sexta-feira, abril 28, 2006

"Brasília é nordeste"

A profética frase acima foi de Guilherme Sari. O torneio da Chapada dos Veadeiros tem tudo para ano que vem ser etapa do Circuito Nordeste-Planalto.

Com a imagem da alegria dos candangos na praia, retiro-me pra três dias de descanso na serra. Sem computador por perto. Inté.

Zé Márcio

Um dos grandes nomes que estiveram presentes à primeira etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático foi o paraibano Zé Márcio, prova incontestável de que dá para se fazer esporte em alto nível sem sair do nordeste. Na foto ele recebe a medalha de terceiro lugar junto com suas atletas, que treinam juntas há apenas um ano.

Na extrema direita da foto está o diretor do Náutico, Ruy do Ceará, quem permitiu a entrada do Pólo Aquático no clube.

Nessa matéria, a repórter faz um paralelo entre a experiência de Zé Marcio e a vontade de aprender de Vírginia, nossa atleta que, com dois meses de treino, se integrou ao time de Brasília e já sentiu o gostinho de ser campeã.

quinta-feira, abril 27, 2006

Filme de Water Polo

Uma quebradinha rápida na sequência de fotos do Circuito Nordeste de Pólo Aquático.

Quer saber a história do jogo mais sangrento da história do Pólo Aquático? Já havia sido mostrada antes aqui no blog que ele iria virar filme. Clique aqui pra relembrar como foi o jogo.

A novidade é o trailer do filme. Veja aqui. Além do assunto ser fantástico, o filme tem Quentin Tarantino entre os produtores executivos e narração do mito Mark Spitz.

É fundamental lembrar que o interessante desse episódio é seu contexto e não a violência. Algum atleta sair sangrando da água é o que de pior pode acontecer ao nosso esporte, por isso precisamos de um regulamento mais rígido sobre isso na próxima etapa. Em breve post sobre o tema.

Integração

Como eles fizeram questão de deixar claro, o Kalangos (DF) ficou em terceiro sem perder nenhum jogo. Na partida que decidia os finalistas, eles empataram com o os pernambucanos do Santa Maria e o critério desempate foi o saldo de gols. Na foto acima e embaixo a gente vê que os Kalangos estão sempre na espreita.

Entregando as medalhas ao time do Defer está o secretário executivo da Secretaria do Esporte e da Juventude, Kal Aragão, nadador master de destaque internacional, novo aquapolista e o cara que viabilizou o evento.
Na foto acima a definição mais clara do que é o esporte na sua essência. Fred (de touca, do Santa Maria) e Guilherme Sari (do Defer), após terem jogado a final como adversários, confraternizam-se. Os dois foram os principais responsáveis pela tabela após muitos emails e horas de Skype. Além deles, o Thiago (RN) e Renato (CE) também se empenharam na tabela.

Vale lembrar que nenhum desses se conheciam até então e chegaram a um consenso por uma razão simples: eles queriam de fato que o torneio acontecesse.

quarta-feira, abril 26, 2006

Mac

Com muitos anos de dedicação ao Pólo Aquático e muita história pra contar, Mac foi o único juiz contratado para o evento e deu seu recado, sempre querendo debater sobre as regras marcações assinaladas. Mais um grande amigo que fizemos.
Alexandre era o responsável por organizar a arbitragem, mas junto com sua esposa Isabela foram dois soldadaos incansáveis que fizeram de tudo para garantir que não houvesse nenhum problema na etapa cearense do Circuito. Ele está na foto com o Mac e com o Lucas, do Defer, que mostrou excelente índice técnico como jogador, treinador do Brasília feminino e também como árbitro.
O Junior, técnico do Marista de Natal, além de fazer um trabalho sensacional junto com o Flávio de formação de talentos nas escolas, foi também extremamente solícito , apitando jogos seguidos sem reclamar de nada, apenas colaborando sempre.

"Bolitrô" e suas meninas

Tirando o futebol, onde predominam os sanguessugas, o esporte no Brasil só sobrevive graças aos abnegados. Marcus Bolitreau é um desses caras. Veio como treinador do time feminino, do masculino, jogador, árbitro voluntário e esteve sempre solícito pra tudo. Nada diferente do que faz em Recife no dia a dia. Se o Pólo Aquático se desenvolveu tanto em Pernambuco (e os resultados comprovam), Bolitreau é um dos maiores responsáveis por isso sem dúvida alguma. Não é a toa que seu trabalho é reconhecido em nível nacional.

As meninas dirigidas por Bolitreau trouxeram muita alegria pra arquibancada e mostraram dentro da água um jogo consistente, raça e com certeza se continuarem treinando vão surpreender muita gente nas próximas etapas.

terça-feira, abril 25, 2006

Na Imprensa

O amigo Fred Preuss já mandou os links do Jornal do Commercio e do Diário de Pernambuco (exclusivos para assinantes) com notas sobre a excelente participação dos pernambucanos aqui no Ceará. O terceiro jornal de lá (Folha de Pernambuco?) também deu nota.

Por aqui o Circuito Nordeste de Pólo Aquático saiu no Diário do Nordeste (foto acima), O Povo (duas matérias), vai sair essa semana no Correio do Ceará, programa Na Boca do Povo (post anterior), TV Jangadeiro (SBT), TV Verdes Mares (Globo), TV Cidade (Record), TV União e TV Diário. Vou tentar conseguir o máximo de matérias pra postar no blog.

Essa aqui saiu antes do campeonato, convocando para o evento. Quem fala é Dirceu Reis.

As campeãs

As meninas de Brasília vieram abrilhantar o evento e, com mais experiência, venceram sem muita dificuldade.
Aproveitando a intermediação da Patrícia (boné branco, hoje residindo em Fortaleza) e da Juliana (maiô vermelho, cearense que treinou em Brasília e está de volta à terrinha), nossas jogadoras Raquel e Virginia, irmã e namorada do Jefferson, que será o professor da escolinha do Náutico, tiveram a chance de se integrar à equipe, aprender muito e se motivar para chamar mais meninas.

A Juliana ainda deu uma entrevista muito legal no programa Na Boca do Povo, da Maísa Vasconcelos, onde mostrou imagens de um coletivo misto e divulgou o Pólo Aquático.

Blog da Paraíba!

Ainda não consegui tempo, mas nessa semana vou colocar todas as fotos da primeira etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático numa galeria em um link externo e irei postando aqui algumas selecionadas.

Já fica aqui a excelente notícia de que o Octavio, mais um apaixonado por esse esporte, criou o Blog da Paraíba , já matando com a foto acima de um local pra um campeonato alternativo. De presente mando a foto da equipe sendo orientada pelo Zé Marcio e Edmundo Vergara num intervalo de jogo.

Tomara que mais gente tome a mesma iniciativa. O pessoal de Sergipe também deu o pontapé inicial. A internet é uma arma genial pra integrar todos os incontáveis amantes do nosso esporte.

Aproveito pra ressaltar que Octavio e Fred (PE) deverão coordenar algumas mudanças de regulamento para a próxima etapa, com auxílio de todos os que desejarem colaborar, é lógico. Essas mudanças basicamente dirão respeito à exclusão da etapa corrente, e da seguinte, (ou até mesmo de todo) do Circuito de atletas que, de acordo com a interpretação de uma comissão, tenham deliberadamente agredido outro atleta ou árbitro.

Depois a gente fala sobre isso com mais detalhes.

Santa Maria

Acima a festa dos pernambucanos do Santa Maria. A equipe liderada pelo grande Passarinho mostrou um senso de conjunto muito grande, fundamental na vitória na partida final por 5 a 3 (3 a 3 no tempo normal e 2 a 0 na prorrogação) sobre o Defer, de Brasília.

Temos gravados os jogos dos times do Ceará e os jogos finais. Em breve tremos muito mais fotos e alguns vídeos da primeira etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático.

E que não se esqueça: sete de setembro tem Salvador!

segunda-feira, abril 24, 2006

Os campeões


Na foto mais ao alto o time de Brasília e abaixo os pernambucanos da Associação Atlética Santa Maria (AASM), respectivamente campeões feminino e masculino da primeira etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático.

No masculino a segunda e terceira colocações ficaram com Defer (DF) e Kalangos (DF). No feminino foram Eumaster (PE) e Paraíba.

Infelizmente, como disse o próprio Guilherme Sari (DF), esse ano precisamos reforçar o Circuito e não será possível conciliar as datas do campeonato da Chapada dos Veadeiros com a segunda etapa, de sete de setembro, em Salvador. Fica o nosso compromisso de retribuir o esforço e a gentileza dos três times de Brasília que vieram para dar muito mais brilho ao Circuito e serão sempre muito bem-vindos.

A próxima etapa promete pegar fogo. Já chegou notícia da Paraíba que o forte time de Edmundo, Sá Filho, Rodrigo, Octavio e tantos outros virá com um reforço especial: Léo Vergara. Até lá tem muito mais informação rolando. Aguardo fotos de todos os times que vieram pra postar no blog. e não esqueça de dar uma lida aqui.

sábado, abril 22, 2006

As finais

Na foto acima 7 horas da manhã de sexta-feira. Depois de um certo stress, estava tudo pronto.
Na foto acima um dos jogos e muita gente na arquibancada.

Amanhã acontecerá o jogo final entre Santa Maria (PE) e Defer (DF). Na disputa pelo terceiro lugar Kalangos (DF) e Eumaster (PE). Entre as meninas o jogo decisivo será entre Brasília e Eumaster (PE).

Informe Circuito Nordeste de Pólo Aquático

Na correria a câmera ficou com minha sobrinha. Criarei um link após o evento só para fotos e ao longo dos próximos dias postarei sempre aqui no blog a repercussão do torneio. Por ora faço um breve balanço do primeiro dia.

1 - Há 10 equipes masculinas e 5 femininas. A piscina está com 25 por 16, tempo de jogo de 4 de 6 minutos com crônometro parando. Ontem tivemos jogos de 9h às 23h, sem intervalo.
2 - Foi sem dúvida impressionante a capacidade de colaboração de todos os times. Estamos pagando apenas um juiz, o Mac, de João Pessoa (responsável por uma carga maior de jogos), e três mesários por turno, do quadro da Federação Cearense de Desportos Aquáticos, que jamais tinham tido contato com o Pólo Aquático na vida. Todos os demais juízes, e muitas vezes mesários, são voluntários. Não faltou juiz nem mesário pra nenhum jogo sequer.
3 - Claro que já houve reclamação de arbitragem e ânimos exaltados, situações de stress localizado que foram contornados graças a inquestionável boa vontade e bom senso que todas as equipes têm demostrado.
4 - O sistema de chaves é o seguinte: no masculino são dois grupos onde todos jogam contra todos e no domingo os vitoriosos de cada chave disputam o título. Optamos por não fazer semifinais para permitir que pelo menos domingo todos possam aproveitar um pouco da cidade pra onde vieram. Já está reservado um espaço na praia só pras equipes confraternizarem-se.
5 - As equipes de Brasília (Kalangos, Defer e o feminino) acabaram o primeiro dia dominando suas respectivas chaves.
6 - Fiquei muito feliz tanto de ver tantos caras com média de 40 anos ainda se mantendo com sede de vitória, assimcomo times de adolescentes com a mesma vontade de jogar. As meninas também estão sendo um espetáculo à parte.
7 - Em nível local demos passos gigantescos. Estamos conseguindo cobertura dos jornais e TVs, foi a clara a presença de diversas famílias e de muita gente querendo começar a treinar, nossos atleas (a maioria com 6 meses de treino) perceberam que se treinar não tem bicho de sete cabeças, a diretoria do clube está sempre presente demonstrando entusiasmo, o secretário do Esporte e da Juventude do Governo do Ceará esteve presente (prometeu voltar nos outros dois dias) está adorando o evento, já quer fazer outro com mais infra-estrutura, trazendo arbitragem de fora, e sinalizou com as passagens para irmos à segunda etapa do Circuito Nordeste, em 7 de setembro, em Salvador.
Sem dúvida muito mais gente em Fortaleza acordará sabendo o que é Pólo Aquático.
8 - Agradeço ao Governo do Ceará pela verba que permitiu a realização do torneio, à Naturágua que cedeu infra-estrutura, kits com camiseta e bonés para todos os atletas, e água pra arbitragem, à Federação Cearense de Desportos Aquáticos, que cedeu material de arbitragem e a Associação Cearense de Natação Master, parceiros de primeira hora, sempre atuando em conjunto com a gente.
Mais do que tudo agradeço ao Passarinho, Edmundo, Sari, Thiago, Eduardo, Diego, Wellington, Junior, Fred, Marcus Bolitreau, Renato, Eugenio, Octavio, Alexandre, Sá Filho, Boca, Flavio, Abílio, Zé Marcio, a todas as meninas, a todos os não citados, pela prova incontestável de que sem vaidade e priorizando um objetivo comum a gente consegue tudo o que quiser.

Vamos ao segundo dia, mais uma maratona.

quarta-feira, abril 19, 2006

Tá chegando a hora

Ao contrário da verba, os amigos e a hora já estão chegando. Essa semana recebemos o João do Defer de Brasília e o Hélio do Eumasterswim de Recife. Amanhã chega uma galera grande. 10 times masculinos e 5 femininos estarão aqui na sexta de manhã.

Considerando que Fortaleza não tinha um coletivo há mais de 15 anos (ou melhor, nos últimos anos rolaram dois amistosos sem treino), já nos consideramos vitoriosos.

Com certeza já terá muito mais gente nos ajudando a montar o cenário amanhã. Aliás, lembrei da mesa eque todos os mesários são de primeira viagem em Pólo Aquático, acostumados a provas de natação, e com apenas dois dias de treino olhando pra bolinha amarela.

Os juízes serão o Mac da Paraíba e voluntários de diversos times apitando jogos que não sejam de suas chaves. Se vai dar problema? Possivelmente sim, e com certeza todos serão contornados.

O que a gente quer é se divertir. E pra comemorar, já está marcada para domingo depois da entrega de medalhas a cervejada na Praia do Futuro.

Clínica 3

Última aula da primeira clínica virtual. Dessa vez quem analisa o vídeo é André "Quito" Raposo, atleta da seleção brasileira e treinador das categorias de base e do time feminino do Fluminense.

1- Quando o time chegou no ataque o jogador da posição 2 passou a bola para o centro precipitadamente, pois o centro não estava em vantagem em relação ao marcador;
2- Mesmo a defesa tendo roubado a bola, os defensores da posição 1 e 2 não fizeram menção em trocar a marcação com o jogador que vinha na "podre", nadando atrás do centro. Na volta de um contra-ataque a defesa deve priorizar sempre fechar o meio a largar as pontas, por causa do ângulo de chute, facilitando a vida do goleiro (um jogador que chuta da ponta tem menos chance de fazer o gol).
3- Na saída do contra-ataque o goleiro deve priorizar o passe para as pontas (salvo se o jogador escapar e abrir 1 ou 2 corpos do marcador, o que não foi o caso no lance do vídeo).
4 - Na chegada do contra-ataque o jogador (marcador) que estava posicionado no centro do leque, abandona a sua posição para tentar roubar a bola que o jogador da ponta-boa recebeu, deixando esse espaço livre para o jogador adversário que vem nadando no contra-ataque. Por sinal o jogador que estava marcando a 1 demora a perceber que o meio estava aberto, não chegando a tempo de impedir a finalização, que mesmo sendo da maneira mais difícil foi eficiente.
5 - Não sei se o jogador do gol é realmente goleiro, mas se for, ensine pra ele que quando a bola estiver perto do gol (no caso do vídeo nos 2metros) ele deverá levantar os dois braços abertos simultaneamente, projetando-os perpendicularmente em relação ao corpo (abdução de ombros).

Mais uma vez agradecemos ao Quito, Perrone e Beto, assim como a todos que muito gentilmente nos mandam mensagens de apoio essenciais para que continuemos na batalha. O legal dessa experiência baseada na sugestão do Perrone é o acesso de gente de todo Brasil a orientações dadas por quem entende e muito do esporte. Faremos em breve nova série com novos consultores. Viva a democratização do conhecimento.

terça-feira, abril 18, 2006

"Para se dar bem no esporte, depende da vontade do atleta"

Infelizmente a alagoanaYasmin Queiroz, do Flamengo e da seleção brasileira, não vem mais para a primeita etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático, em Fortaleza. Falei com o Gilson há uma semana atrás, ele estava indignado pela ausência dos times masculino e feminino de Alagoas. Nós também lamentamos por diversas razões. Enumero algumas: seriam mais times fazendo intercâmbio(mesmo que a tabela estivesse apertada), o Gilson é um tremendo sujeito e um dos maiores incentivadores do Pólo Aquático no nordeste e gostaríamos que ele estivesse nesse encontro pra fortalecer os laços, e teríamos a Yasmin, exemplo de menina perseverante e vitoriosa, ainda mas agora que estamos formando um grupo forte de meninas treinando. Dessa vez ela não vem. Mesmo assim mantenho a entrevista do jeito que estava enquanto ela acreditava vir. Fica como convite pra próxima etapa, em setembro, sem Salvador.

Pólo Ceará - Como é que está a vida no Rio? Você está totalmente adaptada?

Yasmin - Eu já passei por uma experiência parecida quando tinha 15 anos. Tive que
me mudar para São Paulo, para dar continuidade ao pólo, por isso que estou me adaptando mais rapidamente com essa mudança. Além da minha experiência, eu tenho a família Canetti e os amigos para me ajudarem.

Pólo Ceará – O time do Flamengo vem bem forte esse ano. Como está o clima?

Yasmin - Estamos treinando forte para os campeonatos deste ano. Acho que temos um
número maior de chances de conseguirmos um bom resultado, em todas as categorias, tanto no juvenil e no júnior, como também no adulto, que teremos o reforço de Marina Canetti e Cassie Azevedo, ambas de Long Beach, California.

Pólo Ceará – O Canetti é de uma dedicação plena ao Pólo Aquático e a cara do Flamengo. Como é tê-lo como técnico?

Yasmin - Além de técnico, ele é como se fosse um pai para mim. Na hora do jogo, ele te xinga, grita, esculacha, fica nervoso. Mas depois do jogo, ele deixa de ser técnico e passa a ser amigo. Conversamos sobre as falhas e jogadas que fizemos e tentamos chegar num acordo para o próximo jogo.

Pólo Ceará – Falando sobre treinadores, você começou em Maceió com o Gilson, que é outro apaixonado pelo esporte e um cara muito querido por todos. Como foi esse começo e a importância do Gilson nesse processo?

Yasmin - Ele foi um cara que me acompanhou desde o início. Além de ser o meu técnico, ele sabia de tudo o que passava na minha vida, e fazia o possível para me ajudar. Com certeza, sem ele eu não teria chegado a lugar algum. Todo o espaço que eu conquistei, e que venho conquistando, é tudo a graças a ele. Todo o meu reconhecimento, foi por culpa da dedicação que ele teve para comigo.

Pólo Ceará – Como você avalia a participação da seleção no sul-americano e quais as expectativas para o Pan?

Yasmin - A seleção fez uma boa apresentação. Defendeu o país com muita garra e
determinação. Se continuar assim, o resultado do Pan será melhor do que os
outros que já passaram. Boto fé na seleção deste ano, com certeza vão obter
uma colocação melhor.


Pólo Ceará – Você e outras atletas de seleção estão vindo para o campeonato de 21, 22 e 23 de abril em Fortaleza. O que motiva vocês, acostumadas aos maiores eventos, a virem para um campeonato feito "na marra" num centro sem tradição no Pólo Aquático? Qual a expectativa?

Yasmin - Eu, particularmente, estou indo para servir ao Gilson e ao meu antigo time de Alagoas. Com certeza a presença de atletas que já passaram pela mesma dificuldade de treinar no Nordeste, dá uma animada e um incentivo maior para os demais atletas. É uma prova de que pra tudo dá-se um jeito, basta apenas determinação e força de vontade. Tenho o maior orgulho de representar Alagoas, mesmo sendo num campeonato menos visado.

Pólo Ceará – Você deu um grande passo saindo de Maceió para o Rio. Você já está pensando em um novo passo rumo ao exterior?

Yasmin - Já recebi propostas de dois times no exterior, mas não vou aceitar enquanto eu achar que não estou preparada psicologicamente. É claro que eu penso, em um dia, sair do Brasil e dar continuidade ao esporte num lugar onde valorizem mais os atletas, e que dêem um apoio maior. Mas por enquanto eu prefiro me dedicar apenas ao Flamengo e a Seleção.

Pólo Ceará – Ainda não temos um técnico aqui específico para as meninas. A mesma situação deve acontecer em outras cidades. Qual a mensagem que você dá para meninas que queiram começar a jogar?

Yasmin - Para se dar bem no esporte, não depende apenas do técnico. Depende mais ainda da força de vontade que o atleta tem. Em Alagoas, eu tinha um ótimo técnico e um ótimo time, mas como o tempo foi passando, o time foi se desfazendo e apenas algumas meninas tiveram a força de vontade de continuar treinando, mesmo com o time incompleto. E são essas meninas que estão se dando bem e continuando o esporte em outro estado, sendo reconhecidas pelo esforço e tendo a recompensa de disputar campeonatos nacionais e até mesmo internacionais. Eu garanto que se o meu time de Alagoas ainda estivesse formado, eu jamais precisaria sair de casa e vir morar no Rio.

Pólo Ceará – Quer deixar uma mensagem?

Yasmin - Queria deixar um agradecimento especial às pessoas responsáveis pela minha vitória e conquista. Familia Canetti, Gilson Santos e minha família. Se eu estou na seleção foi porque eu tive alguém que me incentivava a agüentar todas as barras pesadas dos treinos e da saudade. Sem a ajuda deles, eu não teria chegado onde eu cheguei.,

segunda-feira, abril 17, 2006

Avisos aos amigos e amigas

Desde o final de semana passado deu um bug por causa da fonte que estava travando o blog para quem utiliza o Internet Explorer. Quem tem como browser o Mozilla Firefox, estava abrindo normalmente (fica o recado: use Firefox!).

O problema foi resolvido graças ao alerta de vcs. Obrigado

Abs,
Hélcio

domingo, abril 16, 2006

Clínica 2


Com a palavra Beto Seabra, capitão da seleção brasileira. Ele analisa esse vídeo acima.

Realmente eu concordo com o Perrone. Eu fiquei com a melhor
parte. Homem a mais é sempre bom né?

O homem a mais pode parecer fácil pra quem não conhece, mas na verdade quando se pega uma boa defesa não é nada fácil conseguir converter um bom percentual de a mais.

Logicamente o mais importante de tudo é ter todos os jogadores sempre preparados para chutar. No início do a mais o jogador da posição dois está livre, ele dá umas duas balançadas mas nem ocupa um espaço a frente, é importante sempre atrair a marcação de um defensor, às vezes é mais importante vc dar uma pernada em direção ao gol com a bola do que ficar balançando ela de longe.

É importante que os jogadores em boa posição caminhem em direção ao gol qdo recebem a bola ao invés de balançarem parados lá atrás O objetivo é conseguir que o defensor saia em sua direção para sobrar alguem numa posição melhor.

Os dois jogadores do pau do gol tem uma função importante. Eu notei que o jogador da posição 5 por duas vezes levantou o braço pedindo a bola, esse jogador ficou parado durante o homem a mais. Nas duas vezes que a bola foi para o lado oposto ele podia ter dado uma pernada pro meio, o que faria com que o marcador que estava nas costas dele tomasse uma decisão: ou deixava ele solto no meio ou ia nas costas dele e abria espaço pro jogador da ponta. Ele, como não deu essa pernadinha pro meio, facilitou a vida do marcador que, apesar de ter tomado o gol, estava
numa posição onde ele podia marcar o pau do gol e colocar bem o braço pro jogador da ponta 4.

É importante que os jogadores do pau do gol sempre se movimentem na direção oposta do jogador que o está marcando. Se o jogador do meio está marcando ele, ele deve subir um pouco em direçao aos jogadores de trás; se for o jogador de trás que estiver na marcação ele deve caminhar para o meio, e se for o de cima q o estiver marcando, ele deve ficar o mais próximo do gol possível.

E relação à defesa, apesar de ter tomado o gol, foi legal ver q por diversas vezes havia 3 jogadores levantando o braço. Logicamente o posicionamento do braço aos poucos tem q ser corrigido. Os jogadores da ponta devem sempre pegar o canto curto, que foi o erro no final da
defesa. Mas a iniciativa de se levantar o braço já é muito positiva.

Os jogadores de cima não podem deixar o jogador balançar muito tb não... Eles levantaram bem o braço, mas devem levantar e ir na direção do atacante. Basicamente hj existem dois tipos de marcação de homem a menos, uma é mais fechada com todos com o braço no alto e sem muito combate, é preciso muita perna e um posicionamento de braço perfeito e é mais usada pelos times grandes, como Sérvia, Croacia e Hungria.

A outra forma é sair mais no combate aos jogadores de fora, como faz a Espanha por exemplo. Os defensores ficam no vai e vem o tempo todo. Mas é preciso rapidez. Os atacantes ficam sem tempo para pensar. Vc expõe um pouco o pau do gol mas por pouco tempo e dificulta a ação dos
grandes chutadores.

Para começar eu acho mais interessante ficar um pouco mais fechado e condiconar os jogadores a levantar o braço de forma eficiente, e aos poucos condicioná-los a combaterem caminhando na perna em direção dos atacantes. A defesa combatendo exige um preparo e uma sincronia maior é bom condicionar o goleiro desde o inicio de nao nadar no gol tb. Mesmo que ele demore um pouco mais para chegar de um canto ao outro.

Grande Beto, obrigado pela atenção. Tenho certeza que as dicas serão úteis para praticantes de Pólo Aquático de todo Brasil.

sexta-feira, abril 14, 2006

Clínica (aula prática à distância)

Ricardo Perrone, da Espanha, comentou essa jogada.

Em primeiro lugar protesto (brincando, é claro) por você ter me mandado logo o filme em que há um monte de erros. Dei uma olhada nos filmes para o Beto e Quito e vi um contra-ataque bem feito e um homem a menos bem razoável (tirando o erro no momento do gol, em que o defesa levanta o braço errado).

Tenho vários comentários a fazer. Se fosse ao vivo eu não mencionaria tantas coisas para não dar um nó na cabeça da rapaziada, mas, sendo por escrito, acho que dá para analisar cada lance devagar. Se tiver alguma dúvida, por favor me escreva.Vamos lá:

A- Posso ter me enganado e talvez tenha sido apenas uma coincidência, mas a impressão que o início do filme me passou é de que a maneira como vocês estão arbitrando o treino está obsoleta. Digo isso porque a bola foi passada ao centro e o juiz, ao invés de deixar a jogada prosseguir ou, se quisesse ser rigoroso, expulsar o defensor, marcou falta simples. Até o fim da década de 80, todo o jogo era distribuído pelo centro, que recebia uma falta comum e passava a bola para quem estava entrando na área ou para quem estava no arco de ataque. Mais ou menos a partir de 1990, a arbitragem internacional passou a praticamente não marcar mais faltas comuns no centro, sob a alegação de que, se o atacante estava a 2 ou 3m do gol e tentando arremessar, havia perigo de gol e a falta tinha de ser de expulsão (ou pênalti, se o centro conseguisse rodar pelo menos 90 graus). Isso mudou toda a concepção do jogo e gerou uma série de modificações na forma de arbitrar e dos times atacarem e marcarem:

1- Ao invés de marcarem o centro entre ele e o gol, como antigamente, os defesas passaram a lutar para tomar a frente ou, pelo menos um lado do centro, para se colocar entre ele e a bola. O centro, por sua vez passou a ficar o tempo todo tentando colocar o marcador nas suas costas.

2- Os juízes liberaram muito mais essa luta por posição (que às vezes parece até luta-livre) e passaram a dar expulsão sem a bola apenas quando o defesa passar por cima do atacante ou o puxar pelo pescoço. Isso fez com que a maioria dos centros, ao invés de lutar de costas para o defensor, passassem a ficar de frente para o beque, tentando segurá-lo com as duas mãos e só virando o corpo quando sentem que há uma boa chance de receber a bola. Uma das conseqüências disso é que jogadores leves como o Kiko que eventualmente jogavam marcando o centro não conseguem mais jogar nessa posição, pois quando vão marcar um grandão este o segura até o último instante e quando larga não dá mais tempo de nadar em volta para tomar a frente, como eles faziam quando os caras jogavam de costas.

3- Quando o defensor está nas costas do centro e a bola entra, as únicas chances do defensor não ser expulso são a de que ele tenha muita perna e envergadura e consiga afastar a bola sem passar por cima do atacante (o que é muito raro) ou que um ou mais dos outros defensores desçam rapidamente e tirem a bola do centro. Se vocês virem jogos de equipes mais leves como a seleção italiana ou a espanhola reparem como descem sempre dois ou mais jogadores praticamente junto com a pingada.

4- Como não há mais falta simples no centro (a não ser em casos raros em que o juiz não apita a expulsão por ter achado que o centro ia levar vantagem e depois dá uma falta comum para não prejudicá-lo) aquelas entradas de área para receber a bola praticamente acabaram, pois o risco de fazer uma falta de ataque é grande. Ainda se entra na área, mas a função principal é mexer com a defesa para tirar a marcação por zona e possibilitar a pingada.

5- O que a maioria das equipes estava utilizando para marcar, até esta última mudança de regra, era a marcação por pressão até o momento em que viam que o centro tinha conseguido estabilizar uma posição e havia uma chance da bola ser passada para ele. Nesse momento, um jogador descia para evitar a pingada e os outros se colocavam entre os demais atacantes fazendo uma defesa por zona. Se o beque voltasse a melhorar sua posição e a esconder o centro em relação à bola, o time voltava à marcação por pressão.

Muitos times ainda estão jogando assim, mas creio que a tendência agora será usar a marcação por zona em M direto (para ver o que é isso, dêem uma olhada nas minhas colunas do ano passado, no www.poloaquatico.com.br). O motivo é que com a redução do tempo de posse de bola e não sendo mais córner quando a defesa desvia o chute, a possibilidade de contra-ataque é muito maior com esse tipo de defesa.

B- Considerando o que escrevi acima, no início do ataque no filme o marcador do centro deveria estar brigando para se colocar entre o centro e a bola e marcando com o quadril mais alto, para poder dar um bote para interceptar o passe ao centro. Da mesma forma, na hora que a bola foi pingada, os defensores que estavam perto deveriam ter descido para tentar tirar a bola do centro.

C- Ainda neste início de ataque, o jogador da ponta boa (posição 5, ver colunas) está totalmente desmarcado. O defesa não está marcando pressão nem zona.

D- Depois da falta no centro, o jogador que estava na ponta ruim (posição 1, ver colunas) cruzou toda a área até chegar na outra ponta, fazendo uma falta de ataque não marcada no meio do caminho. Isso não é uma boa jogada, porque, além do já mencionado risco de fazer falta, ele não tem como receber a bola no meio de todo mundo e enquanto ele está passando (junto com seu marcador) fica impossível pingar para o centro, perdendo-se preciosos segundos de ataque.

E- Na hora do passe para fazer o gol, o defesa que deveria estar marcando o atacante que fez o gol está de costas para a bola e sem segurar o atacante. O marcador da ponta também deu bobeira porque de onde estava e de frente para a jogada poderia ter ido facilmente auxiliar seu companheiro e impedir o gol.

Peladinha

Essa galera da antiga Iugoslávia é demais.

Jogam Pólo Aquático em qualquer lugar, em qualquer nível, em qualquer idade. Não precisa de muito mais para se explicar o alto nível dos times de lá.

quinta-feira, abril 13, 2006

Fla-Flu

Bom saber que o Fluminense resolveu entrar na briga pra bater de frente com a poderosa família Canetti e que o Quito é quem está dirigindo as meninas. Com certeza o Pólo Aquático só tem a crescer.

E mais um vez o Eduardo dando uma força no Jornal dos Sports.

quarta-feira, abril 12, 2006

Vídeos

As equipes que quiserem um DVD de seus jogos na primeira etapa do Circuito Nordeste de Pólo Aquático aqui em Fortaleza, favor entrar em contato. Um rapaz que trabalha comigo vai gravar os jogos do nosso time na íntegra. Um fotógrafo irá fazer fotos do evento também. Quem quiser os serviços deles (DVD com os jogos do seu time), posso solicitar orçamento.

Considero fundamental o máximo de registros para utilizarmos na busca de patrocínio nos próximos eventos, para observação dos erros e acertos cometidos, para treinos à distância como sugerido pelo Perrone, para divulgação das nossas atividades (quero colocar o máximo de material possível na internet) e para consolidação do esporte na cultura local.

A gente tem que seguir o exemplo desses caras e jogar nossas piscinas pro mundo. Aliás, não sei se outros vão ter a mesma impressão que eu, mas essa piscina gringa da foto aí em cima me lembrou muito a do Tijuca.

terça-feira, abril 11, 2006

Trio Parada Dura

Peço de antemão desculpas por essa semana o blog não estar em seu ritmo normal de atualização. A pressão está grande nos empregos.

Continuamos no clima pré-torneio e felizes com o resultado do aulão. Na foto Hélcio, Amaral e Eduardo.

segunda-feira, abril 10, 2006

Mais aulão

Acima a foto da galera do do aulão. De camisa preta o professor Amaral que, além do prazer da visita, ainda presenteou a galera com treino e muitas dicas.
Acima o coletivão mais louco da história, com muitos jogando de cada lado. Do lado de fora os masters se divertindo com direito a "uuuuhhhhh" a cada quase gol. É verdade que havia também um certo sentimento de que o aulão acabasse rápido pra rolar nosso coleta.
Da esquerda pra direita, de cima pra baixo: Carol, Aline, Juliana, Gloria, Rebeca (em seu primeiro treino!), Raquel e Fernanda.

Aulão

O aulão estava marcado pra 10h. Às 9h30 caía uma tempestade em Fortaleza. Uma hora depois o Rodrigo já tinha chegado com cerca de 30 alunos, outros meninos e meninas tinham vindo por outros meios, o Eduardo (sunga azul na foto acima) já estava puxando o treino, uma galera do time estava dentro dágua auxiliando sem que ninguém pedisse.

Um astral fantástico.
O Eduardo revelando seu lado desconhecido de carrasco já colocou a galera pra sentir uma pressãozinha da pernada.
Foi quando o Amaral, que estava na arquibancada, não aguentou e veio lembrar seus tempos de técnico, dando um treino maravilhoso. Aliás, é importante que na arquibancada estava também o coronel estevam, diretor do Colégio Militar de Fortaleza, já com seu capitão responsável por esportes ao lado, para começar a implantação do Pólo Aquático no colégio.
Considerando que o Rodrigo já iniciou seu time no colégio Ary de Sá (em parceria com a AABB) e que está quase certo o Jefferson começar a escolinha do Náutico, deveremos terminar o ano com três centros formadores de atletas, numa cidade que há 15 anos não existia nenhum.

O aulão terminou num coletivo-recreação com mais de 10 de cada lado que levantou a torcida. Inclusive já percebemos alguns destaques claros entre s que treinavam pela primeira vez como a Rebeca, o Luan e o Alexandre, do Ary de Sá.

Nos próximos dias tem mais fotos do aulão no blog. Obrigado a Aline pela paciência de ter tirado e enviado as fotos.

Troféu Ruth Vergara 2005

A terceira foto enviada pelo Alessandro mostra a importância de um evento bem organizado e de pessoas interessadas em propiciar o intercâmbio. Junto com a rapaziada de João Pessoa estão Erik Borges (em pé, de camiseta azul e boné), craque com várias temporadas na Itália, o mais do que "fominha" Pará (último em pé a direita, de sunga azul), e, ao lado dele, o cicerone Léo Vergara, jogador que saiu há mais de 20 anos da Paraíba pra se consagrar como um dos melhores do Brasil.

domingo, abril 09, 2006

Coisas do Pará

Além de ser um esporte fantástico, o Pólo Aquático tem como interessante característica o fato de reunir uma quantidade infinita de figuraças. Ontem eu me diverti ouvindo pelo Skype as histórias do Guilherme Sari, de Brasília, das loucuras que os caras já fizeram apenas pra poder jogar.

Um dos "causos" do Sari tinha como protagonista o Pará. Ele contou que o goleiro da seleção estava na capital para fazer prova para algum concurso, quando numa lanchonete ouviu a rapaziada comentando algo sobre Pólo Aquático. O Pará se aproximou e já marcou um treino pro dia seguinte em pleno meio da semana. A galera se telefonou, mas nem todos puderam comparecer na hora do almoço.

O Sari foi. Ele, mais uns dois ou três e o Pará. A galera meteu uma trave de bambu dentro do lago e o Pará ficou duas horas pegando chute da galera. Como pro Pará fazer amigos não é tarefa nada difícil e a galera de Brasília é muito gente fina, o grupo formou na hora pra outras paradas.

"O cara veio jogar o torneio da Chapada duas vezes, trouxe outros jogadores de alto nível, a galera acampou toda junto, quando teve um torneio de master no Rio, abriu a casa pra todo mundo, o Pará não existe, é um cara sensacional", resumiu Sari.

A foto, retirada do site da CBDA, é de Sátiro Sodré.

sexta-feira, abril 07, 2006

ArquiPolo

Com a chegada da Copa Caju em maio a galera de Sergipe começou a se instigar e já mandou a foto do primeiro time. Fica claro o que alguns poderiam duvidar: o Pólo Aquático existe em todo Brasil, está vivo e vai crescer.

Infelizmente nenhuma equipe de Aracaju se inscreveu em nosso torneio. Mesmo assim estou em contato pra ver se vem alguém de lá. Precisamos cada vez mais estarmos próximos, conversar, tomar uma cervejinha, abrir horizontes. Pra motivar essa galera não tem segredo: é ter um calendário com jogos sempre.

Aguardo mais fotos e detalhes sobre a Copa Caju.

Cadê a bola?

A segunda das três fotos enviada pelo amigo Alessandro, de João Pessoa, tirada no Troféu Ruth Vergara do ano passado. O fotógrafo conseguiu um registro muito legal. O goleiro olha pro atacante de touca branca, em posição de chute, sem bola. O primeiro marcador olha pro lado. O pessoal do centro olha pra cima. Os de trás olham pro meio.

Afinal, onde estará a bola?

quinta-feira, abril 06, 2006

O futuro é toda hora

O cara dominando a bola na foto é o Enzo. Desde pequeno já foi contaminado pelo vírus da bolinha amarela dentro da água. Não é por menos. O pai dele é o cara que tenta roubar a bola na maldade: Guilherme Sari é nossa ponte com a galera de Brasília. Aos poucos mais amantes do Pólo Aquático estão se conhecendo e criando uma rede de amigos que pretendem e se esforçam pra ver nosso esporte mais agitado.

Sari, junto com o Fred de Recife, Thiago de Natal e Renato, daqui do Ceará, tem quebrado a cabeça para fechar uma tabela com um número primo: 11. Tarefa árdua. A gente só tem a agradecer pelos novos amigos e acreditar que o esforço vai fazer com que o Enzo encontre uma nova realidade quando estiver jogando de verdade.

Outra boa notícia vem de Sergipe. Vai rolar em maio um campeonato com sete times por lá que já tem até stand dentro do maior shopping da cidade pra servir de divulgação. Assim que receber as fotos, posto mais detalhes.

Paraíba


A Paraíba serviu muito de inspiração pra acreditarmos que valia a pena começar o Pólo Aquático por aqui. Talentos como Léo Vergara e Zé Marcio (pai do Kaio Márcio, atual melhor nadador de borboleta do mundo) foram revelados lá em chegaram à seleção brasileira. Será um prazer receber essa galera em Fortaleza, até porque por email somos aliados fortes e estamos sempre em contato com o Edmundo Vergara (Bolão), Sá Filho e o Alessandro, que nos mandou essas e outras fotos que publicaremos em breve.

Na foto estão: Mano (técnico em 2005), Cobrakan, Xébau, Leucio, Alessandro (abaixado), Sá Filho, Zé Marcio, Fabio, Tiago e Kleber. Agachados: Espeto, Ricardo, Arroz, Romero, Rodrigo e Daniel.

quarta-feira, abril 05, 2006

O jet-ski e os jogos

Mais uma vez Kiko Perrone.

O segundo colocado na lista dos artilheiros (tem 63 gols ao lado de Abarca, ambos atrás de Felipe com 75) do campeonato espanhol foi aplaudido de pé pela torcida no final de semana passado. Sua equipe, o Barcelona, havia toda saído pro contra-ataque e ele voltou pra receber um pouco depois do meio-campo.

O jogador do Mediterrani passou meio por cima de Kiko, que ficou sob a água enquanto o adversário disparou com a bola. Quando Kiko levantou estava dois corpos atrás e saiu em busca do prejuízo, segundo Ricardo Perrone, "como um jet-ski buscando um surfista que cai em Jaws".

Kiko alcançou o cara nos 5 metros, ele tentou cavar uma expulsão e o juiz deu falta normal. O jogador saiu pro lado pra não ficar entre o Kiko e o goleiro, o que deu tempo pra chegarem mais dois atacantes sem marcadores. Na ânsia de passar, tomou o bote de Kiko que recuperou a bola. Pro Ricardo, mesmo com toda a empolgação da torcida, o mérito de Kiko foi o tiro, já que a bola foi perdida por falta do Mediterrani (time que tem quatro titulares da seleção junior do ano passado). E vale lembrar que quem me alertou dessa jogada foi a Letícia, direto de seus satélites canadenses.

E vamos ficar atentos que vai ter muito jogo bom transmitido pela RAI Sports pelo www.beelinetv.com .

Dia 7 - Itália e Romênia
Dia 12 - Brescia e Chiavari
Dia 19 - Savona e Vasas Budapest
Dia 24 - Pro-Recco e Nervia / Brescia e Savova
Dia 25 - Final da Copa Itália

Na foto a seleção espanhola no mundial de Montreal. Na fila de baixo Felipe é o terceiro da esquerda pra direita e Kiko o sexto.

segunda-feira, abril 03, 2006

É só chegar

O próximo sábado será o último antes do campeonato (a semana santa não conta). Vamos realizar um coletivo-teste, com todas as marcações, simular um jogo pra ver se está tudo tranquilo. Antes disso, às 10h, irems promover um aulão para leigos, estudantes do ensino médio e universitário. O objetivo é formar platéia e gerar interesse. Se você quer o cartaz para pregar no mural da sua escola, da sua faculdade, do seu condomínio, pode mandar email que a gente te passa.

Divulgue.

Visita

Semana passada recebemos a visita do árbitro paulista Fernando Brito (camisa branca na foto). Muito gentilmente ele apitou o coletivo, deu uma repassada geral nas regras e fez observações sobre o que viu que serão muito importantes para nós. Estávamos em nosso terceiro coletivo com piscina de 30 depois de muito tempo com 20. Vamos ajustar pro campeonato 25. A foto acima ficou muito escura, mas vale o registro.
Fernando soube do treino ao ter a visão acima, do belo parque aquático do Náutico (num momento de coletivo nosso), do hotel onde estava hospedado a trabalho. Comentou com o pessoal de São Paulo e o Ernesto, técnico do Jundiaí, avisou que tinha um ex-atleta dele aqui, que era só chegar e ser bem-recebeido.

Agradecemos mais uma vez a presença do Fernando e já fica o convite para aparecer quando quiser.

domingo, abril 02, 2006

" É necessário cobrar e exigir ações mais efetivas sim, mas temos que ser coerentes e fazer a nossa parte primeiro, da melhor maneira possível"

Uma das principais razões pra eu ter saído do Rio foi o assassinato por bala perdida de um irmão que conheci no Pólo Aquático. O cara era capitão do time porque era, não havia dúvida, uma liderança natural que se impunha sem pressão.

Quando aqui de longe leio matérias sobre o Beto Seabra, percebo que ele não é capitão da seleção brasileira à toa. As entrelinhas de tudo o que se escreve sobre ele têm embutido um respeito camarada, espontâneo. As respostas de Beto nessa entrevista apenas ratificam o que eu havia observado. Com a palavra, o capitão.

Pólo Ceará - O sul-americano foi um bom teste para sentir como estava a equipe
brasileira? Como foi o desempenho na sua opinião?

Beto - Esse foi o primeiro campeonato oficial da seleção com as novas regras, e serviu pra gente ter uma idéia do que temos que fazer pra nos ajustarmos a essas mudanças da maneira mais eficiente. Em relação ao desempenho, eu acho que de maneira geral foi bom. Nós conseguimos impor um bom ritmo nos jogos mais importantes e ganhamos de maneira convincente.

Pólo Ceará - Pelas opiniões que tenho visto os resultados do Pan 2007 parecem meio definidos na cabeça das pessoas. Qual a sua expectativa e como está sendo a
preparação?

Beto - A nossa preparação está voltada para o Pré-Mundial em outubro desse ano e para o Pan de 2007. Nós sabemos que os EUA têm o favoritismo, não somente pelo histórico, mas pela estrutura que eles possuem. Mas a gente pode vencer. O primeiro objetivo do Brasil é superar Canadá, Cuba e México para chegar à final, como em 2003. Chegando numa final em casa, a história é diferente e com certeza a equipe contará com o apoio de todos e vai crescer.


Pólo Ceará - Estatisticamente, os resultados da seleção em grandes competições não têm sido dos melhores. Falta de bons jogadores não é. Onde começa o problema do baixo rendimento e qual o caminho viável a curto prazo para mudar o quadro?

Beto - Dentre alguns fatores, o problema mais grave é a falta de competições, jogos e coletivos de alto nível. Na Europa, por exemplo, os clubes e os campeonatos nacionais são muito bons. O atleta joga, toda semana, um ou dois jogos competitivos de alto nível, sem contar com os coletivos semanais contra equipes vizinhas. Quando chegam na seleção, os amistosos são apenas
para entrosar e acertar a equipe.

Certamente, a curto prazo, não é possível termos algo parecido aqui no Brasil. No entanto, existem modelos como o dos EUA, que investem numa seleção forte. Seria possível formar um grupo de 18, 20 jogadores que estariam à disposição da seleção e treinariam com a mesma intensidade dos profissionais e viajariam durante o ano todo para os principais centros do
esporte para treinar e competir. Haveria não somente um desenvolvimento da seleção como um estímulo aos atletas a entrarem ou permanecerem nesse grupo, o que fortaleceria o esporte como um todo também.

Mas para isso, seria necessário que fosse dado aos profissionais responsáveis pelo pólo aquático autonomia para gerir e atrair recursos; promover e executar ações. E eles seriam responsáveis pelos planejamentos, pelas metas a curto e longo prazo, viabilizariam o desenvolvimento do
esporte e seriam cobrados e cobrariam resultados. Para se ter uma idéia, nem a verba anual destinada ao pólo é de conhecimento de algum profissional ligado ao pólo. A verba é utilizada e remanejada entre os esportes de acordo com o que for mais conveniente ao presidente.

Pólo Ceará - Um cara que chegou ao seu nível deveria ser conhecido no seu país, mas não é. Os clubes não investem muito, a mídia ignora as competições de Pólo
Aquático. Você, até mesmo pela visão de publicitário, não acredita que, se
"embalado" direitinho, esse produto possa ser melhor vendido?
Beto - Isso é um ciclo vicioso. Nós jogamos pouco durante o ano e nossos principais campeonatos são jogados em um ou dois finais de semana. Com isso, além dos problemas de motivação e de estímulo aos atletas, que por muitas vezes ficam meses sem fazer um jogo oficial, o problema maior é que não se tem visibilidade. Sem visibilidade na mídia, os clubes não conseguem
patrocínios.

E sem verba, os clubes ficam sujeitos a jogarem apenas esses campeonatos de final de semana, porque não teriam condições de arcar com os custos de um campeonato mais longo e também porque não precisam dar retorno a um possível patrocinador que investe na sua equipe.

Um campeonato nacional de quatro meses e com datas bem definidas poderia ter um jogo por semana ou quinzena transmitido por uma rede de tv fechada, além de uma cobertura muito maior da mídia impressa também. Seria mais fácil para os clubes tentarem atrair investidores, e ao mesmo tempo, colocaria o esporte mais em evidência. Logicamente o papel da assessoria de imprensa declubes e confederação nesse processo seria importante.

Infelizmente, num primeiro momento, os clubes não têm condições de bancar um campeonato de quatro meses. Para dar o passo inicial seria necessária a ajuda externa. O apoio da Confederação nesse processo é fundamental. E, depois de um ou dois campeonatos, os clubes já teriam que, obrigatoriamente, ser capazes de bancar esse campeonato. Isso não somente
aumentaria a visibilidade do pólo como também fortaleceria os clubes, que são a base do esporte aqui no Brasil.

Pólo Ceará - Já vi aqui em Fortaleza que diversos atletas com resultados
inexpressivos ganham a bolsa-atleta, negada a você e a outros jogadores. Sinceramente desconheço os critérios. O que houve para vocês serem vetados?

Beto - Em resumo, nesse primeiro ano de contemplação de bolsas, a burocracia, a sorte e a influência prevaleceram. O fato é que um projeto como esse não pode ser executado de maneira independente. O Ministério estipula critérios e prioridades, mas não possui conhecimento sobre as mais diferentes modalidades. Não se pode avaliar atletas sobre os quais você não possui
conhecimento algum. Por isso, é necessário que, para cada esporte, a Confederação correspondente seja consultada para que a contemplação não fique sujeita a critérios aleatórios. E não foi o que aconteceu. No nosso caso, foi alegado um problema burocrático referente a itens do formulário e documentos.

Pólo Ceará - Você, Kiko, Michel, Lacativa e outros foram revelados juntos. Tudo bem que o Guanabara tivesse a tradição de revelar excelentes jogadores e fosse
que meio que o segundo time de todo mundo, aquele que sempre teve um
pessoal legal. Mesmo assim, o que motivou tanta sinergia nessa sua geração?
Beto - São vários fatores. Começando pela dedicação e capacidade dos técnicos, principalmente na base. Eu me lembro que quando o Carlinhos chegou ao clube, a equipe de infanto perdeu de 16 x 1 para o Flamengo. No final do ano, essa mesma equipe foi à final e ganhou por um gol. Ele, além de dedicado, é um aficionado pelo pólo e conseguiu dar uma levantada na molecada do GB como um todo.

Havia também uma integração muito grande entre os jogadores adultos e a garotada. Eles sempre passaram uma confiança muito grande para todos. Eu me lembro do Perrone insistindo para que a gente arriscasse mais os chutes mesmo quando ainda éramos bem moleques “infiltrados” no meio dos adultos; do Pará, que ficava até tarde da noite para agarrar o nosso chute a gol (uns 3 ou 4 moleques que mal conseguiam fazer um gol nele). Todos sempre deram
força para a “pirralhada”. Enfim, havia esse clima de se preservar e prestigiar a molecada.

Por último, nós éramos muito “fominhas” de treino. Como já foi dito aqui, em outras entrevistas, pelo Kiko e pelo Michel, nós sempre ficávamos depois do treino para chutar a gol. Durante um bom período, o então diretor do Guanabara e ex-jogador da seleção, o “Barriga”, caía sempre na água para nos ensinar, e foi, certamente, um dos caras que mais nos ajudou nessa época. Ele nos fazia chutar de todas as posições, de primeira ou balançando a bola. Nós ficávamos até a luz apagar. Mas não era só isso. A gente chegava no clube, às vezes, 5 da tarde e já caía na água para bater uma bola oufazer a famosa “linha de passe”, e depois treinávamos.

Quando acabava a gente ficava esperando uma brecha no treino do adulto, ou pra jogar um
pouquinho ou então para chutar nos intervalos entre um ataque e outro do coletivo. Nós éramos viciados mesmo, prestávamos atenção no estilo dos outros jogadores, no que dava para ser feito e tentávamos copiar algumas coisas. Na bem da verdade, todos esses são hábitos trazidos até hoje.

Pólo Ceará - O que está acontecendo com o Guanabara?

Beto - O Guanabara perdeu, num período de 2 anos, 90% dos seus jogadores. Isso é uma situação difícil de se reverter. O GB está tendo que começar do zero. Alguns jogadores voltaram ao clube e se juntaram aos que já estavam por lá. É natural que se leve um certo tempo até que o Guanabara volte a ter os mesmos resultados de antes.

Pólo Ceará - Você tem sido artilheiro de muitas competições, mesmo das últimas que participou. Vou te fazer uma pergunta que fiz ao Daniel: depois de tanto tempo e tantas dificuldades, a vontade de treinar e jogar ainda são as mesmas?
Beto - São ainda maiores. Cada campeonato e cada jogo é uma história diferente.Não vale o que você fez, mas o que você vai fazer. Hoje, eu me sinto mais confiante e motivado. Temos objetivos bem claros pela frente e precisamostreinar muito para termos condições de conquistá-los. Apesar de todos osproblemas, quando começam os campeonatos, nós atletas que somos cobrados. Cabe a nós acreditar e treinar. Certamente, em alguns momentos, o descaso com o que o pólo é tratadodesanima um pouco. Mas apesar de todas as dificuldades, eu treino e jogo porque gosto. Além disso, o "treinar" não engloba somente a parte física, técnica e tática. Existe um clima de descontração e amizade no nossodia-a-dia.Os treinos fazem bem também para a cabeça.

Pólo Ceará - Alguns nomes que deram entrevista por aqui, como o Duda, indicaram você como um dos melhores jogadores com quem eles jogaram. Qual é a maior recompensa de tanta dedicação ao Pólo Aquático?
Beto - Essas coisas de indicar alguns jogadores como melhores, às vezes são indiscutíveis, como no caso, por exemplo, do Kiko e do Felipe atualmente, mas muitas vezes é relativa e se leva em conta também a amizade e o convívio que se teve com determinadas pessoas. Alguns dos jogadores que eu considero como melhores são, acima de tudo, pessoas que eu admiro, amigos de time e de seleção.

Logicamente, nós buscamos sempre vitórias e títulos, mas, sem dúvida alguma, o que fica na nossa memória, predominantemente, são os amigos e as histórias por trás dos jogos e campeonatos. Quando a galera se junta e começa a conversar, normalmente vem à tona aquelas mesmas histórias sobre o que um falou, ou o que o outro fez, as confusões e tudo mais. A verdade é que a maior recompensa de tudo isso é você poder sentar com os seus amigos e relembrar desses momentos; além de poder compartilhar com a garotada que
joga com você várias coisas relacionadas ao pólo, seja durante os treinos ou fora deles.

Pólo Ceará - Se no Rio e São Paulo é difícil, imagine em outros estados. Você teria um recado pra dar pra essa galera?

Beto - Se a gente pensar só nas dificuldades a gente não sai do lugar. Vocês estão dando um exemplo disso. Um Circuito com 11 times no masculino e 6 no feminino, independente do resultado, já é um sucesso, ainda mais quando não se tem muito apoio.

Eu tive contato com o Marcus Boulitreau, na Universíade de 2001. É um cara que não desanima e está sempre disposto a ajudar. Eu vejo algumas pessoas individualistas que só se lamentam e culpam outros por seus fracassos, quando podiam “baixar a bola” e tentar ajudar; outras se tornaram especialistas em criticar sem saber, falam com a propriedade de quem conhece a razão de todos os problemas, mas no fundo não tem noção do que se passa; sem contar com uma meia dúzia de recalcados que vivem de “meter o malho” em tudo e em todos para descontarem suas frustrações.

O que eu estou querendo dizer é que só criticar é muito fácil. “Malhar” tudo e todos é cômodo. É necessário cobrar e exigir ações mais efetivas sim, mas temos que ser coerentes e fazer a nossa parte primeiro, da melhor maneira possível.

Fora isso, é encarar o esporte primeiramente como uma diversão. Se você não tiver prazer em treinar ou estiver num ambiente ruim tudo fica mais difícil. É importante também sempre procurar ouvir o que as pessoas têm a dizer e observar bastante os outros jogadores. A gente aprende muito com os companheiros e com os adversários.