 ficavam fora esperando para entrar. Existe uma forma de incentivar esse pessoal mais novo pra evitar que tanta gente desista do WP?

Carlinhos - Existem algumas diferenças, mudaram-se hábitos de vida, se mudou a forma de ver e praticar esporte. O jovem, hoje, tem outros afazeres que competem com o esporte, principalmente quando a modalidade não é profissional. Atualmente, a criança, desde cedo, é encaminhada a praticar esportes que são profissionais, pensando que ali está um futuro promissor.

É claro que podemos reverter a situação que você coloca. Primeiro, temos que ter um plano de desenvolvimento nacional para, então, partirmos para os setoriais. É preciso programar melhor nossos calendários. É preciso, ainda, que nossos atletas estejam em atividade o ano inteiro. Não dá mais para jogar um campeonato de quatro dias e, somente três ou quatro meses depois, outro evento nos mesmos moldes.

Temos, e me incluo no contexto, de avaliar se a formação de nossos atletas está sendo feita da melhor maneira, se o modelo adotado por nós é o mais efetivo para o Pólo Aquático Brasileiro. Enfim, há muito que podemos fazer, mas devemos ter a consciência de que qualquer mudança só acontecerá se nos unirmos fora da piscina. Se todos que têm alguma ligação com o Pólo se unirem em prol de um só objetivo.


Pólo Ceará - A impressão que tenho é que depois da geração olímpica, que você fez parte, houve uma excelente "safra" em 67 (Pará, Luis Guilherme, Chaia, Nandinho e muitos outros) e depois a do Kiko, Michel, Daniel, Beto... Mesmo considerando que o esporte sofreu várias mudanças, comparando essas gerações e a atual renovação da seleção, dá pra dizer que o Pólo Aquático brasileiro está em um processo de evolução? O que fazer pra esse processo (caso exista) ser contínuo?

Carlinhos - Penso que o Brasil teve outras gerações do mesmo nível, ou até melhores do que as mencionadas, anteriores à minha. A minha geração foi muita boa, a geração que tinha Pinduca, Barriga, Perrone, Luisinho, Pedrinho, Gilson e Gilberto, entre outros, também foi muito boa. Antes, outras de excelente nível existiram.

O problema é que sempre temos uma equipe com bons jogadores, mas não temos gerações. Para simplificar, o exemplo Voleibol: não são só as equipes principais Masculina e Feminina que são boas. As seleções Infanto-Juvenis e Juvenis são as melhores do mundo, ou estão entre as melhores. Isso é ter gerações, é ter continuidade de trabalho.

Você me pergunta sobre a atual renovação e, eu te pergunto, qual renovação? Os jogadores convocados são os mesmos, apenas alguns juniores a mais estão treinando, visando o campeonato da categoria, ano que vem. No Pré-Mundial, você verá os mesmos jogadores, ou melhor, a possibilidade de serem os mesmos até o Pan é muito grande.

E isso não é uma falha ou erro da Comissão Técnica da Seleção, isso é a nossa realidade. No Brasil, se fala em renovação com uma facilidade impressionante. A verdade é que temos poucos praticantes. E vai chegar um momento em que alguém vai dizer: ‘Poxa o Gabriel Reis já está há muito tempo na Seleção’, mas quando for ver, ele tem apenas 22 anos. O mesmo vai acontecer com o Felipe (Charuto). E assim vai.

Olhemos as seleções pelo mundo, sei que a realidade é outra, mas observemos; as principais seleções têm raríssimos jogadores juniores nas equipes. As seleções da Espanha e da Itália acabaram de fazer uma "renovação" - saíram jogadores consagrados como Daniel Ballart, Ivan Moro, Gabi Hernandez, Silipo, Angellini. E quem entrou no lugar deles? Jogadores juniores? Não. Eles deram lugar a jogadores de 24, 25 anos. Entrou o Kiko Perrone, que está com 30 anos. O único mais jovem talvez tenha sido o Felipinho (Perrone) - aí estamos falando de exceção à regra, estamos citando um jogador fora de série.



Polo Ceará - O Kiko Perrone atribui em parte a você, ao seu amor ao WP, o gigantesco sucesso alcançado por ele como jogador. Como é sua relação com seus atletas e como você se sente tendo formado muitos dos melhores atletas brasileiros da atualidade?

Carlinhos - As palavras do Kiko são, para mim, uma das maiores recompensas do meu trabalho. Ele é como um filho, é assim que o considero. Qualquer elogio dele é suspeito.

Minha relação com meus atletas é simples, baseada em respeito, confiança mútua, disciplina e trabalho. Procuro fazer com que todas as categorias interajam, para que possamos constituir, na verdade, uma grande família - com todos os ônus e bônus.

Não escondo nada dos meus atletas, trato tudo com eles de frente, sobre qualquer assunto e aspecto. Eles sabem quando eu gosto e quando não gosto de algo, e conversamos a respeito. Além da parte esportiva, entendo que, nós técnicos, também representamos a extensão da educação que eles recebem em casa. Temos a obrigação de contribuir na formação moral deles.

Meus atletas são meus amigos, independente da categoria a qual pertençam.

Quanto a formar atletas, creio que é como ter um filho. Você vê nascer, acompanha o crescimento e sabe que, a qualquer momento, ele vai ‘criar asas’ e viver a própria vida. Que pode ser ao seu lado ou não. Sem que isso diminua o carinho e a alegria da participação no sucesso dele.

Uma constatação foi, agora no Troféu Brasil, ver Kiko, Beto (Seabra) e Paulinho (Lacativa) comemorando os 20 anos jogando juntos, dos quais 18 como meus atletas.


Pólo Ceará - Outro fato que lembro bem é que as escolinhas tinham sempre muita gente inscrita. Isso é, no mínimo, um indicativo de que muita gente se interessa pelo WP. Você já foi treinador em diferentes clubes. Como eles lidam com a modalidade: dão apoio ou apenas mantêm o WP em quinto plano como uma atividade não-lucrativa?

Carlinhos - Vou falar daqui, pelo Rio de Janeiro. Creio que todos os clubes,dentro das próprias limitações, apóiam o Pólo Aquático. Creio também que se tivessem condições apoiariam mais ainda. É difícil. Não temos uma estrutura sólida, divulgação, mídia. Concorremos com esportes que têm mais visibilidade. É necessário realizarmos mais eventos importantes no Brasil, isso atrai jovens e a procura pelo esporte aumenta.

Outro ponto muito importante é o fato de não termos ídolos. O Pólo Aquático precisa ter um ou mais atletas com quem o público se identifique - atletas que sejam referências não só para o público, mas também para a mídia.

Quem estava começando a ocupar este espaço era o Kiko, e os resultados estavam sendo bastante satisfatórios.

Pólo Ceará - Se fala muito numa espécie de pacto de mediocridade (já negado aqui em outras entrevistas), onde a CBDA finge que apóia o WP e os atletas fingem que treinam. Gostaria de saber de você, tantos anos como técnico da seleção, o que deve ser feito para que tenhamos uma equipe competitiva em nível internacional?

Carlinhos - Bem, não posso falar por ninguém, somente por mim. Primeiro, porque não conheço nenhum ‘pacto de mediocridade’, até porque acho que seria uma tremenda burrice um atleta ou técnico querer participar de um pacto que só traria prejuízo a eles e nenhuma vantagem.

Segundo, não se pode esquecer, que a CBDA e, conseqüentemente, a Seleção são a última parte da pirâmide. Temos que ver se os clubes fazem o possível para o Pólo Aquático crescer. Se não fazem, o que podemos fazer para melhorar? E as federações, fazem o seu papel? Se não fazem, o que podemos fazer para mudar? Atletas, técnicos, dirigentes e árbitros, o que podem fazer para melhorar o nível do nosso esporte. A Confederação e a Seleção têm que andar junto com todos esses segmentos. Não podem ser a solução dos problemas e nem se ausentar das discussões.

Para termos uma seleção competitiva, é preciso ter um Pólo Aquático competitivo. Como disse lá em cima, temos que formar melhor nossos atletas, temos que ter campeonatos de melhor nível técnico, e mais longos. Temos que ter técnicos atualizados com o que acontece pelo mundo. Nossos árbitros precisam de reciclagem e avaliações constantes. Precisamos de mais intercâmbio. De avaliações em conjunto.

Olhando de forma mais emergencial, necessitamos dar mais condições à Seleção Júnior, para que se prepare melhor. Entendo a importância que um Sul-americano tem para CBDA, mas acho que é um evento para o qual deveríamos enviar uma Seleção mesclada, de jogadores adultos, que normalmente não estão entre os 13 finais, e de jogadores juniores. Serviria para aumentar o campo de observação. Serviria para motivar atletas que, naquele momento, não estão no grupo dos 13 melhores da seleção - motivaria uma boa quantidade de atletas a continuar jogando.

Temos dificuldades em viajar constantemente, nosso esporte não é profissional. Dessa forma, temos que priorizar nosso treinamento no Brasil. Trazer seleções para treinar e jogar conosco. Realizar eventos oficiais e amistosos aqui, todos possíveis. Quando oficiais, convidar alguma das seleções participantes para chegar antes do prazo previsto, para treinar conosco.

É preciso planejar, oficializar convites com prazos hábeis para que sejam aceitos, investir com o orçamento que temos, tentando fazer o máximo. Aqui no Brasil temos muito a nosso favor, bom clima o ano inteiro, hospedagem e alimentação com custos acessíveis, ente outros fatores que, bem projetados, concorrem como pontos positivos.



Polo Ceará - São quase unânimes as reclamações em relação ao suposto desprezo da CBDA em relação ao WP. Algumas distorções são evidentes. Um campeonato de natação júnior tem verba para transmissão pelo Esporte Espetacular e um evento da grandeza do Troféu Brasil não tem sequer press-release (fax, email...) para, pelo menos, avisar à imprensa. Pelo tempo que você teve contato com a entidade, qual o peso do WP pra CBDA?

Carlinhos - Bem, temos aqui um assunto delicado, pois eu teria que julgar a intenção das pessoas e, com certeza, eu poderia cometer injustiças. Mas não me furtarei a dar uma opinião.

Não creio que a Confederação despreze o Pólo Aquático. Não posso entender uma entidade não querer que uma das suas modalidades melhore, avance, enfim, tenha destaque.

É claro que existem erros, ao meu ver, e gostaria de ter a possibilidade de participar de uma discussão aberta e franca sobre eles, sobre quais os melhores caminhos para melhorar a modalidade dentro da entidade. Falarei disto mais adiante.

Antes de tudo, falando da mídia dos eventos, da transmissão que você cita, da falta de um press-release do Troféu Brasil, tenho a dizer o seguinte; em relação aos releases, acredito que o próprio presidente da Confederação reconheceu que não aconteceu da forma mais adequada. Não é o suficiente, mas é um passo adiante, pois o reconhecimento de uma falha, proporciona correção para próximos acontecimentos.

Quanto à verba de transmissão para a natação, e não para outros esportes, até onde sei, não funciona dessa forma. Não envolve pagamento direto, envolvem opções de transmissão. E, nesse sentido, é óbvio que penso que deveria haver uma melhor distribuição na grade de transmissão, que contemplasse mais o nosso esporte. Não só com o televisionamento da final, mas de parte do evento, ou de todo. Transmitir ao vivo um jogo por rodada, ter horários mais adequados e, é claro, como já falei antes, um campeonato mais longo e bem planejado.

Agora, voltando à primeira parte, acho que a Confederação deveria fazer uma reformulação da estrutura do Pólo Aquático na entidade. Procurar se profissionalizar, dentro do possível, ao máximo. Descentralizar um pouco a modalidade.

Penso que deveriam ser criados departamentos que se ocupassem de funções específicas. Que planejassem, apresentassem e executassem projetos na área, por exemplo:

1 - Porque não criar um ‘Departamento de Seleções’? Contratar um profissional que ocupe o cargo de supervisão – com a função de organizar os treinos das Seleções, dar suporte administrativo e técnico, receber e manter contato com as seleções de outros países, entre outras.

2 – Porque não termos um ‘Departamento de Eventos e/ou de Campeonatos’? Contratar um profissional da área para cuidar de todos os campeonatos nacionais. Organização, estrutura, planejamento. Apresentação de relatório sobre o evento, entre outras coisas.

3 – Porque não ter um ‘Departamento de Arbitragem? Um departamento não só responsável pela escalação dos árbitros, mas que também tivesse condições de avaliá-los nos campeonatos, de promover cursos de atualização, visando sempre a qualidade e o aperfeiçoamento dos mesmos. Além de acompanhar e monitorar o treinamento, o interesse deles em progredir e evoluir. Existe a necessidade de aumentar o quadro de arbitragem no Brasil.

Pólo Ceará - Outra impressão que tinha quando era moleque na piscina do Fluminense, e que tenho hoje, olhando de fora, é que o Pólo Aquático brasileiro, embora mobilize ainda pouca gente, não é nada unido e, muitas vezes, movido por vaidades fúteis, intrigas e fofoquinhas. No comando da seleção isso te incomodou muito?

Carlinhos - Concordo plenamente com você. Nosso esporte é desunido, e me incluo e ‘visto a carapuça’, pois faço parte do Pólo Aquático. O que as pessoas não conseguem é diferenciar o interesse pessoal, do coletivo. Não conseguem sentar para debater, discutir Pólo Aquático pensando no esporte. E deixar a disputa para a borda da piscina. Sei que muitas pessoas, ao lerem isto, vão reagir, aí você poderá comprovar o que acabo de dizer.

Quanto a ter me incomodado durante a minha passagem pela Seleção, posso te dizer o seguinte; no início me incomodou muito, principalmente, por ver pessoas que não me conheciam, que não têm a menor intimidade comigo, falarem a meu respeito - não como técnico, mas como pessoa. Me chateava. Pessoas que, na minha frente, falavam algo e depois eu tomava conhecimento que, longe, falavam outra coisa.

Mas percebi que aquilo não poderia, nem deveria atrapalhar meu trabalho. Que aquilo não poderia me atingir. E tenho certeza que consegui. As pessoas passaram a falar, eu tomava conhecimento, mas, simplesmente, não respondia. Consegui, com ajuda da minha família e dos amigos, ver o lado bom disso.

E, como diz o escritor espanhol Baltasar Gracián: "É muito triste não ter amigos, mas mais triste mesmo é não ter inimigos. Porque quem não tem inimigo é sinal de que não tem nem talento a que se faça sombra, nem valores a preservar, nem honra que dê a que falar, nem bens que cobicem, nem coisas boas que invejem."

Acho que diz tudo!

Pólo Ceará - Por que você saiu da seleção e quais as suas expectativas para as nossas participações (feminino e masculino) no Pan?

Carlinhos - Primeiro, eu ou qualquer outro técnico que servir à Seleção, temos que entender que ninguém é técnico da Seleção, mas está técnico da Seleção.

Segundo, entrar e sair faz parte da vida de um técnico. Aquele que não entender isso, não pode ser técnico de Seleção ou liderar qualquer time.

Quanto à minha saída, aconteceu o seguinte: ao retornar da Liga Mundial, fui chamado pelo presidente da CBDA, Sr. Coaracy Nunes, para uma reunião na qual só estavam presentes eu e ele. Na oportunidade, ele teceu alguns comentários e elogios à minha pessoa, à minha conduta profissional e me disse que faria modificações no comando da Seleção Brasileira.

Eu respondi a ele que estava tudo certo, que era um direito dele e que não havia o menor problema. Ele pediu que eu não me afastasse da CBDA, porque gostaria de contar com a minha ajuda, sempre que possível. Eu concordei. Agradeci e a reunião terminou da mesma maneira que começou, de forma cordial e educada. Como deveria ser.

Fora isso, a Seleção agora está sob o comando do Bárbaro, um excelente profissional e figura humana. Desejo a ele e à Seleção Brasileira sorte e sucesso nas empreitadas que seguem.

Quanto à nossa participação, é difícil falar com tanta antecedência. Vai depender de muitos fatores, tais como; tempo para preparação, tempo disponível de cada um, do grupo, para treinos em conjunto; se serão feitos jogos e treinos preparatórios; de que estrutura a Seleção terá para trabalhar. Estas são algumas das questões que podem servir de base para avaliação para, então, se ter, de fato, expectativas em relação ao PAN.

Mas, ainda assim, tentando fazer uma projeção para o PAN, sabendo que ele é classificatório para as Olimpíadas de Pequim, conhecendo a estrutura de nossos adversários, e respectivos retrospectos em âmbito das Américas e Mundial, as potencialidades de cada um, posso dizer que; no Feminino, nossa realidade é uma medalha de bronze. Estados Unidos e Canadá estão à nossa frente, e temos muito pouco tempo para alterar isso.

No masculino, se fizermos uma boa preparação, com certeza, temos chances de disputar com os Estados Unidos a medalha de ouro. Agora, é importante ressaltar que, mesmo realizando uma boa preparação, não será fácil vencer Canadá e Cuba. Ou seja, temos condições de estar na final e, ao mesmo tempo, corremos o risco de disputarmos terceiro e quarto lugar. Isso nos leva ao início desta resposta: nossa preparação é que vai determinar a chance que teremos no PAN.

Pólo Ceará - Aqui pelo blog já recebi contato da maioria das cidades brasileiras com praticantes de Pólo Aquático. Nosso Circuito Nordeste/Centro-Oeste já contou, nas duas primeiras etapas, com a participação de 13 times masculinos e 6 femininos. Como é possível estimular o desenvolvimento desse processo que já existe de forma espontânea?

Carlinhos - Com a adesão e o comprometimento de todos os segmentos do Pólo Aquático. Clubes, Federações, Confederação todos devem trabalhar para ajudar no trabalho de desenvolvimento. Antes, tem que se elaborar um planejamento a médio e longo prazos, com metas e objetivos a serem alcançados, que deve ser bem gerenciado para garantir a realização e colhermos os frutos.

Pólo Ceará - Você de fato respira WP. Além de ter dedicado sua vida ao esporte, sua mulher e suas duas filhas treinam. Dá pra falar sobre a importância do Pólo Aquático na sua vida?

Carlinhos - É como o ar que respiro. Estou há 35 anos neste esporte. Ele me ensinou todos os valores que tenho de vida. Ele me fez conhecer minha esposa, minha companheira inseparável. Conseqüentemente, me proporcionou a construção de minha família, com a chegada das minhas filhas, razão maior da minha vida.

O WP me deu, e continua dando, amigos e amizades, que são o bem maior que o esporte nos proporciona. Tenho que agradecer, além da minha família, os meus companheiros de clube e Seleção, desde os meus tempos de atleta. Ainda, os meus atletas, aqueles que passaram e os que ainda estão comigo. Os companheiros de profissão, os dirigentes de todos os clubes onde trabalhei ao longo da minha vida, que sempre me apoiaram. Meus pais e irmãos e, em especial, ao meu grande mestre prof. Edson Perri, no qual sempre procurei me espelhar dentro do esporte.

Pólo Ceará - Temos alguns blogs no nordeste, um flog em Roraima, o site poloaquatico.com.br, o site de Floripa, alguns clubes mantêm sites, sua esposa está lançando um blog que terá entrevistas exclusivas com estrelas internacionais, o André Avalonne está criando um direto de Barcelona onde pretende colocar vídeos e dicas de treinos, vários atletas e treinadores se oferecem sempre pra ajudar no que for necessário, enfim, você acha que essas distâncias Brasil-exterior e outros estados-Rio/Sp podem ser diminuídas utilizando a internet como ferramenta?

Carlinhos - Sem dúvida que sim. Hoje a internet nos proporciona contato imediato com tudo o que acontece no mundo. São documentos e trabalhos sobre Pólo Aquático à disposição - vídeos, fotos, transmissões on line, enfim temos tudo ao nosso alcance, além da comunicação instantânea.

Gostaria, inclusive, de dar e deixar registrada aqui uma sugestão para a CBDA, que já poderia ter sido usada no Troféu Brasil, inclusive por que o mesmo foi realizado no Maracanã, onde fica a sede da entidade: a transmissão on line dos jogos de Pólo Aquático, de todos os eventos nacionais, através do site da instituição. Isso, como eu disse, já poderia ter sido feito neste Troféu Brasil. Agora, há uma chance boa de estrear o link; durante a Eliminatória do Mundial, que será realizada no Rio de Janeiro, também na piscina do Maracanã.

Desta forma, o Brasil inteiro poderia assistir. Técnicos poderiam gravar os jogos. Enfim, seria uma grande ajuda no desenvolvimento do esporte.

Depois do evento, a idéia é deixar as gravações disponibilizadas no site, para quem não tiver a possibilidade de assistir ao vivo. Recentemente, a FINA fez isso nas finais da Liga Mundial.

Pólo Ceará - Espaço livre caso queira comentar algo ou deixar uma mensagem pra todos que gostam do esporte.

Carlinhos - Antes de qualquer coisa, quero lhe agradecer por esta oportunidade. Depois parabeniza-lo pelo seu esforço em divulgar e difundir nosso esporte. E, por fim, dizer à nossa comunidade que precisamos discutir, debater, conversar, apresentar propostas, enfim trabalhar em prol do Pólo Aquático - pelos clubes e pelo todo, principalmente. Se não avançarmos, todos perdemos. Se houver desenvolvimento, será bom para todo mundo.

Sei que nem todos pensam igual a mim, mas isso pouco importa, há que se respeitar as diferenças, no fim elas se somam. O que importa mesmo é o que podemos fazer para melhorar o Pólo Aquático no Brasil, darmos as mãos e irmos a luta.

Um forte abraço a todos!

Divirta-se



Pois é, o Google comprou o You Tube. Isso não tem mais fim. Quem maravilha...

Dá só uma olhada do entusiasmo de jogadores e torcida nesses dois minutos finais de jogo. E repara que na lista de vídeos correlatos tem bem mais.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Mole, mole...



Umas imagens ruins de uns meninos com medo, todos querendo fazer cara de mau. Um monte de fotos. Uma música de uma banda dessas que grita bastante.

Pronto, você já tem vídeo mais ou menos radical que todo mundo do seu time vai adorar aparecer e mandar pros amigos.

Se você tem o Windows XP no seu computador, tem o programa Windows Movie Maker instalado. Tenho certeza que a maioria do pessoal até 20 anos aprende em pouco tempo a mexer no programinha. Dizem que é muito fácil.

Ainda não tive coragem de me aventurar. Esse dia vai chegar...

Tijuca na rede

Há pouco tempo trabalhei numa empresa de comunicação que tinha um site. Tinha por ter, por que alguém disse que era bonito. Foi uma luta entender que uma página na internet é uma forma de interação direta, que era um passo fundamental no posicionamento da empresa frente a sua audiência e aos anunciantes.

Isso era numa empresa de comunicação. Imagine em outros meios...

Manter um blog ou um site atualizado e interessante ao seu público alvo é mais difícil do que parece. Mas são desafios fáceis de serem superados com um mínimo esforço. Aqui está a página do Tijuca. É um dos poucos sites de Polo Aquático atualizados. Quem souber mais, pode mandar pra mim que terei o maior prazer em divulgar.

sábado, outubro 07, 2006

Recife se prepara


Aqui no Ceará continuamos dando hospedagem para qualquer time que queira vir fazer uns coletivos com a gente. O time que jogou junto pela primeira vez na etapa cearense do Circuito meio que se desmanchou. O que foi pra Salvador já não se repetirá mais em Recife. Mais uma vez vamos pra um evento sem ter contra quem treinar. Além de brasileiros, somos chatos, não vamos desistir.

Seguem fotos (todas deste post) e relato do amigo Fred falando sobre a preparação de nossos camaradas pernambucanos:
Este é o parque aquático do Colégio Santa Maria, onde a equipe da AASM treina regularmente. A piscina maior é semi-olímpica (25m x 12,5m) e, embora na parte funda tenha mais de 3m, na parte rasa tem 1,5m, o que prejudica bastante os treinos de pólo aquático pq muita gente acaba colocando o pé no chão, o que facilita também alguns lances de maior violência involuntária.

Apesar de ter sido uma bela manha de sábado ensolarado, somente alguns poucos atletas apareceram. Embora o treino estivesse marcado para iniciar às 10h e acabar às 12h, o coletivo somente teve início às 11h.



Além de 1h de atraso, ainda contou com apenas 10 jogadores na linha e 2 goleiros. E isso pq teve o treino foi conjunto, com a presença de vários atletas do EUMASTER e da AASM.

Por ausência de outra pessoa para fazê-lo, atualmente impedido de treinar por motivos médicos, assumi a responsabilidade de apitar. Obviamente com alguns erros pela falta de experiência, mas com o reconhecimento e compreensão de todos aqueles que têm bom senso.

Como podemos ver, em Recife também existem dificuldades. Mas basta reunir um grupo de amigos interessados que os obstáculos vão sendo superados. Todos com um mesmo objetivo: momentos de descontração e lazer com o pólo aquático.

Na sequência acima, a galera tentando tirar onda com o Boca, tremenda figura, um dos melhores goleiros nordestinos, que tem no currículo uma temporada treinando no Guanabara.

Subindo!

Mais uma da série "pernas pra que te quero". A goleira australiana campeã olímpica de 2000 tira onda e quase vira personagem bíblico andando sobre as águas. Já tem um invejoso me cochichando aqui no ouvido que foi um pulo com impulso no fundo da piscina...

quinta-feira, outubro 05, 2006

História

O ex-atleta, técnico e professor Silvio Telles é um dos maiores estudiosos do polo aquático brasileiro. Se você quiser conhecer mais a fundo a história do seu esporte, leia aqui.

A antológica foto acima é do timaço do Fluminense de 77. Em pé, da esquerda pra direita: Ricardo Perrone, Aluisio Marsili, George Sanchez, Alvaro Sanchez e o "mestre" Claudino de Castro Caiado. Agachados: Jair Bala, Eduardo Lutfi, Luizinho (goleiro) e Schmidt.

Vale frisar que o Luizinho entrou na água pra defender o gol no atual Carioca e, segundo gente que entende muito do esporte, Ricardo Perrone só não jogou porque não quis.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Violência



Semana passada um jogo do Carioca, BotafogoxFluminense, não acabou porque o juiz foi agredido. Desconheço as circunstâncias, mas isso não pode acontecer.

No Circuito Nordeste/Centro-Oeste um caso de violência gratuita como a do vídeo acima não será aceito em hipótese alguma. A maioria de nós tem mulher e filhos em casa. Não dá pra chegar na frente de sua família ou no seu trabalho com o olho roxo. Alguns outros são extremamente jovens. Pior seria apanhar ou bater em algum dos garotos.

Segurar, puxar a sunga, pranchada, tudo isso é normal. Embora até o momento não tenhamos tido nenhum problema de agressão declarada, há sempre os comentários de que tal time solta soco e pé no rosto o tempo todo. Caso isso seja permitido pela arbitragem, o não-término do jogo será quase certo, porque ninguém está disposto a apanhar de graça e qualquer um de nós pode ser surpreendido reagindo com a mesma moeda. E mais vez contribuiremos para queimar o filme do esporte que gostamos.



A cena do Michel revidando as agressões dos argentinos contra o Kiko Perrone ganhou na época muita ênfase na TV. Nervoso, ele disse não ter feito nada em entrevista com sangue quente. Quem teria feito diferente? Anos depois ele voltou a explicar aqui no blog o que aconteceu. Em entrevista recente ao Momento Olímpico, o Pará lembrou que nossos hermanos estavam batendo até na sombra.

A conscientização tem que acontecer antes dos jogos. Por isso estamos tentando trazer juízes do Rio para a terceira etapa do Circuito. Eles terão autonomia para agir da forma mais rigorosa possível para que não aconteça nenhuma ato de agressão durante o evento. Qualquer um que agredir quem quer seja estará sujeito a sanções pela comissão formada por membros de todos os times.


Caróis

A nossa Carol tem 16 anos e uma disposição incrível. O treinador da natação pode até faltar, ela não quer saber, não tem dia que não nade seus 5 mil. E depois, como não quer nada, faz nosso treininho de WP for fun. Sábado passado fez questão de jogar um coletivo ("eu que que não perco o melhor dia") antes de participar de uma travessia na praia e tirar o segundo lugar.

Em Salvador participou pela primeira vez de um jogo valendo. Por inexperiência se irritou com as meninas de Braília que seguravam seu maiô. Competitiva que é, estava triste com a derrota, mesmo sabendo que as adversárias eram muito mais experientes.

No banheiro a jogadora da seleção brasileira Carol Vasconcelos reconheceu a nossa Carol e elogiou o seu desempenho, apostando no seu futuro como jogadora, caso continue treinando. Foi o suficiente para se abrir um sorriso que não sumiu até hoje.

Um gesto simples e sincero de apoio que fez muita diferença. A nossa Carol não está apenas mais dedicada ao WP, como está sendo uma figura chave pra ajudar as meninas que treinam pela primeira vez.

terça-feira, outubro 03, 2006

Recife confirmado!

A terceira e última etapa do Circuito Nordeste/Centro-Oeste irá acontecer nos dias 1, 2 e 3 de dezembro. Alguns imprevistos tiraram a data do feriado, quando fica mais fácil viajar por razões óbvias, mas o Fred, que está colaborando com o Marcus Bolitreau na organização do evento, mesmo entendendo o contratempo, apresenta uma série de vantagens para a data escolhida:

1) Apesar de nas 2 etapas ter havido feriado, teve time que só chegou completo na tarde do primeiro dia do evento, de sorte que na 1ª etapa o campeonato propriamente durou praticamente 2,5 dias, enquanto que, na 2ª, foi concluído em 2 dias;

2) Na 2ª etapa, todos precisaram faltar 01 (um) dia de trabalho, no caso a sexta-feira (08/set), de modo que há condições de se organizar previamente para faltar também o dia 01/dez sem grandes prejuízos e apesar de não haver feriado;

3) As passagens aéreas promocionais já vendidas têm data limite até 30/11, ou seja, provavelmente ainda haverá promoção de passagem aérea para as datas do evento....!!!;

4) No feriado de 02/nov os times do sul do país não poderão vir até Recife pois haverá um grande evento de WP no RJ, de sorte que no mês de dezembro eles poderão prestigiar o nosso evento;

5) Até dezembro, todos terão mais tempo para se organizar, tanto o pessoal daqui quanto ao evento (sede, alojamento, patrocínios etc.), quanto o pessoal de outras cidades terá mais tempo para se livrar dos parcelamentos feitos para a 2ª etapa;

6) O evento será realizado na piscina do Colégio Salesiano (EUMASTER) ou na do Sport Clube do Recife, as melhores daqui para o nosso esporte;

7) Deverá ser a 1ª etapa com o cronômetro dos 30" na beira da piscina, visível para todos os atletas;

Lembro que já estão confirmadas para primeiro de maio em Natal e sete de setembro na Chapada dos Veadeiros como as duas primeiras etapas do Circuito 2007.

domingo, outubro 01, 2006

Valeu a pena

Nas postagens sobre o Troféu Brasil me chamaram muito a atenção os comentários feitos pelo Sérgio Moraes. Ele relatou que seus filhos Pedro e Luiza, atletas do Quito no infantil do Fluminense, fizeram questão de ir a todos os jogos e tirar fotos com seus ídolos, como fizeram acima com Ivan Perez e abaixo com Molina e Sottani.
Nos comentários, Sérgio contou que nunca havia visto tamannho entusiasmo na época em que os dois competiam na natação.
Claro que Pedro e Luiza não são exceções. Os irmãos jogadores do Fluminense João (juvenil) e Tomás (infanto), assim como a irmã atleta de nado sincronizado do Tijuca, não perderam a chance de estar perto de um jogador da elite mundial.
Não existe nenhum fenômeno especial nisso. Em todo esporte isso acontece. A identificação com os ídolos serve como motivação. É preciso se teridéia de onde se quer se chegar, ou mesmo além de onde deseja ir. Claro que os ídolos não precisam ser apenas os gringos. Fred (infantil do Tijuca), Canhotinho (infantil do GB) e Pedro (infantil do Flu), assim como vários outros atletas de novas gerações, tem a mesma admiração pelo pessoal pratadacasa.

Ainda mais quando têm a chance de os ver de perto tendo que superar todo o histórico de falta de apoio para, dentro dágua, tentar bater de frente com os gringos de igual para igual.